Vasco pode reaver parte das ações da SAF caso a 777 não pague aporte
Segunda-feira, 02/10/2023 - 18:41
O acordo entre Vasco e 777 indica que a empresa americana precisa depositar até o dia 5 de outubro, próxima quinta-feira, a segunda parcela do aporte, no valor de R$ 120 milhões. O que acontece caso a dona da SAF vascaína não transfira o dinheiro nesse prazo?

O acordo de pagamento

O termo de compromisso do acordo foi assinado pelas partes no dia 2 de setembro de 2022.

O acordo de pagamento dos aportes, o chamado "investment agreement", é datado de 4 de setembro. É nesse documento que a 777 se baseia para os depósitos nos anos seguintes.



Assim, a empresa precisaria depositar o valor de R$ 120 milhões até o dia 5 de setembro passado, o que não aconteceu.

Esse acordo, no entanto, prevê 30 dias de carência. Então, a data final para o Vasco receber a grana é 5 de outubro.

O que acontece após essa data?

Até o momento, a 777 depositou R$ 70 milhões do empréstimo-ponte e R$ 120 milhões do primeiro aporte, ambos em 2022. Isso equivale a 19% das ações da SAF.

Para integralizar os 51% restantes, a empresa precisa cumprir com os demais pagamentos. Depositados os R$ 120 milhões esta semana, a 777 recebe mais 12% de participação na SAF.

A 777 adiantou R$ 30 milhões para o clube investir na janela de julho. Mas, para "resgatar" as ações, precisa depositar a parte que resta.

O contrato prevê que, "caso o investidor não pague no prazo e condições estabelecidas, o CRVG poderá exercer seu bônus de subscrição, diluindo a participação do investidor até o montante necessário para que este passe a ter participação proporcional aos valores integralizados".



Se o Vasco optar por utilizar o bônus de subscrição, o clube associativo poderá retomar todas as ações não pagas pela 777 e virar sócio majoritário da SAF. Passaria a ter 81%. Além disso, teria mais representantes do que a empresa no Conselho de Administração.

Mas, mesmo com o Vasco acionando essa cláusula, a 777 ainda terá um prazo de 30 dias (05/11/2023) para pagar o aporte, utilizar o bônus de subscrição do investidor e recuperar as ações. Esse bônus de subscrição, no entanto, só pode ser utilizado uma única vez pela empresa. Assim, não poderia haver mais atrasos nos próximos anos.



Fonte: ge