777 Partners estaria disposta a vender sua parte na Vasco SAF por R$ 600 milhões
Sexta-feira, 17/05/2024 - 15:47
Antes de ser afastada do controle do futebol do Vasco pela Justiça do Rio, que atendeu a pedido da diretoria de Pedrinho, a 777 Partners acenou com a possibilidade de venda da SAF do clube. E estabeleceu um preço: estava disposta a negociar sua parte por R$ 600 milhões.

O negócio envolve ainda a obrigação do comprador de fazer os aportes previstos no contrato da 777 com o Vasco. Assim, o valor total chega a R$ 1 bilhão.

Até agora, a 777 integralizou 31% das suas ações na SAF. Ou seja, fez aportes correspondentes a 31% dos 70% que detém da SAF vascaína. A empresa fez um empréstimo-ponte de R$ 70 milhões em 2022 e pagou mais duas parcelas de R$ 120 milhões cada em 2022 e 2023, somando R$ 310 milhões. Como o acordo previa o pagamento de R$ 700 milhões por 70% da SAF, o valor de R$ 310 milhões corresponde a 31%.

Quando recebeu os primeiros contatos de interessados, ainda no fim de 2023, a 777 nem quis ouvir propostas pela SAF vascaína. Mas a história mudou nos últimos meses, inclusive nas conversas com o dono da Crefisa, José Roberto Lamacchia. A empresa americana avisou que faria negócio se os valores subissem e se aproximassem do dobro do que ela já aportou - ou seja, cerca de R$ 600 milhões.

Isto porque a companhia entende que a venda de parte das ações concede o direito de ter o controle de todo o negócio - como se fosse um plus numa "simples" compra de ações. Além disso, a aquisição do Vasco ocorreu em 2022, quando a equipe estava na Série B, e a 777 entende que valorizou o clube desde então, com aumento de receita.

Além disso, qualquer comprador precisará pagar os aportes estabelecidos no contrato original de formação da SAF. Faltam duas parcelas: uma delas de R$ 270 milhões em setembro deste ano e outra de R$ 120 milhões em setembro de 2025 (os dois valores ainda serão acrescidos de correção monetária).

Ao todo, se a 777 não baixar a pedida, o comprador da SAF vascaína terá que desembolsar R$ 600 milhões para a empresa americana e mais R$ 390 milhões (além de correção monetária) em aportes.

O cenário diante de uma briga nos tribunais cariocas, porém se tornou imprevisível. Dos EUA, a 777 acompanhou com surpresa e, como informou na nota divulgada, "indignação" a liminar concedida ao Vasco de Pedrinho. As conversas seguem em tom menos amigável do que ocorria antes de todo o imbróglio jurídico, apesar de as temperaturas nunca terem sido amenas

Fonte: ge