Equipe de Pedrinho se reunirá com a atual diretoria para conhecer projeto de reforma de São Januário
Presidente eleito no último sábado para o triênio 2024-2026, Pedrinho tomará posse em janeiro do ano que vem e terá como principal desafio a reforma e ampliação de São Januário. Durante a campanha, o ídolo do Vasco abordou o tema e deixou claro qual o seu projeto preferido para o estádio.
Pedrinho abraçou o projeto "Nosso São Januário", que foi desenvolvido por torcedores em 2020. A proposta contempla a criação de uma "geral" (setor popular) e de praças em oposição à elevação de muros, criando espaços de convivência e interação entre o Vasco e a Barreira. O novo presidente chegou a fazer contato com um escritório de arquitetura para conversas iniciais.
Esse plano visa a ampliação de São Januário para 46 mil torcedores. A proposta, desenvolvida por torcedores, conta com opiniões de vascaínos e moradores da Barreira para atualizações. O perfil do "Nosso São Januário" nas redes sociais falou sobre a aproximação de Pedrinho do projeto:
"O Pedrinho abraçou a nossa proposta pra Reforma. A gente celebra demais isso, porque este abraço desde já vindo de um dos candidatos à presidência do Vasco dá legitimidade ao trabalho e horizonte concreto de realização do projeto.
Tivemos reuniões com os arquitetos da Cité (escritório) e estamos avançando nas soluções para uma reforma de São Januário que inclua a Barreira do Vasco e faça um estádio popular e um complexo esportivo, social e histórico importante para o clube, para o Rio de Janeiro e para o Brasil".
Isso não impede, no entanto, que Pedrinho coloque em ação o plano que já foi aprovado pela Prefeitura do Rio e está em votação na Câmara de Vereadores. A proposta, desenvolvida na gestão de Alexandre Campello e atualizada por Jorge Salgado, é a base do projeto de lei do potencial construtivo de São Januário, que garantirá os recursos para a obra.
A ideia da atual diretoria é aumentar a capacidade para 47.383 torcedores. Também estão previstas a construção de duas torres ao lado da fachada principal, que abrigariam estabelecimentos como museu, loja e restaurante, e a criação de 1.440 vagas de estacionamento. Todo o complexo esportivo será modernizado. O projeto contempla uma esplanada com acesso livre, beneficiando a Barreira.
A equipe de Pedrinho vai se reunir com a atual diretoria para tratar sobre a reforma do estádio, e o projeto será apresentado ao novo presidente do Vasco. Apesar de o plano em questão estar atrelado ao projeto de lei em votação no momento, o clube poderá fazer alterações em acordo com a Prefeitura ou até mesmo descartar a proposta e iniciar nova negociação com o prefeito do Rio para a aprovação do projeto de preferência.
O potencial construtivo é o que permitirá o Vasco arrecadar recursos para a obra. O clube, inclusive, tem um pré-acordo com empresas interessadas em comprar esses créditos de construção.
Mas Pedrinho também trabalha em outra frente para conseguir a grana. Uma das propostas do presidente eleito é negociar os naming rights de São Januário com a Crefisa, empresa de Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Isso poderia servir como complemente ao recurso do potencial construtivo.
Veja o que Pedrinho disse sobre o tema, em entrevista ao ge, um dia antes da eleição:
- A reforma é um desejo de toda a comunidade vascaína. Para tirar do papel precisamos de recursos financeiros. Conto com o apoio e a parceira do José Lamacchia, fundador e dono da Crefisa, que manifestou o interesse em comprar os naming rights do estádio. Esta receita complementa o potencial construtivo, que foi uma excelente notícia. Sobre a exclusividade ou não, precisamos conversar com a Prefeitura para entender todas as possibilidades.
- O diálogo é fundamental para que possamos ter um estádio que represente o Vasco, sua identidade, seus valores e que encha de orgulho os vascaínos. Acredito que o melhor projeto é aquele que dá voz ao vascaíno, aquele com o qual o vascaíno se identifique, que combine receitas e ganho esportivo, junte tradição com modernidade, que seja confortável para os torcedores, mas que mantenha a atmosfera vascaína. Já passou da hora de sairmos das apresentações de maquetes. Temos um projeto com viabilidade financeira e será uma das nossas prioridades na gestão.
Fonte: ge