Hugo Moura chegou ao Vasco a mil por hora. Estreou em clássico, deu assistência e só agora teve a oportunidade de falar diretamente com o torcedor. Apresentado oficialmente como reforço do clube para a temporada, deixou as origens rubro-negras para trás e se mostrou ambicioso com o que vem pela frente.



Contratado por empréstimo com obrigação de compra por R$ 10 milhões ao Athletico-PR há uma semana, já ficou como opção para o clássico de sábado contra o Fluminense. Escolhido por Ramón Diaz para substituir Galdamés no intervalo, logo deu assistência para o gol de Vegetti em início que faz jus ao seu otimismo.

- Acho que o Vasco tem elenco para brigar lá em cima com a ajuda da comissão técnica e é isso que vamos fazer no Brasileiro e na Copa do Brasil. O Vasco é um time enorme e temos que fazer com que seja campeão.

Cria das categorias de base do Flamengo, defendeu o clube 31 vezes como profissional entre 2018 e 2021, mas teve sucesso mesmo no Paraná. Com passagens marcantes por Coritiba e Athletico, Hugo foi sucinto:

- É meu passado. Já joguei no Flamengo e estou muito feliz por vestir a camisa do Vasco. É um sonho para mim e para minha família.

Aos 26 anos, Hugo Moura chega ao Vasco com a possibilidade de jogar tanto como primeiro volante como também de suprir a carência pelas lesões de Paulinho e Jair. Em pouco mais de dois anos no Furacão, foram 104 jogos e uma regularidade que chamou a atenção de Ramón Diaz.

Aos 9 min do 2º tempo - gol de cabeça de Pablo Vegetti do Vasco contra o Fluminense

- Estou muito feliz aqui no Vasco. Os jogadores me receberam muito bem. Minha família está feliz, meu empresário está feliz, minha esposa está feliz, e é isso que importa para um jogador jogar bem e com confiança. No dia a dia, vou conhecendo os jogadores e tenho certeza de que faremos uma grande temporada para chegar lá em cima no Brasileiro e na frente na Copa do Brasil.

Com três pontos, o Vasco é o 15º colocado do Brasileirão após três partida. No próximo sábado, o time de Hugo Moura recebe o Criciúma, em São Januário, pela quarta rodada.

Confira outros trechos da coletiva

Negociação com o Vasco

- Tenho uma confiança enorme no meu empresário, que resolveu tudo para mim. Da minha parte, tive que tomar a decisão e estou orgulhoso por vestir essa camisa. Cada dia mais feliz, conhecendo jogadores, funcionários... E que não façamos amigos no clube, mas uma grande família.

Conversas com a comissão técnica

- Quando cheguei, eles estavam viajando. Treinei pouco com o grupo e fui para o jogo com o Fluminense. Tivemos poucas conversas, mas agora durante essa semana já conversamos bastante, estou conhecendo o que ele (Emiliano) pede e quer. Isso é importante para mim.

Estreia com assistência



- Acho que para vestir essa camisa tem que ter raça e vontade. O jogo com o Fluminense era muito difícil e eu tinha que fazer algo para mudar não só o meu desempenho, mas o jogo. Encaixou bem, consegui dar uma assistência, jogamos bem no segundo tempo. Infelizmente, não conseguimos o empate ou a vitória, mas vamos trabalhar porque sábado tem mais uma batalha. Estou ansioso para chegar no Caldeirão e conquistar os três pontos.

Casa cheia contra o Criciúma

- Um pouco ansioso. Joguei várias vezes contra o Vasco e sei a força que a torcida faz em São Januário e no Maracanã. Estou ansioso para chegar em campo e conhecer um pouco mais a torcida do Vasco agora ao meu favor. Vou dar o meu máximo para fazer essa torcida feliz. Isso que ela merece.

Relação com o torcedor vascaíno

- Sei um pouquinho que a torcida vascaína quando descobriu que eu estava para vir pode ter falado de mim pelo meu passado, mas podem ter certeza que vocês vão ver um Hugo que vai correr, suar e dar o sangue por essa camisa. O único jeito de mudar isso (desconfiança) é fazer o meu papel em campo bem feito.



Histórico de títulos

- Fico feliz pelos títulos que já ganhei. Isso fica marcado na minha história e da minha família. Quando um jogador entre por esse rumo, ele sempre quer ganhar títulos. Torcendo para ganhar um título pelo Vasco e fazer história nesse clube gigante no Rio e no Brasil inteiro.

Influência da família

- Minha decisão de vir para o Vasco foi por vir para um clube grande. Sei que a minha família queria ficar mais perto de mim, Curitiba é um pouco longe, mas em nenhum momento houve insegurança em vir para o Vasco. Meu filho é do Rio, minha família mora próxima ao Rio, e vou ficar perto deles. Eu estou feliz, eles estão felizes, e lá dentro de campo isso conta muito.

Fonte: ge