Com a eliminação na semifinal do Campeonato Carioca, o Vasco ficará quase um mês sem jogar. O time só volta a campo na estreia do Campeonato Brasileiro, no dia 14 de abril, contra o Grêmio.
A derrota por 1 a 0 para o Nova Iguaçu, no domingo, não caiu bem para os torcedores. O Vasco folgou na segunda-feira e já se reapresentou nesta terça de olho em resolver os problemas apresentados na fase mata-mata do estadual.
O ge separou cinco situações que o Vasco precisa trabalhar até o Brasileirão. Veja:
1. Esquema tático
Ramón Díaz mostrou ter um esquema favorito na primeira parte da temporada. O treinador escalou o time com três zagueiros na maioria dos jogos até aqui, mas o sistema apresentou falhas em alguns momentos e precisa ser aprimorado.
O Vasco vai precisar treinar melhor o esquema preferido de Ramón e também testar outras opções, pensando em diferentes adversários no Brasileirão e na Copa do Brasil.
Por exemplo, contra os rivais, nos três clássicos do Carioca, o sistema com três zagueiros funcionou bem. No entanto, diante de adversários menores e mais organizados defensivamente, com o Vasco precisando propor o jogo, o time apresentou dificuldades. Não à toa, Ramón escalou a equipe com dois zagueiros no jogo de volta contra o Nova Iguaçu.
2. Reforços
A primeira janela de transferências já fechou, mas o Vasco ainda pode buscar reforços no mercado interno. A CBF permite inscrições de jogadores entre os dias 01 e 19 de abril. Segundo o regulamento, os clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro podem contratar apenas atletas que disputaram algum campeonato estadual no primeiro trimestre.
Nas últimas semanas, tanto Ramón quanto Emiliano Díaz, seu filho e auxiliar técnico, reforçaram a necessidade de contratar mais jogadores. A comissão quer pelo menos mais um volante e tem conversado com o departamento de futebol. O período sem jogos será determinante para o Vasco encontrar uma oportunidade no mercado, já que as opções agora estão mais escassas.
3. Meio-campo
O terceiro ponto abrange os dois primeiros: a necessidade de trabalhar o esquema tático e de contratar mais opções para o setor. Com o sistema de três zagueiros, a entrada da área do Vasco ficou exposta em algumas partidas, o que causou dor de cabeça para o time. Quem deve ocupar o meio de campo? Zé Gabriel e Galdames? Sforza? Praxedes? Medel?
É preciso trabalhar o esquema para que a defesa não fique tão vulnerável como aconteceu, por exemplo, contra o Água Santa, na Copa do Brasil, e o Nova Iguaçu, no jogo de ida da semifinal do Carioca. Muitas vezes o primeiro volante ficou sobrecarregado na marcação, e o adversário teve muito espaço para jogar no campo do Vasco.
4. Ataque
- A maior dificuldade que tivemos foi da metade do campo para a frente. Não fomos claros no ataque. Precisávamos ganhar. Dominamos bastante, mas não fomos claros. Isso nos custou bastante.
A declaração de Ramón Díaz após a eliminação no Carioca expõe a insatisfação do treinador com a baixa produção ofensiva do Vasco. O time finalizou apenas 11 vezes - contra 13 do Nova Iguaçu - no jogo de volta no Maracanã.
O problema no ataque passa também pela falta de peças. O Vasco contratou três reforços para o setor na primeira janela: David, Adson e Clayton. Apenas Adson terminou o Carioca como titular.
Nas duas partidas das semifinais o time conseguiu marcar apenas um gol, no empate em 1 a 1 no jogo de ida. Payet tem ficado sobrecarregado como o único meia de criação do elenco, e as opções para as pontas deixam a desejar. Até por isso, também, o esquema com dois atacantes foi bastante utilizado no primeiro trimestre.
5. Descanso
O Vasco enfrentou sequência de jogos e viagens nas últimas semanas, com os compromissos do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil. Ramón Díaz chegou a reclamar do desgaste físico após o primeiro jogo da semifinal.
Com um mês livre para treinos, o time terá tempo suficiente para descansar e se preparar para o principal objetivo do ano, que é o Campeonato Brasileiro. Vai ganhar praticamente uma "pré-temporada" com a temporada em andamento.
Fonte: ge