Há 23 anos, Vasco era campeão da Copa Mercosul na Virada do Século
Quarta-feira, 20/12/2023 - 00:06
Pavilhão Cruzmaltino @PavilhaoCrvg
Há 23 anos, o Vasco da Gama se tornava Campeão da Copa Mercosul 2000 ao vencer de virada o Palmeiras no Palestra Itália por 4x3. Final que depois rendeu alcunha de 'Virada do Século', conquista épica e heróica que ficou marcada na história do futebol e no coração dos vascaínos.
Fonte: X Pavilhão Cruzmaltino
Há 23 anos, Vasco aplicava a "Virada do Século" e se sagrava campeão da Mercosul
Em um jogo histórico, time vascaíno buscou virada após estar perdendo por 3 a 0 e com um jogador a menos
Nunca um apelido fez tanto sentido no futebol quanto no dia 20 de dezembro de 2000. Há exatos 23 anos, o Vasco da Gama, também conhecido por sua apaixonada torcida como o "Time da Virada", fazia o impossível em São Paulo e honrava o grito das arquibancadas. Comandado pelo ídolo Romário, o Cruzmaltino disputou a final da Copa Mercosul daquele ano contra o Palmeiras, no Estádio Palestra Itália, e conquistou o título com uma vitória por 4 a 3, após terminar o primeiro tempo perdendo por 3 a 0. A partida ficou conhecida como " Virada do Século".
A competição sul-americana tinha uma fórmula de disputa diferente dos torneios atuais. Na decisão, dois jogos eram realizados para definir o vencedor. Em caso de resultado positivo de um dos times nos dois confrontos, ele se tornava campeão, porém, se houvesse vitória de cada equipe em cada jogo, um terceiro duelo era realizado para definir quem levantaria o troféu. E foi o que ocorreu.
Na primeira partida, o Gigante da Colina derrotou o clube paulista pelo placar de 2 a 0. Já no segundo encontro, o Alviverde fez 1 a 0 na equipe carioca e levou a decisão para o terceiro jogo, que seria disputado na capital paulista. Com um público de 29.993 pessoas, o Palmeiras começou a partida de forma avassaladora e abriu o marcador com o paraguaio Arce, de pênalti, aos 36 do primeiro tempo. No minuto seguinte, o volante Magrão, fez o segundo. Aos 45, Tuta fez o que parecia ser o golpe mortal no Almirante.
Com 3 a 0 no placar, o técnico vascaíno Joel Santana não tinha outra opção, a não ser tornar o time mais ofensivo. Neste cenário, o comandante na época promoveu a entrada do atacante Viola na vaga do cabeça de área Nasa. Logo nos primeiros minutos, o Vasco demonstrava que não se daria por vencido, e diminuiu o placar com Romário em cobrança de pênalti, aos 14. Em mais uma batida da marca da cal, aos 23, o Baixinho fez o segundo gol cruzmaltino e aumentou a esperança de um milagre.
Um empate, naquela altura, seria um resultado heroico para o time de São Januário. A igualdade levaria a partida para as cobranças de penalidade. Entretanto, aos 32, o zagueiro Júnior Baiano fez falta dura em cima de Flávio e acabou expulso pelo árbitro Márcio Rezende de Freitas, tornando o drama cruzmaltino ainda maior. Para recompor a defesa, Joel Santana lançou Mauro Galvão no lugar de Euller, diminuindo o poder ofensivo do Gigante. Ao observar o resultado parcial e, com um jogador a mais, atuando em casa, a torcida palmeirense comemorava o troféu praticamente certo.
Mas, do outro lado estava um clube acostumado em quebrar barreiras, vencer adversidades e lutar pelo imprevisível. Aos 40 minutos, um dos grandes nomes daquela final deixava sua marca na história. Juninho Paulista empatou o duelo, obrigando que houvesse os pênaltis para definir o campeão. No entanto, o Cruzmaltino foi além.
Os milhões de vascaínos ainda explodiam de alegria com a oportunidade de sair vitoriosos nas penalidades, quando Romário surgiu, aos 48. Predestinado, o camisa 11 se deparou com a bola em seus pés, de frente à meta, com o goleiro batido no lance. Dono de um faro de gol surpreendente, o craque teve o trabalho apenas de empurrar para o barbante e soltar o grito de campeão. A conquista internacional se tornou uma das mais incríveis em toda a história do Vasco da Gama.
Escalação do Vasco na final da Copa Mercosul de 2000: Hélton, Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Jorginho (Paulo Miranda), Nasa (Viola), Juninho Pernambucano e Juninho Paulista; Euller (Mauro Galvão) e Romário. Técnico: Joel Santana.