Ramón Díaz estreia neste domingo; conheça a história dos estrangeiros quem comandaram o Vasco
Regularizado a tempo no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF, o técnico Ramón Díaz fará a sua estreia no comando do Vasco neste domingo (23), às 18h30 (de Brasília), em São Januário, para compromisso contra o Athletico-PR, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. O argentino será o 10° comandante estrangeiro da história do clube – e o quarto argentino.
Contratado para tirar o clube carioca de uma difícil situação no Brasileirão, com somente nove pontos e na lanterna, o veterano de 63 anos teve a sua contratação bastante festejada pela torcida vascaína, que deposita confiança no seu trabalho.
Campeão da CONMEBOL Libertadores com o River Plate em 1996, Díaz já passou por muitos clubes de camisa pesada, seja na América do Sul ou no exterior. No seu último trabalho, no Al Hilal, da Arábia Saudita, além de bicampeão nacional, foi vice do Mundial de Clubes do Marrocos, eliminando inclusive o Flamengo na semifinal, pegando o Real Madrid na decisão.
Porém, o que diz o retrospecto dos técnicos estrangeiros que passaram por São Januário? Com base em dados do Centro de Memória CRVG e Grupo Pesquisa Vasco, o ESPN.com.br faz um resumo dos "gringos" que comandaram o Cruzmaltino.
Fundado em 1898, o clube de São Cristóvão teve o seu primeiro técnico estrangeiro em 1922. E foi um uruguaio que já chegou com o pé direito ao Vasco.
Depois de comandar a seleção uruguaia e os rivais Fluminense e Flamengo, Ramón Platero chegou a São Januário e, no ano seguinte, conquistou o primeiro título de Campeonato Carioca do Vasco, no histórico time do Camisas Negras. No ano seguinte, repetiu a dose, faturando o bicampeonato.
Após as conquistas, o uruguaio assumiu o comando até mesmo da seleção brasileira, em 1925, se tornando o primeiro estrangeiro a ser técnico da Amarelinha. Depois, ainda comandou Santos e Palmeiras - à época Palestra Itália - antes de voltar ao Vasco em 1938, e depois em 1939, mas desta vez sem taças conquistadas.
Logo depois da saída de Platero após sua primeira passagem, o Vasco trouxe o inglês Henry Welfare, nascido em Liverpool e que, inclusive, foi atacante do Fluminense. A primeira passagem durou 10 anos, entre 1927 a 1937, período marcado pelo tricampeonato carioca: 1929, 1934 e 1936.
Em seguida, o inglês ainda teve outras duas passagens por São Januário (1940 a 1942 e 1942 a 1943), mas, assim como Platero, não conseguiu repetir o sucesso da primeira.
Depois da dupla, o Cruzmaltino ainda teve outros seis estrangeiros até a década de 1960:
Carlos Scarone (uruguaio), de 1938 a 1939
Ondino Viera (uruguaio), de 1943 a 1946
Ernesto Santos (português), em 1946
Roque Calocero (argentino), de 1946 a 1947
Filpo Núñez (argentino), 1960, inclusive tio do atual comandante do Internacional, Eduardo Coudet
Abel Picabéa (argentino), de 1960 a 1961
Porém, entre todos estes treinadores, somente Ondino Viera conseguiu destaque e faturou cinco títulos, incluindo o Carioca de 1945.
Depois, o Vasco teve um hiato de quase 60 anos sem um técnico estrangeiro, que terminou em 2020, com a chegada do português Ricardo Sá Pinto. Entretanto, foi também o treinador de fora que menos tempo ficou.
Sá Pinto chegou ao clube em meio a uma pandemia e também a um momento conturbado do Cruzmaltino, que terminou aquela temporada rebaixado à Série B. O técnico português dirigiu o Vasco em apenas 15 jogos, com um desempenho bem ruim: seis derrotas, seis empates e somente três vitórias.
Contratado em outubro, foi demitido no dia 29 de dezembro, dando lugar a Vanderlei Luxemburgo, que não conseguiu livrar o Vasco do rebaixamento na Série A. Atualmente, Sá Pinto está no Apoel, do Chipre.
Fonte: ESPN