Puma Rodríguez está em casa na pré-temporada do Vasco. A delegação vascaína está em Punta del Este, no Uruguai, onde se prepara para 2024, e o lateral-direito começa o ano a 150 quilômetros de casa, de Canelones, uma cidade próxima a Montevidéu.

Óscar Figueroa, zelador do estádio do Danubio, fala sobre Pumita: "Muito boa gente"

Foi na capital uruguaia que Pumita Rodríguez nasceu para o futebol. O jogador chegou aos 12 anos nas divisões de base do Danubio, terceiro maior campeão do país. Cresceu, evoluiu e se destacou no futebol local desde cedo, sendo convocado para as seleções sub-17 e sub-20 do Uruguai.

- Nasci em Canellones, mas fui a Montevidéu com três anos. Depois, no Danubio, comecei aos 12 anos, onde cresci nas divisões de base e cheguei à Primeira Divisão. Lá tem muita gente querida, fiz muitos amigos.



Por isso, o ge foi até Montevidéu conhecer o estádio do Danubio e o centro de treinamentos da base, além de duas pessoas importantes para o clube local: Óscar Figueroa, que cuida do Estádio Jardines del Hipódromo, e Daniel Burgos, que é roupeiro, mas já foi treinador das categorias de base do clube no qual Pumita foi revelado.

- No início, na "Escolita do Danubio", ele vestia a camisa azul e o short preto. Ele passou aos juvenis, foi capitão e campeão uruguaio com o Danubio. Até chegar ao sub-20 e ser da seleção do Uruguai na categoria - contou Daniel.



Muitos craques do Uruguai foram cuidados por Daniel Burgos, que trabalha no Danubio há 29 anos. Álvaro Recoba, Edinson Cavani e Diego Forlán passaram pelo clube enquanto Daniel foi roupeiro e técnico dos juvenis da equipe.

- Ele sempre foi muito bom companheiro, muito boa gente. Ficava depois dos treinos para cobrar faltas e melhorar o chute. Assim, ele se tornou o Puma Rodríguez - disse Daniel Burgos.



- Ele (Daniel) sempre nos entregava as roupas e estava em uma "boa onda" com a gente. Nos entregava a roupa, as chuteiras, a camisa. Um abraço para ele. Faz muitos anos que não o vejo, mas sempre agradecido - disse Pumita, em entrevista ao ge no Uruguai.

Puma Rodríguez fala sobre início de sua carreira no Uruguai

Óscar Figueroa pode falar como torcedor e funcionário do Danubio. É ele quem chega 6h da manhã ao estádio em dias de jogo. Prepara tudo para os jogadores no vestiário, delimita as marcações do campo, coloca as redes nos gols e os assentos nos bancos de reservas das equipes, além de receber os jogadores.

- Muito boa gente, grande profissional. Ele estreou na primeira divisão depois de jogar no Pré-Olímpico, no Equador e na Colômbia, sub-18 e sub-20. Aqui no Danubio, na verdade, ele foi muito bem. Teve passagem nas seleções juvenis, foi para o Racing, voltou ao Danubio. Destacou-se no Fenix e foi para o Nacional, onde foi campeão uruguaio - disse Óscar.

O Danubio é o terceiro maior campeão nacional do Uruguai, com quatro títulos, empatado com o rival Defensor e com o River Plate. O estádio fica em uma área mais afastada e humilde do centro de Montevidéu e tem capacidade de aproximadamente 15 mil pessoas. Conheça o estádio no vídeo abaixo.

Conheça o estádio do Danubio, onde Pumita começou a jogar

- A relação (da torcida) com ele sempre foi muito boa. Claro, se errava, tinha alguns insultos, como com qualquer um, mas com ele sempre foi muito boa a relação. Porque, quando se é uma boa pessoa, a torcida sempre vai gostar de você. O rendimento no campo fala. E Pumita sempre "falou aqui" - lembrou Figueroa.

Carismático, Pumita é muito querido no Uruguai. Nesta pré-temporada, tem sido um dos jogadores mais tietados no elenco do Vasco, que está hospedado em um resort em Punta del Este. Apesar da temporada de altos e baixos, o lateral também já recebeu o carinho de muitos torcedores vascaínos neste primeiro ano no Brasil, e ele sempre retribuiu - é um dos jogadores que mais atende aos fãs.

Puma Rodriguez cumprimenta torcedores e fãs no Uruguai, durante pré-temporada do Vasco

O jogador é muito identificado com o Danubio, clube que tem uniformes parecidos com o do Vasco - ou o uniforme preto e a faixa branca ou o uniforme branco e a faixa preta. Com uma preparação mais perto de casa e mantendo a antiga dedicação, Pumita pode ter um 2024 melhor, como terminou a temporada passada: em boa fase.

- A família dele sempre o acompanhou. Pumita não faltava um treino, uma aula. Sempre foi muito responsável e, por isso, chegou onde chegou.

- Foi um orgulho para mim vê-lo na seleção do Uruguai na Copa do Mundo. Mande abraços para ele - pediu Daniel, roupeiro da base do Danubio.



Fonte: ge