JUSTIÇA CONCEDE LIMINAR ACATANDO PEDIDO DO CRVG E TIRA 777 PARTNERS DO CONTROLE DA VASCO SAF
Quarta-feira, 15/05/2024 - 23:21
Em decisão de minutos atrás da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a parte associativa do Vasco da Gama conseguiu liminar para afastar o fundo empresarial 777 Partiners do comando da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. O Vasco é representado pelo escritório Salomão Advogados.

Ao analisar os argumentos apresentados pela associação, o juiz Paulo Assed Estefan suspendeu o contrato de investimento e o acordo de acionistas firmado entre a 777 e o Vasco, em 2022, devolvendo assim o controle da Vasco da Gama Sociedade Anônima do Futebol à parte associativa, cujo presidente é o ex-jogador Pedrinho.

Na sua argumentação, o magistrado considerou como graves os problemas financeiros apresentados pela 777, isto após o Vasco apresentar documentos que comprovam o atraso em repasses devidos pelo fundo comandado por Josh Wander.

"A empresa que prometera a salvação através de vultoso aporte de capital e recuperação da sede vascaína (Estádio de São Januário), hoje apresenta-se com situação financeira deficitária e incapaz de cumprir com aquele anúncio e pondo em risco a viabilidade da SAF, principalmente quando se foca no êxito futebolístico", diz a decisão.

Fonte: Blog Ancelmo Gois - O Globo


Justiça aceita pedido do Vasco e tira controle da SAF das mãos da 777

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido do Vasco e tirou o controle da SAF das mãos da 777 Partners. A decisão em caráter liminar é assinada pelo juiz Paulo Assed Estefan.

Na prática, a decisão da 4ª Vara Empresarial suspende os efeitos dos contratos de acionistas e de investimentos firmados da empresa, "de modo a suspender os direitos societários (políticos e patrimoniais) da 777, garantindo, cautelarmente, o controle da companhia ao autor, seu acionista fundador, com a imediata destituição ou afastamento dos conselheiros indicados pela 777 no Conselho de Administração da SAF e sua substituição por conselheiros indicados pelo VASCO".

Os conselheiros indicados pela 777 são Josh Wander, Andres Blazquez, Donald Dransfield, Nicolas Maya e Steven Pasko. As outras duas careiras são ocupadas por Pedrinho e Paulo César Salomão, presidente e vice-presidente Geral do Vasco associativo.

O pedido do Vasco se baseou no artigo 477 do Código Civil e levou em consideração as recentes notícias relacionadas à situação financeira da 777, que está sendo processada por fraude nos Estados Unidos.

Veja um trecho da decisão:

"Por fim, tendo em vista tudo o que foi narrado na inicial e a documentação que lhe deu suporte probatório, apura-se como verdadeiro o temor apresentado pelo autor, sendo urgente que se estanque qualquer possibilidade de colapso da instituição centenária e que carrega consigo enorme tradição. Por óbvio, as questões levantadas serão analisadas de forma exauriente na arbitragem prevista, todavia, penso que cabe ao Judiciário, nessa hora, assegurar o resultado útil daquele procedimento.

Em complemento, as notícias de insolvabilidade da primeira ré, consubstanciada, inclusive, por declarações do seu próprio líder, mostra situação bem diversa daquela anunciada quando da realização do pacto. A empresa que prometera a salvação através de vultoso aporte de capital e recuperação da sede vascaína (Estádio de São Januário), hoje apresenta-se com situação financeira deficitária e incapaz de cumprir com aquele anúncio e pondo em risco a viabilidade da SAF, principalmente quando se foca no êxito futebolístico".


Além da suspensão do efeito dos contratos, o juiz também nomeou uma empresa independente e determinou a elaboração de laudo econômico-financeiro, com inclusão das operações contábeis da SAF do Vasco.

Fonte: ge