Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Rafael Paiva após Criciúma 2 x 2 Vasco
Domingo, 18/08/2024 - 19:24
Neste domingo, o Vasco teve a vitória sobre o Criciúma nas mãos, mas sofreu um gol nos acréscimos e vai voltar ao Rio de Janeiro com um empate em 2 a 2. Rafael Paiva, na coletiva de imprensa, lamentou muito o resultado.

Para o treinador, os gols no fim das partidas "estão incomodando demais". Contra o Bragantino, o Vasco também segurou a vitória até o fim, mas sofreu o empate no apagar das luzes.

"A oscilação no final do jogo é o que está nos incomodando demais, a gente tem total consciência disso", disse o treinador.

"A gente precisa logo evoluir nesse sentido. Contra o Fluminense, fizemos um jogo linear, com equilíbrio do início até o final. Mas a gente precisa de mais jogos nesse nível, isso está nos custando alguns pontos valiosos. Poderíamos estar numa colocação melhor do que agora, mais tranquilos. Precisamos dar a resposta logo", completou.

Na opinião de Rafael Paiva, saber controlar a partida é diferente de "catimbar", por exemplo.

"Entendo quando você fala de futebol sul-americano, mas acredito muito mais que precisamos evoluir em buscar o gol o tempo todo, fazer o terceiro gol, o quarto gol, continuar atacando, com o mesmo equilíbrio ofensivo. Para mim, isso é mais importante do que ficar catimbando o jogo. Acredito que temos que desenvolver mais esse lado de buscar o gol o tempo todo, de ganhar o jogo de 3 a 1, de 4 a 1, de buscar o terceiro gol o tempo todo, mesmo sabendo do risco. Acredito de verdade nisso", disse o treinador do Vasco.

"Acho que o futebol sul-americano tem muita qualidade, esse estilo de jogo não acontece mais. O nível que a gente quer buscar precisa de muito mais que isso, do que só catimbar o jogo, ficar parando o jogo. A gente teve oportunidades ali dentro da área", concluiu.



Veja outros trechos da entrevista de Rafael Paiva:

Por que começou com Léo na defesa?

- A respeito do Léo, o Maicon ainda estava com resquício de alguma coisa que poderia ser algo mais grave. São decisões que a gente tem que tomar, a gente precisa ir encontrando sempre a dupla principal para jogar, mas vamos rodar os jogadores também. Acho que ela (dupla) ainda não existe, estamos testando. Essa rotatividade vai acontecer. Tenho total confiança em todos eles, eles têm dado conta do recado. Infelizmente a vitória escapou mais uma vez no final.

Postura do Criciúma surpreendeu?

- A gente sabia da eficiência do Criciúma, eles têm uma transição muito forte, é muito veloz no contra-ataque, tem um ataque muito rápido pelo perfil dos jogadores. A gente já sabia que ia sofrer com isso, e a gente não conseguiu controlar aquela bola no segundo pau. Conseguimos entrar no jogo depois do gol, fizemos um jogo bom, temos evoluído em alguns sentidos.

- A respeito do Bolasie e do Alano, a gente sabia que eles iam tentar mais infiltrações. São jogadores muito potentes, que atacam muito as costas. No início, sofremos um pouquinho ali, depois ajustamos. Conseguimos compactar, neutralizar bem essas bolas de profundidade. Não me vem à cabeça alguma outra situação claríssima do Criciúma nessa bola. A gente já esperava esse ímpeto, mas conseguimos controlar em algum momento.

Sentiu falta do Vegetti (que foi poupado)?

- Sempre. Vegetti é um jogador que faz muita falta para a gente pela liderança, por ser um jogador que domina muito a área. Ele nos dá um acervo muito grande de possibilidades ofensivas. Mas quero salientar que o Rayan fez gol hoje, David fez gol, está jogando muito bem alguns jogos. Contra o Fluminense, ele foi muito bem. Adson é um jogador muito regular. É importante pontuar o quanto esses jogadores fazem a diferença. O Rayan fez um grande jogo, sentiu um pouquinho o ritmo no segundo tempo, mas é normal, a gente já previa isso. A gente precisa ter o grupo. Se a gente quer chegar mais longe, sem tem ambição de estar em melhor colocação na tabela, não podemos ser dependentes de nenhum jogador. Alguns jogadores deram resposta bem positiva. Temos que fazer alguns ajustes para continuar atrás dos três pontos.

Faltam opções no banco?

- Em relação às substituições, é muito difícil substituir o Payet com um jogador à altura. Ele tem uma forma de jogar muito peculiar, é um jogador muito técnico, muito experiente que dificilmente perde a bola pressionado, que está ganhando cada vez mais ritmo. Ainda não consegue sustentar o jogo todo, mas está evoluindo no nível. Realmente é muito difícil de entrar um jogador com a mesma qualidade. Claro que vamos sempre tentar potencializar os jogadores que a gente tem. Os jovens jogadores têm muito talento, falta um pouquinho de experiência em alguns momentos. Queremos dar experiência vencendo os jogos, ganhando. Isso acelera o desenvolvimento deles.

Fonte: ge