Vasco é multado em R$ 10 mil e Betinho suspenso por 30 dias por briga no jogo contra o Athletico-PR
Sexta-feira, 04/10/2024 - 14:13
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⚖️ | PUNIDOS

Vasco e Roberto Gama o "Betinho" segurança do Vasco, foram julgados e PUNIDOS pela 3ª Comissão Disciplinar do STJD, referente ao jogo contra o Athlético PR em jogo pelo Campeonato Brasileiro.

O Vasco vai pagar multa no valor de 10 mil reais.
Betinho, foi suspenso por 37 dias.



Errata - Betinho recebeu 30 dias de suspensão.

Fonte: Bluesky Podcast Cruzmaltino


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⚖️ | JULGAMENTO

A 3ª Comissão Disciplinar do STJD acaba de julgar os ocorridos na partida entre Vasco e Athletico-PR, pelo Campeonato Brasileiro, em São Januário.



Por conta da confusão, o Vasco foi punido com R$ 10 mil de multa e o Furacão, com R$ 7.500. Já o segurança Roberto Gama, o "Betinho" foi punido com 37 dias. O jogador Fernando, do Athletico-PR, pegou 5 jogos.

⚠️ Correção: O segurança Roberto Gama, o "Betinho" foi punido em 30 dias.

Fonte: Bluesky Atenção Vascaínos


Vasco x Athletico: Clubes multados, lateral e segurança suspensos

A confusão generalizada na partida entre Vasco e Athletico/PR, pelo Campeonato Brasileiro, foi julgada nesta sexta, 4 de outubro, pela Terceira Comissão Disciplinar do STJD. Por maioria dos votos, Vasco e Athlético/PR foram multados em R$ 10 mil e R$ 7,5 mil, respectivamente, pela confusão generalizada após o jogo. O clube paranaense teve ainda o lateral Fernando suspenso por cinco jogos, enquanto o Vasco teve o segurança Roberto Gama suspenso por 30 dias. A decisão é de primeiro grau e cabe recurso ao Pleno.

A confusão teve início logo após o apito final, que decretou a vitória do Vasco por 2 a 1 sobre o Athletico e tomou conta do gramado envolvendo integrantes das duas equipes. O lateral Fernando, do Athletico, e o segurança Roberto Gama, do Vasco, foram denunciados por agressão. A Procuradoria enquadrou ainda os clubes pelo tumulto ou rixa e responsabilizou o Vasco pela conduta do seu segurança.

O que disseram Fernando Augusto e segurança Roberto:

Fernando Augusto – "Jogo difícil clima tenso e no finalzinho os atletas começam uma discussão normal de jogo e o segurança já chega de forma empurrando de forma mais agressiva e no movimento ele agride o Nikão, faz o movimento no peito do Nikão e o pessoal do Vasco que tiram ele. Por um momento cessou a confusão e fomos caminhando para o túnel. Eu estava para o final e vi no túnel nova confusão com ele de novo e tentei defender meus companheiros. O movimento que fiz não pegou e resvalou.

A todo momento ele estava inflamando a torcida do Vasco. O movimento que ele faz acerta o nosso massagista, que protegeu o rosto com as mãos... A gente estava correndo um certo risco de vida. Se a torcida resolve descer, só Deus sabe o que poderia acontecer. Tinha muita gente do Vasco principalmente no final no túnel e a gente se sentiu bem coagido por ter muita gente dentro do campo".

Segurança do Vasco, Roberto Barbosa Gama falou sobre a confusão no campo de São Januário.

"O jogo estava muito tenso dentro de campo e muitas das vezes quando ocorre isso eu corro para a beira de campo. Eu desci por trás, pela cabine, e vi o lance que ocorreu na beira do gramado e o adversário deu um soco na cara do Piton. Quando o juiz encerra o jogo, eu entro e protejo. Posso até ter me excedido de fora, no movimento que fiz para separar e tirar o atleta e os jogadores vieram pra cima de mim. A imagem não é nítida e o atleta deles me dá um soco. Eles ficam me ameaçando para o jogo de volta. Eu me distancio e eles começam a me ameaçar. Quando eu coloco a mão para o alto eu estou dizendo para eles que se me agredirem estou disposto a me defender...a diretoria me afastou por 20 dias e estou passando por uma reciclagem".

O que sustentaram as partes:

Finalizada a instrução processual o Subprocurador-geral Yan Meirelles reiterou a denúnia.

"A denúncia é inegável no momento que ele entra no gramado dá um empurrão e desvia a função de segurança. Ele desfere alguns socos sendo contido pelos atletas do Vasco da Gama. Num segundo momento, os atletas do Athletico saindo ele se dirige na direção ao vestiário e entra em vias de fato com o outro atleta denunciado. Fernando não estava no conflito e desfere um soco que atinge o segurança.

Athletico e Vasco é inegável a questão de conflito e tumulto por não ser possível identificar todos presentes na briga generalizada. Já o Vasco ainda há a imputação do artigo 191 na medida que o clube mandante deveria zelar pela segurança".

Defensor do Athletico/PR, o advogado Richard Tomal Filho defendeu clube e atleta.

"O segurança chega de uma forma truculenta e violenta e foi isso que desencadeou toda a confusão. Não deveria se portar dessa maneira mostrada na prova de vídeo. Vemos também Thiago Heleno e Nikão em defesa dos seus companheiros e recebem também uma ação desproporcional. Os próprios atletas do Vasco tiveram que tirar o segurança Roberto dali por estar se comportando de maneira irracional. No segundo momento, quando tudo parecia controlado, esse segurança retorna de maneira de combate.

A atuação dos atletas foi para a defesa dos seus companheiros. O artigo 257, parágrafo 2ºfala que não se configura infração a postura tomada para se proteger outros. Nesse sentido, a defesa requer a absolvição do Athletico no artigo 257, parágrafo 3º. Em relação ao atleta Fernando ele compareceu para dizer que foi para defender seus companheiros. Se entenderem pelo artigo 254-A, que não seja aplicado na forma consumada e se aplique a pena pela metade".

O Vasco foi representado pelo advogado Pedro Moreira.

"O juiz decide terminar o jogo e entende que uma batalha campal poderia acontecer. O time do Vasco começa a se dirigir ao meio de campo para saudar sua torcida e o atleta Cuelo deu um soco no Piton, parte pra cima dele tenta empurrá-lo por trás. O segurança estava na beira do campo e interfere na situação e afasta o atleta do Athletico/PR. Ele não empurra de forma violenta. Ele empurra como o momento pedia. No momento que ele impede a agressão ao atleta do Vasco, a equipe do Athletico enfurecida volta-se para ele. É impossível assistir o vídeo e achar que a confusão começou pelo segurança.

O Vasco da Gama alerta que o jogo com o Athletico/PR no Rio tem o grau máximo de risco de segurança e nada aconteceu no estádio. Como dizer que o clube não forneceu a segurança necessária?

Evidente que se for considera a agressão ela tem que ser na forma tentada e não há ali outro ato para que seja punido duas vezes. Ele é credenciado e tem acesso. O pedido é pela desclassificação para hostilidade".

Como votaram os auditores:

O relator Rafael Bozzano iniciou a votação do processo.

"Processo que se fazia necessário toda essa produção probatória. Entendo que o tumulto restou plenamente configurado e de uma forma mais gravosa pelo tempo e quantidade de participantes e a identificação de todos ficou difícil de se fazer. Encaminho meu voto para a condenação de ambas as equipes a multa de R$ 15 mil no artigo 257, parágrafo 3º. No artigo 191, inciso III, aplico R$ 10 mil ao Vasco, responsabilizando o clube pela conduta de seu segurança.

O atleta Fernando Augusto entendo que o soco ficou plenamente configurado. Voto pela pena de cinco partidas de suspensão no artigo 254-A. Já ao segurança Roberto no artigo 254-A existem imagens e entendo que a infração restou configurada como consumada e há de se levar em consideração todo o contexto. Trazendo as questões dos antecedentes que nunca foi denunciado, mas com a gravidade encaminho meu voto para uma pena de 75 dias de suspensão e voto para absolver no artigo 258".

O auditor José Maria Philomeno divergiu do relator.

"Acompanho o entendimento do relator quando o tumulto, mas aplico multa de R$ 10 mil ao Vasco e R$ 7,5 mil ao Athletico por infração ao artigo 257 e não aplico o artigo 191 pelo clube já ter sido punido pelo tumulto por falha na segurança. Ao atleta Fernando desclassifico o artigo 254-A para o 250 entendendo por hostilidade e aplico uma partida. Ao segurança Roberto aplico 15 dias de suspensão no artigo 258 e desclassifico a denúncia no artigo 254-A para o 250 e aplico mais 15 dias".

Terceiro a votar, o auditor George Ramalho acompanhou a divergência na multa aos clubes e na absolvição do Vasco no artigo 191, acompanhou o relator na pena de cinco partidas ao atleta Fernando no artigo 254-A e na absolvição do segurança Fernando no artigo 258. Já no artigo 254-A por agressão cometida pelo segurança, o auditor George entendeu pela forma tentada e aplicou a pena pela metade totalizando 37 dias de suspensão a Roberto.

O auditor Pedro Gonet abriu nova divergência para multa os clubes em R$ 10 mil por tumulto no artigo 257, multar em R$ 5 mil o Vasco no artigo 191; punir o atleta Fernando com quatro partidas de suspensão no artigo 254-A e aplicar 30 dias de suspensão ao segurança Roberto no artigo 254-A, absolvendo no artigo 258.

Presidente da Terceira Comissão, a auditora Adriene Hassen votou para aplicar multa de R$ 7,5 mil aos clubes no artigo 257, absolver o Vasco no artigo 191, aplicar cinco jogos ao atleta Fernando e 30 dias de suspensão na forma tentada ao segurança Roberto, absolvendo no artigo 258.



Fonte: STJD