Permanência de Ramón Díaz não está descartada, afirma jornalista
Segunda-feira, 29/04/2024 - 00:50
Lucas Pedrosa @pedrosa
🚨 EXCLUSIVO: BASTIDORES DA CONFUSA SAÍDA DE RAMON E EMILIANO DIAZ DO VASCO; SITUAÇÃO NÃO ESTÁ DEFINIDA
A derrota por 4 a 0 para o Criciúma foi "a maior vergonha da vida" de Ramon e Emiliano Diaz. Foi assim que uma fonte próxima ao pai e ao filho, ouvida pela reportagem, classificou o vexame que o Vasco deu em São Januário.
Nesta matéria contaremos, detalhadamente, os bastidores do que aconteceu após o apito final da partida pela 4ª rodada do Brasileirão, que ocorreu no último sábado (27), e culminou na saída - confusa - da dupla do comando técnico do Vasco. Ou melhor: na possível saída.
• O PESO DA GOLEADA
A comissão técnica, há quase 10 meses à frente do Cruz-Maltino, sempre identificou a dificuldade que este grupo tinha com equipes de "menor expressão". A falta de atenção e intensidade foram marcas, principalmente em 2024, diante de Água Santa e Nova Iguaçu. Desde então, internamente, a cobrança por jogos de maior nível contra essas equipes acontecia no vestiário e nos treinamentos.
Há relatos de pessoas que acompanham o dia a dia, inclusive, de que a semana de treinamento havia sido ótima. A escalação de Payet como titular, por exemplo, só ocorreu pois o francês havia "destruído" nos treinamentos e mostrou condições para começar a partida. Não deu certo. Mas a bronca da comissão técnica não era apenas com a parte tática. O que eles decretaram meses antes estava acontecendo contra o Criciúma.
O elenco do Vasco desceu para o vestiário perdendo. No intervalo, Ramon e Emiliano Diaz já cobravam o grupo em relação à postura em campo. Palavras questionando o grupo sobre a "vontade" de estar ali já eram ditas. A intenção era motivar, como sempre fizeram desde que chegaram, mas naquele momento o grupo não conseguiu responder como antes.
• APITO FINAL E VESTIÁRIO
O Criciúma protagonizou uma das maiores vergonhas da história do Vasco. E, no calor do momento, um pequeno grupo de torcedores em São Januário começou a xingar Ramon Diaz nas arquibancadas. Segundo pessoas próximas ao técnico, foi ali que ele resolveu "pedir para sair", se perguntando "O que estou fazendo aqui?".
Assim que entraram no vestiário, envergonhados e nervosos com o resultado, de "cabeça quente", Ramon e Emiliano Diaz disseram que iriam embora. A decisão, no momento, se deu não só pelos xingamentos de uma pequena parte da torcida, mas principalmente porque os dois entendiam que, se o grupo trabalhou tão bem durante a semana e apresentou essa vontade e esse futebol, talvez eles fossem o problema.
Foi ali que eles também comunicaram que sairiam para o gerente de futebol Clauber Rocha. O profissional do Vasco fez de tudo para que eles não saíssem. Usou palavras que até mesmo "emocionaram" a dupla argentina Segundo fontes da diretoria do Vasco, isso realmente aconteceu, inclusive com Lúcio Barbosa, que não estava presente no jogo, tentando contato. Mas a decisão parecia tomada naquele momento.
Quando Ramon e Emiliano ainda estavam comunicando ao grupo, vários jogadores não acreditaram na decisão. Todos assumiram a responsabilidade e, de forma geral, entenderam que a saída dos dois não ajudaria o Vasco em nada. Alguns deles choraram e pediram a permanência. Neste momento pai e filho estavam conversando e decidiram que ficariam. Até que, em um espaço de menos de 20 minutos, onde tudo isso aconteceu, Ramon e Emiliano, diante dos atletas, viram a demissão deles pela TV ligada no vestiário com o tuíte oficial do Vasco.
• A MÁGOA E O PRONUNCIAMENTO
Com o episódio, ao saberem que o Vasco, em minutos, anunciou a saída sem ao menos comunica-lós que iriam divulgar, os argentinos exigiram um pronunciamento para ao menos se despedirem dos torcedores "de uma forma digna". "Eles acham que ajudaram muito o Vasco para o tratamento que receberem no fim. Não gostaram porque a história deles não é de saída pela porta dos fundos em um clube que aprenderam a amar", relatou uma fonte. (Continua 👇🏽)
Magoados e com a cabeça de que foram demitidos, se despediram e fizeram o pronunciamento. Logo após o episódio, inevitavelmente, pessoas do Vasco entenderam que poderia se tratar de uma estratégia em relação à multa rescisória. Por isso, inclusive, foi feito um esclarecimento no perfil oficial do Vasco, público a todos pelo X depois de uma nota confusa e que, aqui abro um parênteses para opinião, beira o amadorismo.
⁃Como um clube que possui contratos, com milhões envolvidos em uma saída, anuncia um desligamento sem ter papéis assinados ou ao menos comunicar aos envolvidos? Não posso falar que beira, é amadorismo, apenas mais um da gestão vascaína.
• O DIA SEGUINTE
O Vasco não publicou em seu site oficial sobre a demissão. Apenas a nota no X oficial do clube ainda consta. Não há nenhum documento assinado com a rescisão de contrato do Cruz-Maltino e os ainda, oficialmente, técnicos Ramon e Emiliano Diaz. O que isso significa? A situação não está definida. Nem de um lado e nem de outro.
Ramon e Emiliano Diaz já estavam convencidos de que ficariam após a conversa com os jogadores. Mas o tuíte os pegou de surpresa pela rapidez. Repito: foram menos de 20 minutos entre todos os acontecimentos que relatamos. Porém a pai e filho entendem, principalmente na figura de Ramon Diaz, que não mereciam ser tratados assim. Nem pelo clube e nem pelo pequeno grupo de torcedores em São Januário que xingou o comandante.
Ao mesmo tempo a família argentina está completamente adaptada ao Rio de Janeiro, tanto que, após sondagens de times da Arábia, River Plate e até duas grandes equipes paulistas, não abriram conversas para sair do Vasco. No fim, entendem que não deveria acabar ser desse jeito e estão "desolados" com tudo o que aconteceu.
• "A CABEÇA AINDA ESTÁ QUENTE".
Lúcio Barbosa tentou contato com Ramon e Emiliano Diaz neste domingo. Sem sucesso. Os relatos são de que "a cabeça ainda está quente" e, para não ocorrer uma discussão, as partes preferiram não se falar neste final de semana. A conversa definitiva será nesta segunda-feira, o Dia D para sabermos se a passagem marcante de Ramon e Emiliano Diaz pelo Vasco da Gama vai terminar de uma forma triste e conturbada.
Fato é que "os argentinos amam o Vasco e a torcida. Eles não estão acreditando ainda que isso aconteceu e não descarto, se o clube fizer um esforço e a torcida também quiser, a permanência", relatou uma fonte próxima. A segunda-feira do vascaíno promete. A ver…
📸: Leandro Amorim / Vasco
Fonte: X do jornalista Lucas Pedrosa/SBT
🚨 EXCLUSIVO: BASTIDORES DA CONFUSA SAÍDA DE RAMON E EMILIANO DIAZ DO VASCO; SITUAÇÃO NÃO ESTÁ DEFINIDA
A derrota por 4 a 0 para o Criciúma foi "a maior vergonha da vida" de Ramon e Emiliano Diaz. Foi assim que uma fonte próxima ao pai e ao filho, ouvida pela reportagem, classificou o vexame que o Vasco deu em São Januário.
Nesta matéria contaremos, detalhadamente, os bastidores do que aconteceu após o apito final da partida pela 4ª rodada do Brasileirão, que ocorreu no último sábado (27), e culminou na saída - confusa - da dupla do comando técnico do Vasco. Ou melhor: na possível saída.
• O PESO DA GOLEADA
A comissão técnica, há quase 10 meses à frente do Cruz-Maltino, sempre identificou a dificuldade que este grupo tinha com equipes de "menor expressão". A falta de atenção e intensidade foram marcas, principalmente em 2024, diante de Água Santa e Nova Iguaçu. Desde então, internamente, a cobrança por jogos de maior nível contra essas equipes acontecia no vestiário e nos treinamentos.
Há relatos de pessoas que acompanham o dia a dia, inclusive, de que a semana de treinamento havia sido ótima. A escalação de Payet como titular, por exemplo, só ocorreu pois o francês havia "destruído" nos treinamentos e mostrou condições para começar a partida. Não deu certo. Mas a bronca da comissão técnica não era apenas com a parte tática. O que eles decretaram meses antes estava acontecendo contra o Criciúma.
O elenco do Vasco desceu para o vestiário perdendo. No intervalo, Ramon e Emiliano Diaz já cobravam o grupo em relação à postura em campo. Palavras questionando o grupo sobre a "vontade" de estar ali já eram ditas. A intenção era motivar, como sempre fizeram desde que chegaram, mas naquele momento o grupo não conseguiu responder como antes.
• APITO FINAL E VESTIÁRIO
O Criciúma protagonizou uma das maiores vergonhas da história do Vasco. E, no calor do momento, um pequeno grupo de torcedores em São Januário começou a xingar Ramon Diaz nas arquibancadas. Segundo pessoas próximas ao técnico, foi ali que ele resolveu "pedir para sair", se perguntando "O que estou fazendo aqui?".
Assim que entraram no vestiário, envergonhados e nervosos com o resultado, de "cabeça quente", Ramon e Emiliano Diaz disseram que iriam embora. A decisão, no momento, se deu não só pelos xingamentos de uma pequena parte da torcida, mas principalmente porque os dois entendiam que, se o grupo trabalhou tão bem durante a semana e apresentou essa vontade e esse futebol, talvez eles fossem o problema.
Foi ali que eles também comunicaram que sairiam para o gerente de futebol Clauber Rocha. O profissional do Vasco fez de tudo para que eles não saíssem. Usou palavras que até mesmo "emocionaram" a dupla argentina Segundo fontes da diretoria do Vasco, isso realmente aconteceu, inclusive com Lúcio Barbosa, que não estava presente no jogo, tentando contato. Mas a decisão parecia tomada naquele momento.
Quando Ramon e Emiliano ainda estavam comunicando ao grupo, vários jogadores não acreditaram na decisão. Todos assumiram a responsabilidade e, de forma geral, entenderam que a saída dos dois não ajudaria o Vasco em nada. Alguns deles choraram e pediram a permanência. Neste momento pai e filho estavam conversando e decidiram que ficariam. Até que, em um espaço de menos de 20 minutos, onde tudo isso aconteceu, Ramon e Emiliano, diante dos atletas, viram a demissão deles pela TV ligada no vestiário com o tuíte oficial do Vasco.
• A MÁGOA E O PRONUNCIAMENTO
Com o episódio, ao saberem que o Vasco, em minutos, anunciou a saída sem ao menos comunica-lós que iriam divulgar, os argentinos exigiram um pronunciamento para ao menos se despedirem dos torcedores "de uma forma digna". "Eles acham que ajudaram muito o Vasco para o tratamento que receberem no fim. Não gostaram porque a história deles não é de saída pela porta dos fundos em um clube que aprenderam a amar", relatou uma fonte. (Continua 👇🏽)
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Magoados e com a cabeça de que foram demitidos, se despediram e fizeram o pronunciamento. Logo após o episódio, inevitavelmente, pessoas do Vasco entenderam que poderia se tratar de uma estratégia em relação à multa rescisória. Por isso, inclusive, foi feito um esclarecimento no perfil oficial do Vasco, público a todos pelo X depois de uma nota confusa e que, aqui abro um parênteses para opinião, beira o amadorismo.
⁃Como um clube que possui contratos, com milhões envolvidos em uma saída, anuncia um desligamento sem ter papéis assinados ou ao menos comunicar aos envolvidos? Não posso falar que beira, é amadorismo, apenas mais um da gestão vascaína.
• O DIA SEGUINTE
O Vasco não publicou em seu site oficial sobre a demissão. Apenas a nota no X oficial do clube ainda consta. Não há nenhum documento assinado com a rescisão de contrato do Cruz-Maltino e os ainda, oficialmente, técnicos Ramon e Emiliano Diaz. O que isso significa? A situação não está definida. Nem de um lado e nem de outro.
Ramon e Emiliano Diaz já estavam convencidos de que ficariam após a conversa com os jogadores. Mas o tuíte os pegou de surpresa pela rapidez. Repito: foram menos de 20 minutos entre todos os acontecimentos que relatamos. Porém a pai e filho entendem, principalmente na figura de Ramon Diaz, que não mereciam ser tratados assim. Nem pelo clube e nem pelo pequeno grupo de torcedores em São Januário que xingou o comandante.
Ao mesmo tempo a família argentina está completamente adaptada ao Rio de Janeiro, tanto que, após sondagens de times da Arábia, River Plate e até duas grandes equipes paulistas, não abriram conversas para sair do Vasco. No fim, entendem que não deveria acabar ser desse jeito e estão "desolados" com tudo o que aconteceu.
• "A CABEÇA AINDA ESTÁ QUENTE".
Lúcio Barbosa tentou contato com Ramon e Emiliano Diaz neste domingo. Sem sucesso. Os relatos são de que "a cabeça ainda está quente" e, para não ocorrer uma discussão, as partes preferiram não se falar neste final de semana. A conversa definitiva será nesta segunda-feira, o Dia D para sabermos se a passagem marcante de Ramon e Emiliano Diaz pelo Vasco da Gama vai terminar de uma forma triste e conturbada.
Fato é que "os argentinos amam o Vasco e a torcida. Eles não estão acreditando ainda que isso aconteceu e não descarto, se o clube fizer um esforço e a torcida também quiser, a permanência", relatou uma fonte próxima. A segunda-feira do vascaíno promete. A ver…
📸: Leandro Amorim / Vasco
Fonte: X do jornalista Lucas Pedrosa/SBT
