Após completar aporte de R$ 700 milhões, 777 só precisará seguir colocando dinheiro no Vasco se não cumprir metas
A 777 Partners aportou R$ 310 milhões no Vasco desde que assumiu a SAF em 2022. Por contrato, a empresa ainda tem mais dois aportes para cumprir, neste ano e em 2025, totalizando os R$ 700 milhões que acordou pagar por 70% do futebol do clube. E depois, como fica o investimento?
Essa tem sido uma dúvida comum entre torcedores vascaínos nas redes sociais. Após depositar os R$ 270 milhões previstos para 2024 e os R$ 120 milhões prometidos para 2025, a 777 terá obrigação de colocar mais dinheiro no Vasco?
Contratualmente, não.
Ao transferir o último centavo dos R$ 700 milhões, a 777 terá encerrado o compromisso de investimento equivalente à compra de 70% das ações da SAF. Daí em diante, a empresa terá que andar com as próprias pernas, como destaca o próprio balanço financeiro divulgado no ano passado.
Por outro lado, existem metas relacionadas ao futebol que precisam ser alcançadas a essa altura. A principal delas: uma performance com metas de classificação e títulos nacionais e internacionais estabelecidos em contrato; ou possuir um dos cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro.
- Se houver títulos de campeonatos a nível nacional e internacional, está tudo certo. Caso não ocorra, eles terão de investir dinheiro no patamar dos cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro - explicou o vice-presidente Carlos Roberto Osório na ocasião do acordo com a 777.
O parecer da comissão especial do Conselho Deliberativo na época deu mais detalhes sobre a penalização prevista caso um ou outro objetivos não sejam alcançados:
"Caso ao menos uma das metas acima não seja cumprida em determinado ano, há previsão de restrição à distribuição de dividendos de forma gradual com base na performance esportiva obtida pela companhia, que pode ficar restrita apenas à distribuição do dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício".
Este será o ano com mais investimento da 777, como previsto no contrato de compra da SAF. Os R$ 270 milhões, no entanto, só caem nos cofres em setembro, após o fechamento da segunda janela de transferências. É possível que haja adiantamento, como aconteceu na última temporada, mas o Vasco não trabalha com essa possibilidade no momento. A maior parte desse dinheiro, portanto, será usada no início do ano que vem. Não só para contratações, mas para melhora da estrutura também.
Os R$ 120 milhões que cairão em setembro de 2025 devem ser aplicados na temporada 2026. Assim, a partir de 2027 o grupo americano não tem obrigações sobre valores específicos, mas isso não significa que a 777 não terá que injetar dinheiro na SAF.
Fonte: ge