Liberado para voltar ao time do Vasco, Puma Rodríguez vê sua titularidade ameaçada
Ausente na partida contra o Grêmio no último domingo (6) pelo Campeonato Brasileiro por conta de dores na perna direita, o lateral Puma Rodriguez foi liberado pelo Departamento Médico do Vasco para retornar a equipe para a partida contra o Red Bull Bragantina na segunda-feira (14), pela 19ª rodada.
Mas diferente do que vinha acontecendo por toda a temporada, o lateral uruguaio vê pela primeira vez sua titularidade ameaçada. Substituído pelo zagueiro Robson, que atuou improvisado, Puma viu uma boa atuação de sua equipe e a conquista da primeira vitória em São Januário na competição.
Apesar de parecer óbvio o retorno de um atleta da posição no lugar de um improvisado, a verdade é que Puma e Robson possuem características muito diferentes que podem moldar o estilo de jogo do cruzmaltino.
Puma Rodriguez é um lateral com evidentes qualidades ofensivas. O jogador chega bem a linha de fundo e têm qualidade técnica e velocidade superiores ao seu concorrente. Quando escalado preenche um faixa do campo que dá apoio maior para o atacante que atuar pelo mesmo lado, dando poder de construção em jogadas de linha de fundo, que pode favorecer bastante um típico camisa 9 como Pablo Vegetti.
Por outro lado, o uruguaio apresenta vulnerabilidade na rápida recomposição defensiva que permite aos adversários construírem jogadas pelas suas costas e dificuldades no enfrentamento direto contra atacantes mais fortes. Um exemplo é o gol sofrido contra o Botafogo, no qual o ponta Luis Henrique bateu o lateral no mano a mano e marcou.
Esse tipo de deficiência se torna ainda mais preocupante se o técnico Ramón Díaz escolher pela manutenção do veterano Gary Medel como zagueiro. Mesmo com a qualidade e experiência inquestionáveis do chileno, fazer grandes coberturas de ataques construídos nas costas de Puma se torna arriscado para o jogador de 36 anos e já em reta final de carreira.
Nesse cenário que Robson aparece com condição de ganhar mais espaço, mesmo fora de sua posição de origem. Se ofensivamente Robson oferece menos ao time, sua presença em campo pode dar mais sustentação defensiva e equilíbrio ao clube da colina.
Atuando na lateral, Robson aparece como opção para troca de passes quando o Vasco está em posse da bola, mas, raramente, avança até a linha de fundo, tornando necessário que um dos atacantes ocupem o setor.
Por outro lado, seu posicionamento mais conservador protege a última linha de defesa vascaína e dá o equilíbrio para que Lucas Piton avance pelo outro lado do campo sem deixar tanto espaço.
A presença de Robson como titular ganha ainda mais relevância quando se trata de jogadas aéreas. Mesmo sendo poucos centímetros mais alto que Puma Rodriguez, o zagueiro têm mais qualidade pelo alto e força física para competir com os atacantes adversários.
As características apresentadas pelo técnico Ramón Díaz de trocas no time titular de jogo a jogo mostram que ambos os jogadores devem receber tempo de jogo de acordo com o adversário. Mas, também, aponta que nenhum atleta deve ter vaga cativa na equipe.
Fonte: Esporte News Mundo