Ideia da diretoria é manter Barbieri pelo menos até julho; entendimento é de que trabalho ainda pode render
Quarta-feira, 07/06/2023 - 00:31
Pressionado por três derrotas consecutivas no Brasileirão, o técnico Maurício Barbieri viu seu Vasco afundar na vice-lanterna após ser goleado por 4 a 1 para o rival Flamengo no Maracanã, nesta segunda-feira. A quarta derrota ferveu os ânimos em São Januário, mas não foi o suficiente para tirá-lo do comando.

Há a sensação, já explicitada publicamente pelo diretor de futebol Paulo Bracks, de que o trabalho ainda tem potencial de render mais, feitas as devidas correções e abastecido dos reforços necessários. Internamente, Barbieri é muito bem visto e seu perfil agrada o elenco e o núcleo do futebol. Uma demissão neste momento colocaria em xeque o trabalho construído até aqui, que será "complementado" na janela de transferências de julho.

Na prática, há a ideia de manter o treinador até lá, quando o Vasco certamente trará reforços para a equipe, incluindo em setores de deficiência clara — como a posição de primeiro volante. Uma mudança mexeria até com esses planos. Há negócios já encaminhados.

Ao mesmo tempo, há uma constatação clara: a pressão externa, que seguirá crescendo, pode, em determinado momento, inviabilizar de vez a permanência do treinador. Nesta quarta-feira, há protesto de torcedores marcado para a sede da SAF do Vasco, na Barra da Tijuca.

A pressão por melhores resultados vêm de dois lados: de representantes do clube, que fazem cobranças diretamente à 777 Partners, acionista majoritária e maior parte do Conselho de Administração. Por sua vez, a cobrança da SAF chega ao núcleo do futebol, não se limitando ao trabalho de Barbieri. Bracks, o coordenador técnico Abel Braga e o CEO Luiz Mello também convivem com esses questionamentos crescentes.



Fonte: Blog Panorama Esportivo - O Globo