A decisão no momento está nas mãos do desembargador Luiz Eduardo Canabarro, da 35ª Vara Cível da Comarca da Capital. A remessa foi distribuída para o gabinete do desembargador na tarde desta segunda-feira, e será ele o responsável por julgar o mérito em segunda instância. Dada a urgência do caso, a decisão deverá ser divulgada em breve.

Atualmente há duas decisões em vigor: 1) o Vasco na última sexta obteve vitória em primeira instância com a determinação para que Flamengo e Fluminense, administradores do Maracanã, disponibilizassem o Maracanã para a partida; 2) a dupla Fla-Flu recorreu e conseguiu uma liminar no plantão do fim de semana que impede o Vasco de vender ingressos enquanto o recurso não for apreciado.

Em resumo, o Vasco alega que o Maracanã é um aparelho público, que deve estar a serviço da população e dos clubes, e que o estádio é o mais indicado para receber a partida por conta da expectativa de público. Já Flamengo e Fluminense afirmam que a realização do jogo comprometerá as condições do gramado - o Flu recebe o Athletico no sábado.

A CBF está ciente e aguarda a decisão da Justiça para comunicar a mudança do estádio ou confirmar São Januário como local da partida. Nesses casos, de acordo com o Regulamento Geral de Competições, o clube precisa solicitar a alteração à CBF até cinco dias antes do jogo. E o Estatuto do Torcedor determina que a venda de ingressos seja aberta pelo menos três dias antes.

A mesma briga nos tribunais aconteceu no confronto entre Vasco e Sport, pela Série B do ano passado. Na ocasião, a CBF confirmou a mudança para o Maracanã no dia seguinte à decisão da Justiça.

Vasco: "Maracanã não é do Flamengo"

Tão logo o processo em segunda instância foi distribuído na tarde desta segunda, o Vasco juntou suas contrarrazões ao recurso de Flamengo e Fluminense. O clube reforçou os argumentos apresentados até o momento e garantiu ao desembargador que não há nada que impeça juridicamente a realização da partida no Maracanã.

"O Maracanã não é do Flamengo e nem poderia ser. Por se tratar de um bem público deve ter seu uso voltado à efetivação do direito constitucional ao lazer da sociedade em geral, de maneira que, evidentemente, deve ser o palco do espetáculo futebolístico do próximo domingo, a ser realizado em horário nobre, que atrairá grande quantidade de famílias e certeza de casa cheia", diz um trecho da peça.



Fonte: ge