Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Álvaro Pacheco após Vasco 0 x 0 Cruzeiro
Domingo, 16/06/2024 - 22:25
O duelo entre Vasco e Cruzeiro neste domingo, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, terminou sem gols. Álvaro Pacheco viu o resultado com frustração, apesar de ter saído satisfeito com o desempenho do time em São Januário. O treinador destacou que, em sua opinião, o Vasco merecia ter vencido, e também aproveitou para elogiar a performance de Galdames. O duelo entre Vasco e Cruzeiro neste domingo, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, terminou sem gols. Álvaro Pacheco viu o resultado com frustração, apesar de ter saído satisfeito com o desempenho do time em São Januário. O treinador destacou que, em sua opinião, o Vasco merecia ter vencido, e também aproveitou para elogiar a performance de Galdames.

— Sem dúvida concordo contigo de que a equipe vem crescendo. Aquilo que sinto como sendo o grupo, uma frustração muito grande. Mereciam os três pontos porque foram a melhor equipe em campo. Em função da evolução, vamos entendendo onde se sentem mais confortáveis. O Vasco às vezes joga com linha de cinco e principalmente de defender mais a largura. Conseguiram ter uma coragem muito melhor do que contra o Palmeiras — disse Álvaro, acrescentando:

— Jogamos no 4-3-3, muitas das vezes no 4-4-2. Penso que estamos tristes, senti uma frustração muito grande por não ter conquistado a vitória que merecia. O primeiro tempo foi equilibrado, mas o segundo foi completamente dominado pelo Vasco. Foi capaz de controlar o jogo. Estou feliz pela exibição, mas triste pelo resultado.



Este foi o primeiro ponto conquistado pelo Vasco desde que Álvaro Pacheco assumiu o cargo de treinador. O clube vinha de duas derrotas consecutivas para Flamengo (6 a 1) e Palmeiras (2 a 0).

Questionado sobre críticas a Galdames, o técnico demonstrou respeito à opinião dos torcedores, mas preferiu elogiar o desempenho do volante em São Januário.

— Galdames fez um jogo brutal. Teve uma capacidade, foi o rei da ação, um jogo posicional muito grande. Vejam a capacidade que ele teve. Uma das missões que ele tinha, tanto ele quanto Zé, de matar contra-ataques e ter o jogo sempre posicionado, manter o jogo equilibrado. Soube temporizar quando estava em inferioridade numérica e quando tinha que saltar na pressão — opinou Álvaro.

— Enquanto técnico, o Galdames fez um jogo fantástico, mas eu entendo e respeito a opinião da torcida, que tem sempre razão. Mas, enquanto técnico e diante da estratégia para o jogo, entendíamos o Cruzeiro muito forte numa primeira fase de construção, é muito forte no jogo interior. Ele e Zé fecharam os espaços (confira a resposta na íntegra abaixo).

Outras respostas de Álvaro Pacheco:

Rumores sobre possível retorno de Ramon Díaz

— Tem uma expressão que diz: "Nós treinadores temos que estar sempre com as malas prontas". Acredito muito no trabalho. Estou com muita vontade de estar aqui no Vasco e levar o Vasco a outros patamares que não tenho dúvida que vamos chegar. É importante perceber que tem um processo. Importante as pessoas acreditarem. O futebol é assim. Eu tenho que estar preparado. Estou com vontade de trabalhar no máximo, ajudar os jogadores a serem melhores e conquistar os tres pontos. Quando está acima de mim a decisão, eu não controlo. Posso dizer que todos os dias eu trabalho e morro pelos interesses do Vasco.

Maior entrosamento com jogadores:

— Cada vez está mais aprofundado, cada vez mais conheço as características dos jogadores. E isso vai me dando capacidade para eu puder manipular o jogo da forma como eu entendo. Conhecendo a identidade do grupo ao seu pormenor, aquilo que são as relações como o time se sente melhor, para criar um Vasco forte e irmos atrás dos nossos objetivos.

Escolhas no elenco:

— Eu sou um treinador que confia em todos os jogadores. Não tenho titulares e reservas, tenho um time. O entendimento das propostas e a capacidade do desempenho e o que observo no treino, eles que conquistam o direito que jogar. Para jogar pelo Vasco têm que mostrar uma atitude que mostraram hoje, capacidade de promover o nosso jogo com coragem, isso foi demonstrado. Eles têm que mostrar isso em todo dia de treino. Estou satisfeito com elenco.

— Com jogos de três em três dias eu vou precisar do elenco todo. Hoje, jogam uns. Amanhã, outros. Importante é a atitude que eles têm e a capacidade de morrer pelo Vasco e hoje mostraram. Os jogadores que entraram, e outros que não entravam há muito tempo. O Victor não joga há muito tempo, o JP que não tinha sido titular. Os jogadores que entraram, a envolvência que deram. É isso que estamos construindo. Não há titular nem suplente, tem jogador disponível para morrer pelo Vasco.

Avaliação da equipe:

— Nós produzimos. Tivemos mais arremates, ataques perigosos. Mas temos que ser realistas. Vimos dois jogos que tivemos resultados que não gostaríamos. A equipe entrou nervosa mas cresceu durante o jogo. Na primeira parte faltou celeridade, capacidade de decisão. Mas melhoramos na segunda parte, tivemos oportunidade. Mas acho que no futebol precisamos de um pouco de sorte. Nas oportunidades que tivemos, se tivéssemos feito o gol a equipe teria confiança maior. Foi um resultado injusto pelo desempenho dos jogadores.

Volta de Sforza e críticas da torcida a Galdames:

— Sforza é um jogador que sai da suspensão e, portanto, é o jogador que está mais disponível. Se vai jogar ou não, não sei, vai depender daquilo que é o nosso jogo e do desempenho na semana de treinamentos. Eles têm demonstrado todos eles uma vontade muito grande de ajudar o Vasco. Não é Sforza, não é o Galdames, não é o Vegetti, é o Vasco. O mais importante é todos eles se disponibilizarem a trabalhar para o Vasco.

— Galdames fez um jogo brutal. Teve uma capacidade, foi o rei da ação, um jogo posicional muito grande. Vejam a capacidade que ele teve. Uma das missões que ele tinha, tanto ele quanto Zé, de matar contra-ataques e ter o jogo sempre posicionado, manter o jogo equilibrado. Soube temporizar quando estava em inferioridade numérica e quando tinha que saltar na pressão.

— Enquanto técnico, o Galdames fez um jogo fantástico, mas eu entendo e respeito a opinião da torcida, que tem sempre razão. Mas, enquanto técnico e diante da estratégia para o jogo, entendíamos o Cruzeiro muito forte numa primeira fase de construção, é muito forte no jogo interior. Ele e Zé fecharam os espaços.

— Sabíamos que numa segunda fase, o Cruzeiro é muito forte para os corredores laterais. Eles tiveram capacidade de fechar. Ele e Zé fizeram um jogo brutal. Estou muito satisfeito com ele e especialmente com o Galdames.



Critério para Léo ser capitão:

— Sou o treinador que respeito algumas coisas que já foram estipuladas. Quando cheguei aqui, o Léo já era capitão. Eu, enquanto líder, não posso mudar capitães quando estou conhecendo o grupo. Não faço isso, ainda mais em forma de respeito. Tem que respeitar não só o time, mas também os jogadores.

— Se calhar, Léo não é tão efusivo perante à torcida, mas é um líder ativo no grupo. Quando tem que falar, fala. É um jogador que está sempre disponível e que sempre mete o elenco acima dos seus interesses individuais. Acho que isso tem que ser uma característica de um capitão, ser um exemplo em nível de treinamento e na comunicação.

— Se você me perguntasse: gostarias que o Léo fosse discutir com o árbitro? Se ele vai discutir, eu não gosto que meu árbitro discuta porque pode levar amarelo. Aqui no Brasileirão, com três amarelos tu ficas fora do jogo. Sinceramente, eu nunca vi nenhum jogador discutir, e o árbitro mudar de opinião. Muda de opinião com VAR ou com opiniões de sua equipe de arbitragem.

— Jogador tem que focar no jogo, no treino e nas tarefas que ele tem de desempenhar para o jogo. Respeito muito as decisões do árbitro, nossa decisão é controlar o que controlamos: o nosso jogo e a nossa capacidade de querer ganhar todos os jogos.



Situação de Payet:

— Sei que ele já está fazendo treinamentos de transição, mas amanhã vou me aflorar daquilo de concreto se é possível ele voltar ou não. Gostaria que ele estivesse disponível para ter aquela dor de cabeça de treinador.

Atuação de JP:

— Para quem fez um jogo pela primeira vez e foi crescendo ao longo do jogo, principalmente durante o primeiro tempo, e muitas das vezes ele estava fugindo de onde deveria estar. No segundo tempo, corrigiu isso, passou a ter mais capacidade de intervenção e ter mais bola. Começou a procurar os espaços que Galdames e Zé estavam a procurar. Ele começou a procurar melhor o espaço. Jovem em quem acreditamos, acreditamos que vamos melhorar. Agora é continuar a trabalhar e focar no próximo desafio.

Ausência de Vegetti, suspenso, contra o Juventude:

— Evidente que não podemos esconder a qualidade e influência do Vegetti na equipe. Ele é o melhor centroavante do futebol brasileiro. Confio em todos os jogadores e vão sugir oportunidades para outros mostrarem o desempenho que tem apresentado durante a semana de treinamento e terá a continuidade de mostrar o trabalho no jogo. Os jogadores gostam de treinar e ter oportunidade de jogar. Não jogando o Vegetti, outro jogador terá oportunidade.

Evolução do time:

— Principalmente na coragem. Se vocês repararem, acho que foi o primeiro jogo em que as nossas linhas andaram muito compactas, principalmente no meio-campo ofensivo. Soubemos identificar o momento em que tínhamos de estar curtos e o momento em que tínhamos de tirar a profundidade. Mantivemos a equipe sempre muito compacta, não só na linha defensiva, portanto Léo e Maicon muito bem a reduzir espaços e nos duelos. Houve momentos esporádicos em que o jogo ficou partido, mas a nossa equipe rapidamente se reorganizou e teve um jogo posicional fantástico. Acho que foi um segundo tempo muito boa na prestação dos meus jogadores

Protestos da torcida e pressão no cargo:

— Temos que estar preparados. Os torcedores sempre têm razão. O Vasco tem uma história, que é mostrada pelos torcedores, pela paixão e orgulho do clube, os sonhos. Pelo o que Vasco foi e pelo que querem que o Vasco seja. Eles têm razão. Eu tenho que ficar no que controlo, trabalhar de forma séria e apaixonada e ajudar o Vasco a atingir as metas.

— Sei que no futebol as coisas não acontecem de um momento para o outro. Não tenho uma varinha mágica para chegar aqui e colocar a equipe para jogar da forma que vai jogar. Os indicadores que tenho de evolução da equipe, de dedicação, a capacidade de envolvimento, há sinais que me agradam sobre o futuro do Vasco. Vamos chegar ao patamar que acredito, mas é de passo a passo.

Conversa com Payet:

— Já tive conversa com Payet que adorei muito, foi uma conversa muito interessante e desafiadora. Ele quer muito ajudar o Vasco a atingir objetivo, é um campeão, é um jogador com mentalidade campeã. É desses jogadores que precisamos.

Ambiente no Vasco:

— Sem dúvida nenhuma, a equipe entrou nervosa por tudo. Não sou treinador que me escondo. É evidente que virmos de dois jogos com resultados menos positivos e o fato de no aquecimento a torcida mostrar algum desagrado, mas acho que aquilo que os jogadores fizeram em campo no jogo a torcida apoiou.

— Viu entrega, viu uma equipe com vontade muito grande e viu a equipe a crescer. Eles começaram a acreditar e viram que era uma equipe que jogava com paixão, alma, crença e coragem muito grandes. No final, estávamos todos muitos frustrados. Torcida, eu e meus jogadores. Esse é o caminho que o Vasco tem que trilhar nessa Série A.

Fonte: ge