Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Rafael Paiva após Internacional 1 x 2 Vasco
Domingo, 07/07/2024 - 21:34
Técnico do Vasco, Rafael Paiva festejou bastante a vitória por 2 a 1 sobre o Internacional na noite deste domingo, no Beira-Rio, pela 15ª rodada do Brasileirão. Mesmo repleta de desfalques, a equipe conseguiu seus primeiros pontos fora de casa na competição e se distanciou ainda mais da zona de rebaixamento.

- Estou extremamente feliz e satisfeito pelo que a gente tem construído - afirmou ele.

- Jogo com muitos desfalques, mas fomos pela linha de oportunidade para outros jogadores que precisavam provar, tanto para a torcida quanto para eles mesmo, que eles têm capacidade. Os meninos da base não eram diferentes, eles têm boa experiência. Vieram totalmente motivados. Ficamos felizes que deu tudo certo no final, com os três pontos. Muito difícil de jogar aqui, Inter é muito forte. Tudo está caminhando bem, agora é manter a humildade para seguir assim - completou.

O Vasco foi a Porto Alegre sem quatro jogadores considerados titulares suspensos pelo terceiro cartão amarelo: Maicon, Lucas Piton, Hugo Moura e David. Além disso, perdeu mais uma vez o meia Payet por lesão.

Rafael Paiva explicou que, diante desse cenário, mesmo com jogadores improvisados em algumas posições, o que ele cobra é a aplicação tática.

- A gente tenta sempre uma estrutura em que a gente consiga jogar, mas muito em cima do que o adversário nos passa. Tento passar aos atletas para não ficarmos presos na estrutura de jogo, o que eu cobro deles é a função. Alguns jogadores estamos testando em lugares do campo, e o grupo tem respondido bem. Alguns jogadores fora de posição, mas cumprindo função. Isso é o mais importante. Saber defender, balançar, qual espaço atacar... Tem sido em cima disso a nossa construção. Ter clareza o que fazer com a bola, sem a bola, independentemente da estrutura - disse.

O Inter foi muito melhor no primeiro tempo e foi par ao intervalo com 60% de posse de bola e sete finalizações contra duas do Vasco. Paiva diz que a equipe, nesses momentos, precisa "se doar mais".

- Eu estou muito tranquilo, muito satisfeito com o que estamos construindo. Consigo ver a minha cara no que a equipe está fazendo, isso para mim é muito satisfatório. Vindo com vitória, pontos na maioria dos jogos. Isso é fundamental. A gente não abre mão disso, temos que competir, brigar, principalmente quando a gente não estava no melhor momento. A gente tinha que se doar mais. Para pontuar, precisa jogar com a bola, precisava terminar as jogadas com mais qualidade e é isso que estamos tentando construir. Passo a passo, jogo a jogo. Sem perder nossa competitividade, a nossa garra. É refinar cada vez mais o que estamos fazendo para continuar tentando prosperar na tabela.

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Aproveitamento da base

- Isso valoriza muito o trabalho de quem vem da base. A gente tem muita gente boa trabalhando na base, excelentes treinadores. É uma transição muito difícil, você tem que dar resultado a curto prazo porque, caso contrário, você não tem sequência. Quando consegue pontuar e buscar vitórias, isso fortalece muito quem vem da base. Hoje tínhamos 10 jogadores da base, tinha jogador de 16 anos. Isso é muito satisfatório, fortalece o trabalho que estamos fazendo na base. Esses jogadores têm total capacidade para dar conta do recado, acho que isso é o mais importante. Não é só trazer por trazer. Se a gente tiver paciência, muito jogador bom vai aparecer.

Reação no Brasileiro

- Eu sempre falei para eles que ninguém mais poderia fazer algo para mudar o cenário que não fossem eles. Atitude, confiança para jogar... A gente tinha que entender que, se nos equilibrássemos melhor, conseguiríamos pontuar mais nos jogos. Sem se desfazer da bola o tempo todo. Foi muito em cima disso, é uma construção do dia a dia. Parte mental, técnica, tática. São muitas coisas que interferem no resultado a curto prazo. Os jogadores lutaram demais, mudaram demais a postura. Mérito total para eles. É um trabalho de formiguinha, envolve muitas pessoas. Estamos no caminho, Vamos tentar dar uma sequência.

Análise do jogo

- O Inter foi muito melhor do que a gente no primeiro tempo, conseguiram nos machucar muito, pressionaram muito forte Tivemos muita dificuldade de sair da pressão com bola limpa. Muito mérito do Inter, é uma equipe muito organizada. A gente até escapou em um ou outro contra-ataque. A gente equilibrou no segundo tempo, jogou. Cada jogo tem a sua história. Temos que analisar depois, ver o que podemos melhorar quando tiver esse cenário. Com muito jogo em sequência a gente não consegue treinar. É muita conversa e pouco treino. Temos que tentar continuar jogando bem, equilibrados. Sofrendo como sofremos no primeiro tempo, sem tomar o gol. Temos falado muito sobre isso. Porque, quando a gente consegue jogar, a gente sabe que pode sempre buscar a vitória.

Melhora dentro do jogo

- Dentro do jogo a gente consegue mexer na estrutura e tenta neutralizar o que o Inter está fazendo. Conseguimos mapear o que o Inter estava fazendo, onde estava nos machucando. A gente fez algumas mudanças estratégicas e surtiram efeito. A ideia é sempre marcar o adversário no campo dele, mas o Inter nos empurrava para trás até pela intensidade deles, vieram empurrados pela torcida. Conseguimos sofrer sem tomar o gol, isso foi o mais importante. Com 15 minutos, trocamos dois jogadores que entraram muito bem. Os meninos entraram muito bem, conseguimos fazer um bom segundo tempo e sair com a vitória.

Distância do Z-4

- Trabalhar próximo à zona de rebaixamento é uma pressão gigantesca. Faz parte do processo, acho que a gente soube trabalhar com pressão, A gente sabia o que tinha que fazer e fomos premiados com o resultado nos últimos jogos. Agora é manter a humildade para não deixar cair, não podemos pensar que está tudo certo. Precisamos pontuar o máximo possível para ficar cada vez mais longe e, daqui a pouco, sonhar com uma zona de classificação de Libertadores ou Sul-Americana.



Fonte: ge