O Vasco venceu o Água Santa nos pênaltis e se classificou para a terceira fase da Copa do Brasil. Emiliano Díaz elogiou muito a primeira etapa da partida, na qual o time chegou a abrir 2 a 0, mas criticou enfaticamente o segundo tempo.

-- Fizemos nossos melhores 45 minutos desde que chegamos ao Vasco. No segundo tempo, entramos num jogo que não tínhamos que entrar, de contragolpes. No segundo tempo, não gostei de nada. Temos que seguir melhorando. Continuar com o primeiro tempo e melhorar - afirmou o auxiliar, que completou:

Ramón Díaz, após a classificação, não demonstrou uma comemoração efusiva. O treinador saiu em direção ao vestiário sem festejar muito a vitória do Vasco nos pênaltis. Ao ser perguntado sobre, o filho do técnico disse eles, como técnicos, não gostam de ganhar assim.

- O time está trabalhando há sete meses e chega a um nível que gostamos e trabalhamos para isso, mas depois fazemos um segundo tempo totalmente diferente. Não gostamos. Temos que fazer aquela primeira parte durante os 90 minutos. Como treinadores, não ficamos contentes. Em outro Vasco, com outra mentalidade, poderíamos comemorar assim. Mas não gostamos de ganhar assim. Fizemos muito para ganhar de outra forma.

Emiliano disse que a herança da classificação do Vasco é que a equipe tem que jogar da forma que acredita durante os 90 minutos. O auxiliar voltou a criticar a atuação do segundo tempo da equipe, mas valorizou a força que o time teve para empatar o jogo após levar a virada.

- Depois do jogo, sempre teremos coisas a analisar e a melhorar. A herança que deixa este jogo é que temos que jogar da forma que acreditamos, da forma que aconteceu no primeiro tempo. E manter essa forma durante os 90 minutos. Uma vez mais, apesar de fazer um segundo tempo horrível, o time reagiu. Estou chateado, mas não tanto porque temos que valorizar a fortaleza desse grupo, apesar de não ter gostado nada do segundo tempo.

Veja a jogada completa do segundo gol do Vasco contra o Água Santa

Emiliano Díaz revelou que não viu os pênaltis. O auxiliar técnico do Vasco disse que tem esse hábito em todas as penalidades.

- Não gosto de ver os pênaltis, não vejo nunca. O time tem personalidade de sofrer e reagir quando a gente sofre. Queremos mudar isso porque merecíamos passar de outra forma. Fizemos 45 minutos perfeitos. Então, acho que devemos continuar por esse caminho.

Outros trechos da coletiva:

Vegetti

- O Pablo, no nosso ponto de vista, depois que se foi o Suárez, é o melhor atacante do futebol brasileiro. Temos a sorte de contar com ele. É um lider do time e estamos muito contentes. Nos primeiros três ou quatro jogos, custou um pouco pela fratura da costela. E isso fala do Pablo, ele queria jogar, um guerreiro da vida porque não foi fácil chegar nesse momento que está vivendo e ficamos muito contentes por ser um líder nato e precisamos muito dele.

Outra mentalidade

- Não gosto de falar do ano passado, pois a gente não estava aqui no começo. Mas a evolução é clara. O time está ganhando a identidade de jogo que estamos trabalhando para ter. Com a quantidade de jogos no ano passado, não havia tempo de trabalhar. Vimos que ano passado ficou fora depois dos pênaltis. Mas é outro time, outro Vasco, outra cabeça. A torcida acompanhou até o fim. É outro momento do Vasco, com todos juntos. É ter isso na cabeça de ser um novo Vasco de ter a mentalidade de brigar em cima.

Jogadores

- Os protagonistas são eles. A gente pode ajudar, mas eles estão acreditando no jogo, na intensidade, todo mundo defendendo e atacando, com mobilidade. Para um treinador, isso dá orgulho. Foi o gol mais bonito que fizemos desde que estamos aqui no Vasco. Queremos que termine de outra maneira, mas feliz pelo grupo, de aos poucos estar entendendo a identidade do Vasco, ficamos muito felizes por isso.



Fonte: ge