Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Rafael Paiva após Vasco 2 x 1 Athletico-PR
Depois de sair atrás no placar na noite desta segunda-feira, em São Januário, o Vasco foi para cima do Athletico e buscou a virada. Em dois jogos recentes, contra Bragantino e Criciúma, o mesmo aconteceu, mas a equipe sofreu o empate no apagar das luzes. Mas, dessa vez, mudou a postura e conseguiu segurar a vitória por 2 a 1 em jogo válido pela 26ª rodada do Brasileirão.
Na coletiva depois da partida, Rafael Paiva, técnico do Vasco, elogiou bastante a atuação da sua equipe.
- A gente tem conversado muito sobre esse assunto. Se pegar lá de trás, foram mais jogos em que sofremos gol no final. Internamente estamos tentando buscar o motivo. Acho que passa por mérito do adversário em alguns momentos, passa por recuarmos demais. A gente conversou muito sobre isso - disse o comandante vascaíno.
- Hoje a nossa postura foi completamente diferente, de tentar manter, de ficar alto. A torcida também vibrando o tempo todo. A gente precisa ter essa regularidade sempre. Nos próximos jogos temos que mostrar essa regularidade para a gente parar de perder pontos importantes. Hoje estamos no G-8 e poderíamos estar mais próximos ainda de uma Libertadores, mais longe do Z-4. Estamos buscando essa evolução- completou.
Com o resultado, o Vasco pulou para a oitava posição, com 31 pontos, e está a seis de distância do Cruzeiro, que é o sétimo. Perguntado sobre chances de alcançar o grupo que se classifica para a Libertadores, Paiva respondeu:
"A gente conversa entre nós que essa tem que ser nossa intenção (brigar por vaga na Libertadores). Entre nós, tem que buscar o limite sempre mais alto", afirmou.
- É muito difícil brigar no fim da competição tendo que ganhar jogos, torcendo contra adversários. Agora, a gente está em um lugar que tem um pouco mais de tranquilidade de construir algo um pouco melhor, de buscar coisas melhores, com ambição de buscar vitórias, coisas melhores. Temos equipe para isso, evoluindo, buscar coisas maiores, respeitando a competição, que é pesadíssima. O Atlético-MG estava muito bem, perdeu quatro jogos, a gente ganhou quatro, ficou sem ganhar. O tempo todo tem essa oscilação. Quando oscilar, precisa ter gordura para queimar. A gente vai brigar sempre para estar melhor colocado
Esse foi o primeiro de três jogos que o Vasco vai fazer contra o Athletico. Os próximos dois são pela Copa do Brasil: na quinta-feira, as equipes se enfrentam pelo jogo de ida das quartas de final. Paiva disse que o planejamento começa a partir de agora.
"A gente estava focado completamente nesse jogo, não dá para ficar dividindo atenção com o próximo jogo. Esse era o mais importante para nós. É curtir a vitória e amanhã pensar no jogo de quinta", concluiu.
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Evolução da equipe
- A gente tem tentado melhorar nosso jogo a cada jogo, é importantíssimo para se manter onde a gente quer e ter ambição para coisas melhores. Contra o Criciúma, também fizemos três gols, teve um gol impedido do David, esse também teve um lance polêmico que demorou mais do que a gente gostaria para definir. Mas a gente está evoluindo na construção. Lembro de alguns meses atrás, a gente pedindo para o time ter a bola e não estava construindo. Agora, está construindo, mais consistente defensivamente, acho que a gente está no caminho, com muito para evoluir, mas enaltecer os jogadores, de buscar a vitória o tempo todo, a torcida empurrando, é o que tem que ficar do jogo de hoje - disse.
Atuação de Emerson Rodríguez
- Fica o Emerson ter feito um bom jogo. Tenho falado o tempo todo de potencializar mais jogadores. Nossa torcida é muito exigente. Algum jogo que o Emerson não entrou tão bem e você ouve alguma coisa. É ter paciência. O Vasco tem um grupo bom, com jogadores podem suprir a ausência de quem na teoria é titular. Isso demonstra a força do nosso grupo. O Rayan entrou bem de novo, já foi bem contra o Criciúma, o Leandrinho deu assistência. É confiar mais nos atletas que a gente tem, empurrar para cima. Jogar no Vasco não é fácil, mas eles têm qualidade. Se inverter a balança de apoiar mais, vai evoluir como equipe. Agora, é começar a pensar na quinta, ver as melhores estratégias, tentar evoluir, pois vai ser outro jogo dificílimo.
Desfalques
- A gente relacionou o David entre os 24, mas ele não amanheceu bem e teve que ser cortado. Coutinho está trabalhando, estava na transição, ainda não se sente 100%. Vamos ver esses dias para ver o que vai acontecer.
Saída de Adson no intervalo
- Adson tem jogado no limite de dor um pouco maior do que o normal, ali na canela. Tem jogo que sente menos, consegue desenvolver bem e fica até o fim. Hoje, sentiu um pouco mais, estava dolorido, terminou o primeiro tempo mancando. Não quis correr o risco de esperar para ver o que vai acontecer. Mas sabendo que tem qualidade para entrar. O Rayan entrou bem, fica esse saldo positivo de ter mais jogadores que podem mudar o jogo, a cara do jogo, mas não acredito que o Adson vá preocupar.
Saída de Emerson
- Emerson foi desgaste de jogo, transitou para frente e para trás. Só circunstância mesmo. É bom poder contar com o futebol do Emerson em alto nível. Qualifica ainda mais nossa decisão de ver quem começa. Ter um jogador decisivo também para entrar.
O que pode melhorar?
- Não gostaria de sofrer tanto, tendo que buscar viradas, tomar gol rápido. É sofrimento para os atletas também, porque tem que aumentar a rotatividade, a intensidade. O limite do erro fica maior. Estamos tentando buscar as soluções, a competitividade é alta e vai acontecer. O Athletico-PR é uma equipe qualificada, muito organizada. A gente sabia de algumas coisas e, mesmo sabendo, é difícil neutralizar. A gente respeita muito e vai tentar cada vez jogar melhor, tentar encaixar o jogo, como depois do intervalo. Alguns ajustes individuais e coletivos, e conseguimos sair com a vitória. Poderia ter virado antes. São soluções que a gente busca jogo a jogo para evoluir e seguir crescendo.
Atuação de João Victor e busca por zagueiros
- João ficou um bom tempo parado, está voltando em jogos intensos, buscando a melhor forma dele. Acho que está bem próximo. Conseguiu resistir o jogo todo, no próximo já vai estar mais inteiro. Mas jogar contra o Athletico-PR é uma intensidade muito alta, com atacantes rápidos, que atacam o espaço e exige muito da defesa. Teve grau de exigência física muito alta. Tenho que trabalhar com o que tenho, confio muito em todos que tenho, então são jogadores talentosos, mais experientes, mais jovens. Tenho certeza que vão dar conta do recado. Se vier alguém pra agregar será bem vindo, mas temos qualidade para evoluir e estamos no caminho certo.
Estratégia
- A gente tentou encontrar o melhor caminho para travar o Athletico-PR. Eles tentam quebrar a primeira pressão, colocam mais jogadores dentro, tem jogadores de profundidade. É difícil de encaixar a pressão. Quando conseguia roubar, não conseguiu verticalizar como deveria, não encaixou o contra-ataque, faltou a última bola, uma jogada individual para entrar na última linha com vantagem numérica. É jogo de xadrez com intensidade altíssima.
- A gente veio com um mecanismo para travar o jogo. Eles entenderam e buscaram alternativas. A gente mexe uma peça, eles mexem outra. Em alguns momentos, teve trocação. Esse jogo aberto é pelo nível do jogo, e tudo faz parte do contexto. A gente se equilibrou mais no segundo tempo. É assim que eu enxergo o jogo de hoje.
O que mudou no intervalo?
- A gente cobra muito desde o início do jogo. É um grupo experiente, eles sabem que a gente precisa entrar bem, fala isso o tempo todo. No primeiro tempo, até conseguiu controlar em algum momento, mas a gente tomou o gol. A partir desse momento, tem que arriscar mais, sair mais. Foi isso que aconteceu no segundo tempo, jogar com limite do erro mais alto, se arriscar um pouco mais e o adversário tende a baixar um pouco mais. Isso az parte do jogo. É muito difícil uma equipe aqui no Brasil fazer um gol, depois dois, três, quatro. É raro. A gente partiu para o jogo, foi para um limiar de erro maior, fez um gol de transição que não encaixou no primeiro tempo. No intervalo, ajustou muita coisa, cobrou muito, eles se cobram muito, sabem onde podem estar, onde querem estar, o que podem conquistar. A gente está no caminho, evoluindo. É enaltecer estar no G-8. Não é fácil. Tirar lições positivas, independentemente do primeiro ou do segundo tempo, o que foi melhor ou pior, o mais importante é o resultado de 2 a 1
Fonte: ge