Contrato da Libra mostra limite quanto a Globo pode pagar para a Liga Forte
Terça-feira, 09/04/2024 - 09:04
O contrato entre Globo e Libra pela compra dos direitos do Brasileiro estabelece uma limitação no valor a ser pago para outros clubes. Essa restrição inclui tanto um grupo de times como a Liga Forte União (LFU) quanto o Corinthians.
A Libra é um grupo de clubes composto por Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Vitória, Grêmio, Red Bull Bragantino. Foi feito um acordo de R$ 1,3 bilhão pela venda dos direitos de TV Aberta e Fechada, mais adicionais de pay-per-view, estimados em R$ 450 milhões.
Pelo acordo, a emissora só pode oferece para um grupo de clubes, no caso a Liga Forte União, um percentual do contrato da Libra. Duas fontes envolvidas na negociação disseram ao blog que esse percentual seria de 35%, o que significaria em torno de R$ 600 milhões.
Mas, em reunião no Conselho Deliberativo do Flamengo, o CEO da Libra, Silvio Mattos, informou que a Globo só poderia fazer proposta de até R$ 700 milhões para a LFU. Esse é o máximo que poderia ser destinado aos times. Mas a emissora não efetivou essa oferta.
A LFU conta com 11 clubes na Série A, entre eles, Internacional, Fluminense, Athletico, Fortaleza, Cruzeiro, Botafogo e Vasco.
A Liga Forte chegou a fazer uma oferta para a Globo, em dezembro, no valor de R$ 1,4 a R$ 1,5 bilhão. Mas a emissora não respondeu. O grupo já sinalizou que vai tentar uma venda fatiada de direitos de TV.
Além disso, há uma regra no contrato da Libra que prevê que a Globo não pode pagar para um clube individualmente um valor superior ao destinado aos times da Libra. Assim, a emissora só pode oferecer ao Corinthians as mesmas condições propostas aos clubes da Libra. Se o clube alvinegro quiser seus jogos na Globo, só será possível com a mesma proposta da Libra.
Caso o Corinthians fique fora da Libra, o valor do contrato de R$ 1,3 bilhão sofre um desconto de 10%, caindo para R$ 1,170 bilhão. Se houver um número menor do que nove times da Libra na Série A, em 2025, também haverá um desconto de 11%.
Fonte: Coluna Rodrigo Mattos - UOL