Com psicóloga e preparação física por fora, Paulo Henrique se preparou para assumir a lateral-direita do Vasco
Foram pouco mais de sete meses entre a contratação e a estreia como titular. Paulo Henrique chegou ao Vasco no dia 25 de fevereiro deste ano e começou jogando pela primeira vez no dia 7 de outubro, contra o São Paulo. Desde então agarrou a chance e virou titular absoluto na lateral direita.
De descartado a titular
O caminho até a titularidade foi complicado. Com Maurício Barbieri, técnico do time na ocasião em que foi contratado, Paulo Henrique teve apenas duas chances, nos últimos minutos das derrotas para Santos e Fortaleza, no primeiro turno. Antes do Brasileirão até teve oportunidade como titular, no amistoso contra o Athletic-MG, mas depois foi para o fim da fila.
O entrave foi o estilo de jogo do ex-treinador vascaíno. Barbieri gostava que o lateral-direito jogasse por dentro, o que não batia com as características de Paulo Henrique. Ele não se encaixou.
O cenário mudou com a troca no comando do Vasco. Com William Batista como interino, Paulo Henrique ainda ganhou alguns minutos na vitória em cima do Cuiabá. Mas foi com Ramón Díaz que a a trajetória do jogador no clube mudou. O argentino foi contratado no dia 15 de julho. Em seu segundo jogo, contra o Corinthians, usou o lateral também no fim do segundo tempo.
Mas ainda demorou dois meses para que Ramón usasse Paulo Henrique no time inicial. Com Puma em baixa e Gabriel Dias lesionado, o comandante optou por improvisar Robson na lateral. Só nove rodadas após a partida contra o Corinthians, o jogador ganhou vaga entre os titulares e foi bem no empate sem gols diante do São Paulo. O jogo de imposição física do técnico argentino encaixou com as características do lateral-direito, que achou o equilíbrio entre o ataque e a defesa.
Paulo Henrique permaneceu na equipe em cinco dos seis jogos seguintes e foi o herói do Vasco na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, na última rodada, ao marcar o gol do clássico.
Trabalho físico e mental
As boas atuações geram confiança no jogador e na comissão técnica. Mas o bom momento passa também pelo que aconteceu fora de campo.
Nos últimos meses, Paulo Henrique teve a ajuda da psicóloga do Vasco para superar a "geladeira". Pessoas próximas ao lateral disseram ao ge, inclusive, que a parte psicológica é considerada por ele a parte mais importante para conseguir segurar a vaga e ter tido tranquilidade no processo.
Mas o lateral também cuida do corpo fora do clube. Ele procurou um preparador físico para trabalhos específicos, além de usar, claro, a preparação física do Vasco e profissionais de nutrição e fisioterapia para melhorar o desempenho.
Futuro
A melhora no rendimento vem em boa hora. Paulo Henrique está no Vasco emprestado pelo Atlético-MG, onde teve poucas oportunidades este ano: apenas três jogos no Campeonato Mineiro antes de se transferir para o clube carioca.
O contrato é simples e não tem opção de compra estipulada, mas a boa fase pode aumentar sua estadia no Rio de Janeiro. Contudo, por enquanto, os clubes não conversaram sobre a possibilidade de permanência do lateral para a temporada 2024.
Paulo Henrique ainda terá seis chances para convencer o Vasco de que vale a continuidade. A começar por este domingo, às 18h30, quando o time recebe o América-MG, em São Januário.
Fonte: ge