Ex-diretor jurídico do Vasco, Leonardo Rodrigues fala sobre ação do CRVG contra a 777; veja vídeo
Sábado, 18/05/2024 - 07:12
Leonardo Rodrigues ◤✠◢ @l_jrodrigues
A emenda não pode ser pior que o soneto!
O Vasco atravessa hoje um momento extremamente conturbado, com muita instabilidade e diversas incertezas acerca do seu futuro. Mas para entender melhor a situação, como chegamos até aqui, e a forma de lidar com o problema, é preciso voltar um pouco no tempo, olhar para atrás e diagnosticar a sua origem, tirar lições que nos sirvam para corrigir os desvios de perspectivas e que nos ajudem a traçar um plano estratégico capaz de corrigir a rota.
O que vivenciamos hoje nada mais é do que uma tragédia anunciada. Apesar dos alertas e das medidas administrativas e judiciais da oposição, que na ocasião não integrava o corpo eleito do Conselho Deliberativo, e também das recomendações de parte do corpo de Beneméritos, o que se viu foi a consciente e indecente opção de se promover um verdadeiro, obscuro e irresponsável atropelo na constituição da SAF e da "venda" do seu controle acionário à terceiro, no caso ao que hoje denominam de "esquema 777". Tudo isso naquele que, talvez, tenha sido - até aqui - o maior momento de fragilidade institucional do Vasco, causado justamente por aqueles que conduziam o negócio sob evidentes conflitos de interesses.
O desafio é grande, mas não maior do que a grandeza do Vasco, que tem chance transformá-lo em oportunidade para corrigir a rota e os rumos de seu futebol em prol do Vascaíno.
Nesta direção, não há mais tempo e ambiente para seguir repetindo os erros do passado recente que trouxeram o Vasco à essa armadilha, tal como parece insistir a gestão atual ao lidar com o problema à revelia dos poderes e dos associados do clube. É preciso, mais do que nunca, dar transparência e conhecimento do que foi feito para que os vascaínos possam, cientes e conscientes, tomar a decisão quanto ao melhor caminho. Somente a partir da avaliação concreta do problema será possível encontrar a solução e eliminar ou mitigar os riscos envolvidos.
Não há como admitir mais obscuridades e atropelos a pretextos de urgências em corrigir os erros.