Atlético Tucumán-ARG e Nacional-URU cogitam acionar o Vasco na Fifa por atraso nos pagamentos de Capasso e Puma Rodríguez
O atraso do Vasco no pagamento de parcelas de compras de jogadores na janela de início do ano tem desagradado alguns clubes fora do Brasil. Atletico Tucumán-ARG e Nacional-URU alegam que o time brasileiro não cumpriu com os prazos estipulados pelas aquisições de Capasso e Pumita, respectivamente.
O ge ouviu de dirigentes dos dois clubes que o Vasco não tem cumprido com os acordos. Tanto o Atlético Tucuman quanto o Nacional cogitam acionar a Fifa caso a situação não seja regularizada.
O Vasco tem conversas em andamento com os clubes e tenta renegociar os prazos de pagamento. Há pagamentos de parcelas de compra de alguns jogadores e comissões atrasadas, mas não é o caso de todos. O clube já quitou integralmente, por exemplo, as compras de Pedro Raul e Luca Orellano.
O Vasco acertou a contratação do zagueiro Manuel Capasso em fevereiro. O acordo pela aquisição de 50% do defensor foi de aproximadamente US$ 1,5 (R$ 7,8 milhões). O ge apurou que o clube argentino ainda não recebeu. Informação confirmada por um dirigente do Tucmán.
O acordo por Pumita, por sua vez, é de cerca de US$ 2 milhões (R$ 10 milhões, aproximadamente) e foi concluído no início de janeiro. Representante do Nacional ouvido pela reportagem também confirmou que o Vasco não tem cumprido com o acordado.
Além das parcelas, intermediadores das negociações também não receberam parte das comissões.
Vasco prioriza salários e RCE
Os atrasos têm ocorrido, segundo pessoas do Vasco, por uma questão de fluxo de caixa. O clube tem priorizado o pagamento de salários e direito de imagens, que estão em dia, além da quitação de dívidas no RCE. Balanço apresentado pela SAF aponta que cerca de R$ 100 milhões em dívidas foram pagos desde que a 777 Partners assumiu o controle.
Os atrasos referentes a outros acordos, no entanto, têm incomodado clubes e empresários. O Vasco atrasou, por exemplo, o pagamento da dívida com Andrey Santos e também está devendo comissões a empresários que participaram de outras negociações. As luvas de alguns atletas também não foram quitadas.
A insistência pelo parcelamento da dívida com o Andrey e da compra de alguns jogadores por planejamento estratégico financeiro da diretoria. O departamento de futebol tacou o mercado priorizando o pagamento em parcelas para não interferir no fluxo de caixa da empresa.
Foram investidos cerca de R$ 110 milhões em 16 reforços, mas a grande maioria das aquisições de direitos foi feita de forma parcelada. O próximo aporte da 777 Partners, no valor de R$ 190 milhões, está previsto para setembro.
Fonte: ge