O Vasco deu um passo importante, nesta terça-feira, rumo a reforma e ampliação de São Januário, mas ainda faltam algumas etapas a serem cumpridas para que o clube tenha em mãos o dinheiro para tocar as obras no seu estádio. O ge explica o que vem por aí.

O pontapé inicial foi dado com a assinatura do projeto de lei pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na terça. No mesmo dia, o documento referente ao potencial construtivo de São Januário já foi enviado à Câmara de Vereadores. Agora passará por votação.

Pela importância do tema, a expectativa é que o documento seja apreciado até o próximo mês - a câmara entra em recesso no dia 15 de dezembro, então teria que ser antes disso. Caso não dê tempo, vai ficar para o ano que vem. A votação cumpre os seguintes passos:

• Publicação do projeto de lei no Diário Oficial da União, o que deve acontecer nesta quarta-feira;



• Distribuição para as comissões que irão analisar o texto. A publicação no Diário indicará as comissões, além da Comissão de Justiça e Redação, que são definidas de acordo com a temática do projeto. Se houver um acordo, as comissões podem se reunir, emitindo um parecer único.



• Após o parecer das comissões, o projeto é incluído na pauta de votações do Plenário;



• O projeto precisa ser votado em dois turnos, sendo aprovado se tiver ao menos 26 votos favoráveis;



• No processo de votação, o projeto pode receber emendas parlamentares, ou seja, propostas de mudanças no texto, que também são votadas em plenário;



• Se aprovado, segue para sanção ou veto do Prefeito.

Com a sanção de Eduardo Paes estará concluída a transferência do potencial construtivo de São Januário para a Barra da Tijuca.

O clube terá um limite para a venda desse potencial construtivo, que poderá ser aplicado em um ou em mais terrenos. O Vasco tem negociações avançadas e conversava com mais de um interessado nos últimos meses.

- Aprovado, eu tenho um crédito de 200 mil m² mais ou menos, que eu vou para mercado vender e, com o dinheiro, eu vou fazer a reforma. Esse dinheiro só pode ser utilizado para reforma - contou o presidente Jorge Salgado em entrevista ao "Abre Aspas" do ge no mês passado.

- A gente identifica alguns possíveis compradores, vão ser três ou quatro. A gente está muito otimista. (Vai chegar nos R$ 500 milhões?) Eu acho que chega, se não chegar é um pouco menos - completou.

O plano de reforma é baseado no que foi desenvolvido pela WTorre na gestão do ex-presidente Alexandre Campello, realizado pelo arquiteto Sérgio Dias. A capacidade seria para até 43 mil torcedores. O Vasco fez alterações nesse projeto, que será apresentado à nova diretoria.

Isso porque a obra não será tocada pelo atual presidente, já que o mandato de Salgado se encerra no fim deste ano. Caberá ao vencedor da eleição do próximo sábado, disputada por Leven Siano e Pedrinho, tirar o projeto do papel e iniciar a reforma do estádio.



Fonte: ge