Após veto rubro-negro ao Maracanã, estádios do Norte e do Nordeste surgem como opções para Vasco x Fluminense
Hoje em estágios distintos na tabela de classificação da Série A do Brasileiro, Vasco e Fluminense têm confronto marcado para o dia 10 de agosto, em duas semanas, portanto, pela 22ª rodada. A data cai num sábado, dia perfeito para uma tarde/noite alegre e festiva no Maracanã, palco principal do futebol carioca. Mas ainda não há local definido para a disputa do clássico. Segundo fontes ligadas ao consórcio que administra o estádio, a empresa que cuida do gramado contraindicou a cessão tendo em vista que o Flamengo enfrentará o Palmeiras, no dia 11, e o Bolívar, no dia 15.
Acontece que, apesar de a partida não ter mando de campo tricolor, o Fluminense, um dos dois concessionários do Maracanã, deveria olhar com mais carinho para a questão. Porque a ideia de jogar em Cariacica (ES) foi abortada por questões de segurança. O Botafogo não se interessou em alugar o Nilton Santos aos coirmãos. E o Batalhão Especial de Policiamento dos Estádios vetou a realização do clássico em São Januário. E aí começam a surgir nos bastidores a possibilidade de levar o jogo a praças do Norte e do Nordeste, o que logisticamente não seria bom para os tricolores.
Explico: o time de Mano Menezes, que joga neste domingo contra o Cuabá, na Arena Pantanal, terá a chance de fazer três partidas no Rio antes do confronto com o Grêmio, em Porto Alegre, pelas oitavas da Libertadores — Bahia, Juventude (pela Copa do Brasil) e Vasco. Um conforto que a equipe não terá se o clássico for realizado fora da Região Sudeste. Ou seja: para o Vasco, que tem um bom número de torcedores em qualquer praça do país e está em situação mais confortável no Brasileiro, jogar em Manaus ou Belém, por exemplo, não será nada demais. Mas e para o Fluminense?
É um absurdo que os tricolores não possam atuar no Maracanã, ainda que não sejam mandantes do clássico. E entendo que haja a preocupação com o jogo do Flamengo contra o Bolívar na quinta-feira seguinte, pelas oitavas da Liberadores. Só não aceito que isso seja maior do que o interesse do futebol carioca sendo o estádio um aparelho público. Vejam bem: o Maracanã foi cedido para gestão da dupla Fla-Flu nos próximos 20 anos. Mas não perdeu seu princípio de servir aos clubes do Rio. O Fluminense deveria então ser mais ativo nesta cruzada pela disputa do clássico no estádio.
Fonte: Blog Gilmar Ferreira - Extra