Torcedor autista vai a jogo do Vasco pela primeira vez no Maracanã e emociona família
Segunda-feira, 11/03/2024 - 17:49
A noite do Vasco não foi das mais fáceis contra o Nova Iguaçu, mas a dificuldade enfrentada pelo time em campo não atrapalhou um dos dias mais especiais da vida de Enzo Gabriel. O torcedor de 11 anos foi pela primeira vez ao estádio acompanhar o clube do coração.

Torcedor autista vai a jogo do Vasco pela primeira vez e emociona família: "Ele conseguiu"


A experiência foi compartilhada por Lora Raibolt, madrinha do pequeno vascaíno, nas redes sociais. A torcedora do Flamengo vibrou ao ver Enzo, que é autista, realizar de perto o sonho de ir ao Maracanã.

- Um dos seus maiores desafios é a sensibilidade auditiva. Ele é apaixonado pelo Vasco desde o berço e um dos seus maiores sonhos era assistir a uma partida no Maraca. Mas, pra alguém com sensibilidade auditiva, isso acabaria se tornando uma tarefa impossível - contou ela no vídeo (veja acima).

- Ficamos com aquele pensamento: será que ele vai? Será que ele entra? Será que ele fica? Será que ele consegue? Ele foi. Ele entrou. Ele ficou. Ele torceu. E ele conseguiu - completou Lora.



Enzo foi ao Maracanã acompanhado dos pais Vinicius e Tamara e do irmão Enrico, de 7 anos. A mãe, que um dia já foi torcedora do rival, passou a acompanhar o sentimento do marido e dos filhos pelo Vasco.

- Da parte da minha irmã somos todos flamenguistas. O pai do Enzo é vascaíno, e minha irmã passou a torcer também pro Vasco por causa deles. Foi a realização de um sonho pro pai dele! Ele sonhava muito com esse momento de estar no estádio com os dois filhos - disse Lora em contato com o ge.



No vídeo compartilhado pela madrinha, Enzo aparece com um fone e um aparelho de rádio nas mãos. Trata-se de um abafador que reduz a quantidade de estímulos sonoros que o garoto recebe.

- Os sons chegam mais baixinhos e não o deixam tão nervoso. O rádio foi porque ele gosta de ouvir o jogo. Aí estava ouvindo o jogo enquanto assistia também - explicou ela.

- Ele voltou super feliz e empolgado, ficou no meio da torcida mesmo. Nas cadeiras reservadas para autistas, bem pertinho do campo, no Setor Sul - concluiu Lora.

Fonte: ge