Pedrinho, ex-jogador e ex-comentarista, atinge, nessa terça (22), seu nono mês como presidente do Vasco da Gama. O ídolo vascaíno foi eleito no último ano, mas tomou posse somente no dia 22 de janeiro deste ano.
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A eleição para definir Pedrinho como presidente do Vasco foi pacífica e serena, sem provocações ou problemas judiciais como costumava acontecer nas eleições anteriores para presidente do clube.
Isso era premissa daquilo que se veria quando o ex-jogador assumisse a presidência do clube. Desde que tomou posse, pouco se viu Pedrinho ou alguém de sua cúpula atacar a outros participantes do eleitorado, assim como das gestões anteriores.
Nas vezes em que teve de pontuar alguma pertinência referente à gestões anteriores, o fez sem ataques pessoais ou provocações, mas por meio de comunicados oficiais ou falas em coletivas de imprensa.
Outro reflexo notável é a proximidade com as demais modalidades do clube que não somente o futebol. O futebol feminino, o futsal, o basquete (tanto profissional quanto de base) e algumas outras modalidades ganharam atenção especial no Vasco.
Principais ações de Pedrinho
Retirada da 777 Partners do poder: o presidente foi a força motora principal numa medida que afastou judicialmente a 777 Partners, empresa que gerenciava a SAF do Vasco, após acusações de fraude fiscal e problemas financeiros.
Reforma de São Januário: por força do presidente e de suas conexões políticas foi possível avançar consideravelmente na tramitação pela reforma de São Januário, prevista para ter seu início ao começo do próximo ano.
Valorização das categorias de base: como oriundo das categorias de base, Pedrinho parece ter dado ênfase maior ao cuidado com os jovens da base, assim como seus profissionais. A efetivação de Rafael Paiva como treinador, por exemplo, diz muito sobre isso.
Comunicação mais limpa com torcida e imprensa: desde que assumiu a presidência, Pedrinho fez mais clara a comunicação com o torcedor e com a imprensa que cobre o dia a dia do clube. Comunicados, respostas pela assessoria e coletivas tornaram-se mais frequente com sua chegada.
Críticas da torcida e faíscas
Apesar de boas contribuições, Pedrinho definitivamente viveu suas primeiras rusgas com a torcida após a eliminação do Vasco na Copa do Brasil para o Atlético Mineiro, no último sábado (19).
Uma crítica constante tem sido a postura do clube na janela de transferências do meio do ano. É tido como consenso entre torcida e imprensa que cobre o dia a dia do clube que a contratação de um zagueiro era a grande pertinência da equipe nesse espaço de tempo.
Apesar disso, não foi a prioridade do Vasco, uma vez que, mesmo tendo sido feitas cinco contratações, nenhuma foi para o setor. Tal fato, somado ao desempenho questionável da dupla de zaga nas duas partidas da semifinal da Copa do Brasil, viraram combustível para críticas mais pesadas.
Pedrinho chegou ao ponto de privar sua conta no Instagram e bloquear alguns torcedores. Posteriormente, em comunicado de sua assessoria, disse que tratavam-se de torcedores que extrapolaram do ponto na crítica, mas reafirmou que nenhum torcedor seria bloqueado do perfil do Vasco.
A vinda de Philippe Coutinho
Talvez a grande cereja da gestão Pedrinho seja a vinda de Philippe Coutinho, meio-campista que é cria da base do Vasco e que jogava no futebol do Catar antes de voltar ao Brasil.
O jogador voltou ao clube depois de 14 anos jogando no futebol europeu e árabe, feito que foi extremamente celebrado pela torcida e reconhecido globalmente como gesto de amor à camisa por parte do jogador.
Mesmo antes de assumir o comando do futebol do Vasco, Pedrinho já usava suas conexões para tentar contato com Coutinho e garantir sua volta ao clube. O feito foi visto pela torcida como gesto de amor ao clube por parte do presidente e gerou comoção enorme.
Foi feita uma apresentação para o jogador em São Januário, gerando um momento de muita conexão do torcedor com o clube. Um alento para a dor que o torcedor sentia pelo começo de ano conturbado e problemático da equipe.
Dentre erros e acertos, é seguro dizer que Pedrinho está deixando sua marca como presidente do Vasco. Restam ainda dois anos e meio de mandato e a tendência é de que seu grande legado seja a reforma e reestruturação de São Januário, cuja obra é prevista para ter seu fim em 2027.
Fonte: BTB Sports