Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Rafael Paiva após Vasco 0 x 1 Palmeiras
Domingo, 22/09/2024 - 20:35
O técnico do Vasco, Rafael Paiva, considerou "pesado" o erro de Rayan que determinou o único gol da derrota da equipe para o Palmeiras por 1 a 0, neste domingo, em Brasília. Ainda assim, o treinador incentivou o jovem atacante de 18 anos.

— Fica mais uma vez, como eu tenho falado, a nossa capacidade de jogar contra qualquer equipe no Brasileirão. Fizemos um jogo parelho, conseguimos empurrar o Palmeiras para trás no segundo tempo, criamos oportunidades. E um erro que acho que poderia mudar bastante o que seria o jogo, o lance do pênalti — disse Paiva, acrescentando:

— E a gente errou, o Rayan teve um erro que faz parte do processo. Jogador jovem, teve um erro há pouco tempo. Sabemos como é pesado para ele, mas acho que fica como reagimos depois de mais um erro individual. E o quanto o Vasco lutou até o fim para buscar um resultado melhor aqui. Tem que ficar o quanto estamos conseguindo competir contra essas equipes grandes, e não tenho dúvida que a curto prazo vamos conseguir buscar as vitórias contra esse nível de equipe.

Perguntado sobre a possibilidade de ter Payet e Coutinho juntos em campo, Paiva apontou a existência de um processo para dar mais minutos ao camisa 11. O treinador também apontou um risco de sofrimento ao Vasco com os dois atuando de forma simultânea.

— Coutinho hoje entrou numa minutagem um pouco mais alta. Na minha opinião fez um grande jogo, é um jogador que pensa diferente da maioria dos jogadores. Tem capacidade técnica e interpretativa do jogo absurda. Está se sentindo confiante. No primeiro lugar, o plano do Coutinho é mantê-lo na maior sequência possível de jogos sem perdê-lo. Independentemente se vai começar ou não, Coutinho tem que estar no jogo. Tem que ganhar minutagem. A gente não pode perdê-lo na relação de 23 jogadores. É um processo, a gente tem que perceber o que vai acontecendo, como a nossa equipe está reagindo. A gente não tem dúvida que os dois jogadores juntos vão dar qualidade técnica absurda, mas o jogo também tem a parte defensiva, as transições. A gente sabe que a gente pode sofrer muito com os dois juntos. Então é realmente o primeiro objetivo manter Coutinho o máximo possível, até ele aguentar próximo de um jogo todo. E ir potencializando cada vez mais o Coutinho para tomar essa decisão na frente se dá para a gente iniciar com os dois ou não.

Com a derrota, o Vasco cai para a décima posição da tabela, com os mesmos 35 pontos. Na próxima rodada do Brasileirão, o clube carioca vai ao Mineirão para enfrentar o Cruzeiro, no domingo, às 18h30.



Outros tópicos da entrevista de Paiva:

Mando de campo em Brasília e diferença para São Januário:

— Não tenho dúvida nenhuma que não há lugar melhor para o Vasco jogar do que em São Januário. É um caldeirão, uma atmosfera completamente diferente que não conseguimos ter em nenhum outro lugar. Jogar em São Januário é um peso muito grande para nós, a torcida nos empurra demais. Lá, temos certeza que é algo que nos deixa mais forte. Mas temos que colocar aqui que a torcida nos empurrou bastante (em Brasília), um estádio que tem a sua história. Claro que é um estádio neutro, ingressos divididos. Não temos dúvidas que somos muito mais fortes em São Januário.

Manutenção de Léo na zaga com retorno de João Victor:

— Eu acredito que a gente tem três zagueiros de nível muito bom. Nossa dupla sendo Maicon e Léo, João e Maicon, João e Léo... Somos muito fortes. É um setor em que sempre fomos muito criticados, e sinto que conseguimos equilibrar muito bem a defesa. Hoje eu sinto que a gente defende muito melhor, é muito mais firme defensivamente, equilibrado independente da dupla que joga. A gente tem muita qualidade no elenco. Léo e Maicon vieram de dois jogos muito difíceis, em que a gente se portou muito bem defensivamente. Queremos tentar manter essa competitividade interna. Ainda temos também o Rojas, que é um jogador muito experiente, meninos da base como Lyncon e Luiz (Gustavo). Acho sim que a gente tá bem servido de zagueiros. Vamos manter a disputa viva pra termos mais jogadores do nível satisfatório, e conseguirmos rodar esse fim de ano sempre com qualidade alta, independentemente de quem jogue.

Insistência em Rayan e outros da base:

— Eu acho que os jogadores da base, a gente passa para eles que a partir do momento em que eles pisam no profissional, eles têm que ser cobrados como profissionais. O Rayan já está acostumado com esse ambiente. É um jogador que tem experiência, é um jogador que tem muita capacidade física, é potente, tem finalização muito forte. A gente viu que ele evoluiu. Hoje ele foi infeliz mais uma vez com um erro, um erro que neste nível de jogo custa muito caro. Custou a nossa derrota. Ele tem que ser cobrado igual a qualquer um do profissional. Ele tem capacidade técnica, tática, física para suportar o jogo do profissional. Por isso ele é selecionado. O Vasco é quem mais coloca sub-20 no Brasileiro, o Vasco está em primeiro lugar em minutagem. A gente tem que ter paciência. São jogadores que têm potencial muito grande, mas falta um pouco de experiência. Um pouco de bagagem. Às vezes interpretar o que está acontecendo mais rápido. A gente gostaria que eles errassem menos. Mas a gente tem consciência de que isso vai acontecer e a gente vai continuar apostando nos jogadores da base. Ali tem muito talento e ainda vai dar muita alegria.

Como vê o campeonato do Vasco e projeções de Libertadores?

— Se a gente vence o jogo de hoje, a gente fica a quatro pontos do Bahia com um jogo a menos. Então a gente está enxergando a parte de cima da tabela, mas é um campeonato muito cruel também, porque você não pode deixar de olhar para baixo também. As equipes são muito fortes, as equipes oscilam muito na competição. A gente está numa parte em que a gente tem que buscar as vitórias. Não tem muito o que fazer, a gente tem que evoluir nosso jogo, nosso futebol. A gente vinha de seis jogos de invencibilidade no Campeonato Brasileiro. Então é importante a gente pontuar o tempo todo, mas a gente sabe que nesse nível de campeonato a gente vai ter as derrotas. A gente precisa dar a resposta no próximo jogo. Buscar a vitória, pontuar para olhar para cima o tempo todo.

Estreia de Maxime Dominguez:

— A gente queria colocar o Maxime numa situação melhor, mas esse é o Campeonato Brasileiro. Não queríamos perder a força do nosso ataque. O David fez um bom jogo, o Emerson entrou muito bem, o Vegetti é o nosso homem do gol. Quisemos dar um pouco mais de qualidade (com Maxime) para dar aquele abafa no fim da partida. É muito recente a chegada dele. É um jogador inteligente, capacidade de passe muito alta, passa muito bem, constrói muito bem. Conhecendo melhor no dia a dia, vamos encaixar onde se enquadra melhor na equipe. Mais um jogador que vai agregar muito.

Vasco tem prioridades entre Brasileirão e Copa do Brasil?

— O Vasco não tem que escolher. Tem que jogar todo jogo como se fosse uma final, como se fosse um mata-mata. A Copa do Brasil é um campeonato importantíssimo. A gente não vai priorizar nenhuma. Vamos com força máxima até o final.

Fonte: ge