Vasco exige que jogadores comuniquem eventual aliciamento de apostadores; confira trechos da cartilha
Diante do escândalo do esquema de manipulação de apostas esportivas no futebol brasileiro, o Vasco se reuniu com seu elenco e apresentou uma cartilha produzida pelo departamento jurídico com regras para seus jogadores.
No documento, que o ge teve acesso, o Vasco deixa claro, obviamente, que os jogadores não podem aceitar qualquer proposta referente a apostas. Há, no entanto, outros pontos específicos destacados pelo departamento jurídico do clube.
Além de não aceitar propostas, os jogadores precisam comunicar imediatamente ao clube caso sejam aliciados por apostadores. Além disso, os atletas estão proibidos de fornecer qualquer informação ou detalhe interno, ainda que gratuitamente, mesmo que seja a alguém próximo.
Os jogadores também estão proibidos de realizar apostas esportivas em qualquer jogo. Isso vale para atletas de outros clubes, uma vez que é uma regra da CBF e da Fifa. Além disso, também não podem instruir ou encorajar qualquer outra pessoa a apostar em jogos de futebol que eles estiverem envolvidos ou possam influenciar no resultado de alguma forma.
Um trecho da cartilha também diz que a manipulação esportiva "coloca o esporte em desgraça e é prejudicial à competição, ao atleta e sua família, ao clube, aos torcedores e à própria Casa de Apostas. Arruína o esporte a longo prazo".
Além da planilha, o diretor esportivo Paulo Bracks se reuniu com o elenco do Vasco para falar sobre o assunto e esclarecer pontos que o clube entender serem pertinentes.
Até o momento, nenhum jogador do elenco atual do Vasco teve o nome envolvido nas investigações. Hoje, o principal patrocinador do time é uma casa de apostas - a Pixbet fechou o "maior patrocínio da história do clube" ao renovar com o Vasco para esta temporada.
Por conta da Operação Penalidade Máxima, 16 investigados se tornaram réus por conta de suposta participação em um esquema de manipulação de apostas esportivas. Entre os denunciados há vários jogadores de clubes das Séries A e B. Outros tantos estão sendo investigados.
Fonte: ge