Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Rafael Paiva após Vasco 1 x 1 Botafogo
O Vasco conseguiu o empate por 1 a 1 com o Botafogo na reta final do clássico neste sábado, em São Januário. Após a partida, o técnico Rafael Paiva explicou por que tirou Payet aos 14 minutos da etapa final. Ao deixar o campo, o francês mostrou-se revoltado com a substituição.
- Payet é um jogador muito diferente tecnicamente e com inteligência de jogo, experiência. A gente só não contava que o Estrella fosse sair tão no início do jogo. A ideia era o Payet entrar no segundo tempo, a gente ia colocar. Acabou que, com as circunstâncias de jogo, que a gente não controla, a gente teve que colocar antes. A gente quis correr risco zero de perdê-lo em qualquer situação. Tínhamos uma minutagem interna que a gente já tinha programado.
- A gente tirou para não correr nenhum risco. Tecnicamente e taticamente, o Payet desequilibra. Estava muito bem, mas a gente precisava contar com ele para as próximas rodadas porque ele faz muita diferença.
Sobre a partida, Paiva elogiou a postura e a competitividade do Vasco no clássico. E, embora não tenha vencido, disse que o importante é sempre estar pontuando.
- A gente jogando em casa sempre vai buscar a vitória, esse foi o discurso no vestiário. E é sempre assim com os atletas. A gente não abriu mão de competir, de tentar jogar e de tentar buscar a vitória sempre. A gente respeita demais o Botafogo, que está lutando pela liderança do campeonato. Equipe forte e bem organizada. Acho que, pelas circunstâncias, pontuar sempre é o que a gente precisa fazer. Sempre vamos buscar a vitória, mas a gente não pode sair derrotado de São Januário. A gente conseguiu buscar o empate e vai lutar mais para buscar a vitória sempre.
Confira outros tópicos:
Payet de cara fechada e planejamento para o próximo jogo
- O Payet tem respondido bem nos treinos, a gente tem aumentado a carga gradativamente. Já conseguimos colocá-lo nesse jogo, por circunstância entrou um pouco antes. A gente fica feliz pela insatisfação dele porque ele é muito competitivo. Ele quer jogar, sabe que pode fazer a diferença. Então a gente tem que controlar essa ansiedade dele, mas a partir do momento que ele entra em campo é um jogador muito diferente. Muito diferente. Claro que contamos com ele, vamos tentar aumentar o volume dele, ou entrando jogando ou entrando no decorrer das partidas. É dia a dia tentando condicioná-lo mais. Ele até tinha para jogar um pouco mais, mas estamos indo devagar para tê-lo mais por mais tempo e por mais sequência.
Entrada de Hugo Moura em Tchê Tchê
- No momento da jogada eu achei que era para amarelo, por conta de ter mais jogadores na cobertura. Eu não revi o lance, mas no momento do jogo eu achei que o árbitro acertou porque tinha cobertura. A respeito do resultado para eles, cada um tem um jeito de olhar. Para nós, em São Januário, sempre vamos jogar para ganhar independentemente do adversário. E a gente precisa pontuar aqui, os pontos fazem diferença lá na frente, importante não termos perdido o jogo, mas brigar para ganhar sempre aqui dentro.
Dupla de laterais-esquerdos em campo
- A gente perdeu por suspensão o David e o Matheus Cocão, que estavam muito bem. Decidimos colocar o Piton para termos uma dobra no corredor. Tentar manter defensivamente uma organização maior. Ter o Piton, que defende muito bem, mas é um jogador que ataca muito, ataca espaço, entra em diagonal e tem muita qualidade no cruzamento. Como o Botafogo é um time de transição muito forte, com jogadores muito potentes e muita velocidade, a gente precisava atacar, mas também estar preparado para defender e para inibir essa transição do Botafogo. O Victor entrou bem, mas com a volta do David e do Matheus, a ideia é talvez manter o sistema que estávamos fazendo.
Interino Rafael Paiva ou técnico Rafael Paiva?
- O campeonato é muito difícil, são muitos jogos em sequência, e o nível da Série A é fortíssimo. Precisávamos pontuar para sair dessa situação incômoda, e ver a equipe respondendo com intensidade, com organização de tentar jogar mais com a bola e criar mais chances de gols vai nos deixando mais perto das vitórias e de pontuar. A curto prazo estamos conseguir pontuar porque fazemos por merece. Claro que muitos ajustes faltam, mas acho que estamos no caminho.
A gente respeito de ser interino ou treinador, é jogo a jogo. Fica a cargo da diretoria. E, para mim, tem passado jogo a jogo. Falam para que eu me prepare a cada jogo, e a minha mentalidade está sendo o mata-mata a cada jogo, é uma final a cada jogo. A diretoria que decide isso lá na frente.
Lesão de Guilherme Estrella
- Estrella realmente sentiu o menisco (do joelho direito), ele vai fazer um exame amanhã. A gente acredita que não seja nada sério, mas tem que fazer o exame para vermos.
Performance no comando do Vasco
A cobrança é gigante, me cobro muito o tempo todo, desde a época de base. Tive o privilégio de vencer muito na base, peguei equipes extremamente talentosas, trabalhei com grandes jogadores. Nos meus dois últimos anos na base do Palmeiras, ganhei duas Copas do Brasil e dois Brasileiros. Quanto mais você ganha, mais você se cobra. O peso é muito alto, e no profissional não é diferente. Me incomoda muito só defender e não atacar, e tento trazer o que acredito pra equipe. Tenho ficado muito feliz, porque os jogadores acreditam nisso também. Acho que esse é o DNA do Vasco. Independentemente do resultado, a forma que você compete faz toda a diferença no resultado. Na derrota, no empate, na vitória. É isso que tenho tentado trazer, manter as minhas convicções. É muito difícil porque a pressão pelo resultado é gigantesca no profissional, mas não abro mão de tentar fazer o que eu acredito. Acho que casa muito com o DNA do Vasco. A gente tem tentado evoluir, desenvolver sempre. Acho que o caminho é esse. Por enquanto, tô feliz com o que a gente vem fazendo, mas a gente precisa buscar a vitória sempre. Não vamos parar de trabalhar até conseguirmos sequências mais positivas.
Fonte: ge