Há 100 anos, Vasco derrotava o Urubu no primeiro jogo entre os dois clubes pelo Carioca
Sábado, 29/04/2023 - 00:21
Memória Vascaína @HenriqueHuebner
29/04/1923 - No primeiro jogo oficial, a retumbante vitória do Vasco sobre o Flamengo no campo adversário da Rua Paissandu.
1.º Turno do Campeonato Metropolitano
Flamengo 1 X Vasco 3
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Vasco: Nelson Conceição; Leitão e Claudio Destri; Nicolino, Bolão e Arthur; Paschoal, Troterolli, Arlindo (37/2T), Cecy (20/2T e 30/2T) e Negrito. Téc. Ramón Platero
Vemos o 11.º Camisa Negra que não aparece na foto anterior junto da torcida vascaína!
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Flamengo: Iberê; Penaforte e Telefone; Japonês, Odilon e Dino; Orestes, Sidney Pullen, Nonô, Junqueira (15/1T) e Benevenuto
A Primeira Derrota Eles Nunca Esqueceram!
A tristeza dos flamengos junta à social.
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A alegria da torcida cruzmaltina na geral oposta!
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Há 100 anos! Os Camisas Negras à caminho da conquista do Campeonato de Ouro de 1923!
Imagens: Revista da Semana (Acervo Pessoal) - Revistas O Malho e Careta (Acervo BN Digital)
Fonte: #AlmanaquedoVasco
#MemoVas
#Vasco
#CRVG
Fonte: Twitter Memória Vascaína
Há 100 anos, Vasco vencia Flamengo em 1º clássico de uma das maiores rivalidades do Brasil
O lema "O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor" passou a ser cantado pela torcida nos estádios no final da década de 1970. Mas, mais de 50 anos antes, o clube conquistava sua primeira vitória de virada na elite do futebol carioca, justamente contra seu principal rival. Há 100 anos, em 29 de abril de 1923, o Vasco vencia o Flamengo por 3 a 1, no estádio da Rua Paysandu.
No dia seguinte à vitória vascaína naquela que se tornou uma das maiores rivalidades do Rio de Janeiro, o jornal "Correio da Manhã" destacou a festa dos torcedores do Vasco.
- Os admiradores do Vasco da Gama, em número considerável, como toda gente sabe, fizeram uma alegre passeata de automóvel pela cidade e arrebaldes festejando a vitória que o primeiro team obteve contra o Flamengo. Até tarde da madrugada ouvia-se, de vez em quanto, o enthusiasmo e a alegria dos torcedores do Club vencedor. Na Sede do Vasco, em Santa Luzia, houve um animado reco-reco, sendo feita aos jogadores uma carinhosa manifestação - apontou o periódico.
Escalações
Vasco: Nelson, Leitão, Claudio, Nicolino, Claudionor, Arthur, Paschoal, Torterolli, Arlindo, Ceci e Negrito.
Flamengo: Iberê, Penaforte, Telefone, Japonês, Odilon, Dino, Orestes, Sidnei, Pullen, Nonô e Junqueira.
Os gols do Vasco
No primeiro encontro entre os rivais, o Flamengo saiu na frente com gol de Junqueira, aos 15 minutos do primeiro tempo. Mas o Vasco, que era o mandante, tinha Ceci, um dos principais jogadores do time campeão carioca em 1923. O meia-atacante virou ainda na etapa inicial com gols aos 20 e aos 30 minutos. Ele terminou o campeonato com oito gols e foi artilheiro junto com Arlindo.
O terceiro gol, aos 37 minutos do segundo tempo, foi anotado por Negrito, que marcou seu nome na história do Vasco não só pelo título com os Camisas Negras. Anos depois, em 21 de abril de 1927, o atacante foi o primeiro jogador vascaíno a marcar um gol em São Januário, na derrota por 5 a 3 para o Santos na inauguração do estádio do clube carioca.
Alípio Marins, conhecido como Negrito por causa da cor dos seus cabelos, foi o ponta-esquerda dos Camisas Negras em 1923. Era um atacante baixo e veloz. Branco, de baixa condição social e com dificuldades para ler e escrever, ele, assim como Ceci, é um dos jogadores que a AMEA solicitou que o Vasco excluísse do elenco, o que resultou na Resposta Histórica de 1924. Negrito tornou-se Benemérito do clube.
Técnico reencontra ex-clube
Aquele era o segundo clássico consecutivo da equipe treinada por Ramón Platero. E era a primeira vez que o treinador reencontrava seu ex-clube. Por mais que o Vasco fosse um time em construção, no início da temporada o uruguaio, depois de ter comandado os rivais simultaneamente em 1922, optou por defender a Cruz de Malta no ano seguinte.
Platero chegou ao Vasco em 1922. Na ocasião, o time disputava a Série B do Carioca, e ele era também o treinador do maior rival, o Flamengo, que jogava a Primeira Divisão.
O Vasco iniciava sua caminhada no futebol e buscou no clube vizinho uma referência para se estabilizar. Como tinha vínculo com o Flamengo, Ramón Platero se dispôs a dar uma assessoria para estruturar o futebol vascaíno.
No ano seguinte, ele deixou o Rubro-Negro, já que não poderia treinar duas equipes que disputariam a mesma competição. O clube vascaíno ofereceu mais dinheiro e deu carta branca ao uruguaio para implantar seu modelo de jogo. Platero ficou conhecido como o técnico que revolucionou a importância do condicionamento físico. Ele obrigava todos os jogadores a correrem diariamente entre os bairros da Tijuca e Vila Isabel, apenas como aquecimento.
Clássico do returno pegou fogo
Depois de vencer o Botafogo na segunda rodada, o Vasco também passou pelo Flamengo e engatou uma sequência de oito vitórias seguidas. O título só não foi conquistado de forma invicta por conta do Flamengo, que impôs a única derrota ao rival, no jogo válido pelo segundo turno. Na ocasião, o time rubro-negro era o vice-líder, e os Camisas Negras buscavam a vitória para antecipar o título.
Não deu. O Flamengo venceu por 3 a 2 - Ceci e Arlindo marcaram os gols vascaínos nas Laranjeiras. O apelo do clássico era tão grande que, segundo o jornal "O Malho", cerca de 50 mil pessoas assistiram ao jogo, que mais sucesso que os confrontos da seleção brasileira nos Sul-Americanos de 1919 e 1922, realizados no Brasil.
- Esta partida que se anunciava a mais importante de todo o campeonato assumiu as proporções de um vultuoso acontecimento que ultrapassou os limites do mundo sportivo para interessar a toda cidade. Não há exemplo no Rio de Janeiro de um fato ou de um match que tenha despertado na multidão interesse tão vivo - escreveu a publicação.
A vitória do Flamengo foi comemorada não só pelos rubro-negros, mas pelos demais rivais que acabaram batidos pelo Vasco naquele campeonato. Importante lembrar que em 1923 havia uma grande rejeição ao clube cruz-maltino, composto em sua maioria por negros e pobres, trabalhadores do comércio local. Em campo e fora dele era também uma disputa da elite contra os menos favorecidos.
Fonte: ge
29/04/1923 - No primeiro jogo oficial, a retumbante vitória do Vasco sobre o Flamengo no campo adversário da Rua Paissandu.
1.º Turno do Campeonato Metropolitano
Flamengo 1 X Vasco 3
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Vasco: Nelson Conceição; Leitão e Claudio Destri; Nicolino, Bolão e Arthur; Paschoal, Troterolli, Arlindo (37/2T), Cecy (20/2T e 30/2T) e Negrito. Téc. Ramón Platero
Vemos o 11.º Camisa Negra que não aparece na foto anterior junto da torcida vascaína!
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Flamengo: Iberê; Penaforte e Telefone; Japonês, Odilon e Dino; Orestes, Sidney Pullen, Nonô, Junqueira (15/1T) e Benevenuto
A Primeira Derrota Eles Nunca Esqueceram!
A tristeza dos flamengos junta à social.
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A alegria da torcida cruzmaltina na geral oposta!
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Há 100 anos! Os Camisas Negras à caminho da conquista do Campeonato de Ouro de 1923!
Imagens: Revista da Semana (Acervo Pessoal) - Revistas O Malho e Careta (Acervo BN Digital)
Fonte: #AlmanaquedoVasco
#MemoVas
#Vasco
#CRVG
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Fonte: Twitter Memória Vascaína
Há 100 anos, Vasco vencia Flamengo em 1º clássico de uma das maiores rivalidades do Brasil
O lema "O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor" passou a ser cantado pela torcida nos estádios no final da década de 1970. Mas, mais de 50 anos antes, o clube conquistava sua primeira vitória de virada na elite do futebol carioca, justamente contra seu principal rival. Há 100 anos, em 29 de abril de 1923, o Vasco vencia o Flamengo por 3 a 1, no estádio da Rua Paysandu.
No dia seguinte à vitória vascaína naquela que se tornou uma das maiores rivalidades do Rio de Janeiro, o jornal "Correio da Manhã" destacou a festa dos torcedores do Vasco.
- Os admiradores do Vasco da Gama, em número considerável, como toda gente sabe, fizeram uma alegre passeata de automóvel pela cidade e arrebaldes festejando a vitória que o primeiro team obteve contra o Flamengo. Até tarde da madrugada ouvia-se, de vez em quanto, o enthusiasmo e a alegria dos torcedores do Club vencedor. Na Sede do Vasco, em Santa Luzia, houve um animado reco-reco, sendo feita aos jogadores uma carinhosa manifestação - apontou o periódico.
Escalações
Vasco: Nelson, Leitão, Claudio, Nicolino, Claudionor, Arthur, Paschoal, Torterolli, Arlindo, Ceci e Negrito.
Flamengo: Iberê, Penaforte, Telefone, Japonês, Odilon, Dino, Orestes, Sidnei, Pullen, Nonô e Junqueira.
Os gols do Vasco
No primeiro encontro entre os rivais, o Flamengo saiu na frente com gol de Junqueira, aos 15 minutos do primeiro tempo. Mas o Vasco, que era o mandante, tinha Ceci, um dos principais jogadores do time campeão carioca em 1923. O meia-atacante virou ainda na etapa inicial com gols aos 20 e aos 30 minutos. Ele terminou o campeonato com oito gols e foi artilheiro junto com Arlindo.
O terceiro gol, aos 37 minutos do segundo tempo, foi anotado por Negrito, que marcou seu nome na história do Vasco não só pelo título com os Camisas Negras. Anos depois, em 21 de abril de 1927, o atacante foi o primeiro jogador vascaíno a marcar um gol em São Januário, na derrota por 5 a 3 para o Santos na inauguração do estádio do clube carioca.
Alípio Marins, conhecido como Negrito por causa da cor dos seus cabelos, foi o ponta-esquerda dos Camisas Negras em 1923. Era um atacante baixo e veloz. Branco, de baixa condição social e com dificuldades para ler e escrever, ele, assim como Ceci, é um dos jogadores que a AMEA solicitou que o Vasco excluísse do elenco, o que resultou na Resposta Histórica de 1924. Negrito tornou-se Benemérito do clube.
Negrito, campeão carioca com o Vasco em 1923Técnico reencontra ex-clube
Aquele era o segundo clássico consecutivo da equipe treinada por Ramón Platero. E era a primeira vez que o treinador reencontrava seu ex-clube. Por mais que o Vasco fosse um time em construção, no início da temporada o uruguaio, depois de ter comandado os rivais simultaneamente em 1922, optou por defender a Cruz de Malta no ano seguinte.
Platero chegou ao Vasco em 1922. Na ocasião, o time disputava a Série B do Carioca, e ele era também o treinador do maior rival, o Flamengo, que jogava a Primeira Divisão.
O Vasco iniciava sua caminhada no futebol e buscou no clube vizinho uma referência para se estabilizar. Como tinha vínculo com o Flamengo, Ramón Platero se dispôs a dar uma assessoria para estruturar o futebol vascaíno.
No ano seguinte, ele deixou o Rubro-Negro, já que não poderia treinar duas equipes que disputariam a mesma competição. O clube vascaíno ofereceu mais dinheiro e deu carta branca ao uruguaio para implantar seu modelo de jogo. Platero ficou conhecido como o técnico que revolucionou a importância do condicionamento físico. Ele obrigava todos os jogadores a correrem diariamente entre os bairros da Tijuca e Vila Isabel, apenas como aquecimento.
Ramon PlateroClássico do returno pegou fogo
Depois de vencer o Botafogo na segunda rodada, o Vasco também passou pelo Flamengo e engatou uma sequência de oito vitórias seguidas. O título só não foi conquistado de forma invicta por conta do Flamengo, que impôs a única derrota ao rival, no jogo válido pelo segundo turno. Na ocasião, o time rubro-negro era o vice-líder, e os Camisas Negras buscavam a vitória para antecipar o título.
Não deu. O Flamengo venceu por 3 a 2 - Ceci e Arlindo marcaram os gols vascaínos nas Laranjeiras. O apelo do clássico era tão grande que, segundo o jornal "O Malho", cerca de 50 mil pessoas assistiram ao jogo, que mais sucesso que os confrontos da seleção brasileira nos Sul-Americanos de 1919 e 1922, realizados no Brasil.
- Esta partida que se anunciava a mais importante de todo o campeonato assumiu as proporções de um vultuoso acontecimento que ultrapassou os limites do mundo sportivo para interessar a toda cidade. Não há exemplo no Rio de Janeiro de um fato ou de um match que tenha despertado na multidão interesse tão vivo - escreveu a publicação.
A vitória do Flamengo foi comemorada não só pelos rubro-negros, mas pelos demais rivais que acabaram batidos pelo Vasco naquele campeonato. Importante lembrar que em 1923 havia uma grande rejeição ao clube cruz-maltino, composto em sua maioria por negros e pobres, trabalhadores do comércio local. Em campo e fora dele era também uma disputa da elite contra os menos favorecidos.
Fonte: ge
