Assunto cobrado com frequência pela torcida do Vasco, as obras no CT Moacyr Barbosa voltaram ao centro dos holofotes nesta pré-temporada. Lúcio Barbosa, CEO da SAF do clube, foi perguntado sobre o tema nesta terça-feira e prometeu que "vai ter muito investimento este ano".
- Temos um planejamento, sim, que foi aprovado em dezembro. Já começamos a executar, já tem algumas alterações sendo feitas agora para quando o time retornar da pré-temporada - disse o CEO, que falou com a imprensa na chegada à CBF para o encontro dos clubes com Ednaldo Rodrigues.
"Vai ter muito investimento este ano", completou.
O ge apurou que, na última reunião do Conselho Administrativo, realizada em dezembro, o Vasco aprovou um orçamento e separou uma verba que será destinada apenas para obras no CT. Um dirigente ouvido pela reportagem afirmou que o valor é "substancialmente maior" do que o destinado para o mesmo fim em 2023.
O investimento, no entanto, ainda não contemplará reformas amplas. O clube vai apenas melhorar a estrutura já existente, como tem sido feito desde a temporada passada. Um plano de ação deverá ser apresentado na próxima reunião do Conselho, mas algumas obras já estão em andamento, como contou o CEO.
Em dezembro, logo após o fim do Brasileirão, o Vasco promoveu uma reforma no gramado dos dois campos do CT, por exemplo. Outros pontos deverão ser atacados e concluídos até o fim do mês, quando a equipe principal retorna da pré-temporada em Punta del Este, no Uruguai.
Mas e a grande reforma?
A 777 Partners tem, por determinação contratual, a obrigação de reformar tanto o CT Moacyr Barbosa, utilizado pelo profissional, quando o CT da base em Caxias. Em um texto de perguntas e respostas publicado no seu site oficial durante as negociações para implementar a SAF, o Vasco chegou a dizer que "a expectativa de conclusão desses investimentos é em junho de 2024", mas sequer existe uma previsão de quando serão iniciadas as obras.
A insegurança jurídica sobre a situação do CT sempre foi e segue sendo o principal motivo.
O terreno localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro é cedido pela prefeitura do Rio de Janeiro ao clube associativo, uma instituição sem fins lucrativos. A 777 não se sente segura em liberar grandes investimentos enquanto a posse não for transferida para o nome da Vasco SAF, que por sua vez é uma empresa privada cuja sociedade majoritária pertence a um grupo estrangeiro.
Os executivos da 777 reuniram-se mais de uma vez com o prefeito Eduardo Paes e representantes da prefeitura com o assunto em pauta, mas houve pouco avanço. No ano passado, o poder público promoveu melhorias no entorno dos CT's de Vasco e Fluminense, que são vizinhos.
Internamente, a demora para encontrar uma solução (achar um outro terreno, liberar o investimento enquanto resolve a burocracia...) incomoda algumas pessoas no Vasco associativo, embora exista o entendimento de que muita coisa já foi feita.
Fonte: ge