Com brechas no elenco e à espera da segunda janela de transferências, Maurício Barbieri rodou o time nas primeiras quatro rodadas do Brasileirão em busca de soluções e de sobrevivência contra adversários poderosos. O treinador já utilizou 22 jogadores na competição.

As principais modificações aconteceram na frente, com a utilização de oito atacantes nestas quatro partidas. As alterações têm sido estratégicas a depender da necessidade de o time buscar o jogo ou precisar segurar o resultado. Para cada situação, Barbieri escolhe atletas diferentes.

Jogadores utilizados por Barbieri no Brasileiro:

Goleiro: Léo Jardim
Laterais: Puma Rodríguez, Lucas Piton e Paulo Victor
Zagueiros: Robson, Léo e Capasso
Meio-campistas: Rodrigo, Jair, Andrey, Marlon Gomes, Galarza, Barros e Carabajal
Atacantes: Pec, Alex Teixeira, Pedro Raul, Orellano, Figueiredo, Erick Marcus, Eguinaldo e Rwan Cruz

Contra o Fluminense, por exemplo, o treinador promoveu a estreia de Eguinaldo no Brasileirão. O objetivo foi explorar as saídas em velocidade que o time não conseguiu no primeiro tempo. Orellano, que havia entrado nas duas rodadas anteriores, não saiu da reserva, e Erick Marcus, que entrou bem diante do Bahia, sequer ficou no banco.

- O jogo se desenhou para as característica dos jogadores de a gente recompor mais e saber aplicar o contra-ataque. O Erick Marcus foi para o último jogo porque a gente entendia que podia ajudar com aquilo que ele tem, de um contra um, de desequilíbrio. Mas hoje era um jogo que entendi que não encaixava tanto com o perfil dele. O Eguinaldo pode jogar de 9, pela beirada e é muito rápido - explicou Maurício Barbieri após o jogo.

- O Pec, no segundo tempo, precisou fazer uma função que fez nos últimos jogos que era descer até a última linha para fechar os espaços. E isso foge da característica do Luca (Orellano). Como era um jogo que a gente precisava priorizar velocidade e essa disputa de jogo pelo alto, algo que foge um pouco da característica do Luca, ele acabou não entrando. A ideia é sempre tentar aproveitar ou potencializar o que os jogadores têm de melhor - completou o técnico.

A base continua sendo aposta do clube em 2023, apesar das 16 contratações na primeira janela. No último sábado, três crias foram titulares e outros quatro entraram no segundo tempo. No ataque, que ganhou apenas três reforços, os garotos ganham a confiança de Barbieri. Titular, Pec tem sido um dos destaques do Vasco no Brasileiro, e Figueiredo, Erick Marcus e Eguinaldo são opções.

A grande dor de cabeça é no meio-campo, onde o Vasco não conseguiu pinçar um jogador de criatividade. Rodrigo e Andrey, revelações do clube, têm formado o trio com Jair, e Marlon Gomes, outro cria, é primeira opção do treinador quando mexe no setor. Dos outros três jogadores utilizados - Galarza, Barros e Carabajal -, apenas o argentino tem característica mais ofensiva, no entanto estreou muito mal contra o Bahia, na única derrota do time no Brasileiro.

O Vasco enxerga as brechas do elenco, mas o orçamento não permitiu mais grandes investimentos no fim da última janela. A estratégia inicial foi formar uma defesa forte, e o clube conseguiu cumpri-la. Na segunda janela, o objetivo é buscar um primeiro volante, um meia ofensivo e um atacante de lado.

Enquanto isso, Barbieri seguirá rodando o elenco para aproveitas as características que cada atleta pode oferecer. Na próxima quinta, às 19h, o treinador terá seu primeiro teste fora do Rio de Janeiro. O Vasco enfrenta o Coritiba, no Couto Pereira, pela quinta rodada do Brasileirão.

Fonte: ge