Chegou ao fim nesta segunda-feira a passagem de Nenê pelo Vasco. Foi apenas um anúncio oficial, já que o jogador já havia sido comunicado pela diretoria duas semanas atrás de que não teria seu contrato renovado.
Aos 41 anos, Nenê já não fazia parte dos planos da comissão técnica de Maurício Barbieri. Não à toa, sequer foi relacionado para o amistoso contra o Athletic no último dia 31. Ele foi titular em apenas dois jogos este ano e foi a campo pela última vez na derrota por 3 a 1 para o Flamengo, no segundo jogo da semifinal do Carioca.
Sob a gestão da 777 Partners, o futebol do Vasco tem como prioridade o desenvolvimento de jogadores mais jovens. Ainda assim, pela importância que tinha no elenco e diante da necessidade de manter alguns atletas em um time em formação, ao fim da última temporada Nenê teve seu contrato renovado por quatro meses.
O experiente meia, no entanto, não escondia de ninguém o desejo de disputar o Brasileirão pelo clube. Ele tinha (e ainda tem) o plano de terminar 2023 em campo, como jogador.
- Ainda dá para jogar mais um pouquinho, mas não depende só de mim. Eu penso, sim, nessa possibilidade de estender o contrato até dezembro - disse ele no início do mês passado.
A extensão da janela de transferências ajudou Nenê nesse sentido. Quando foi comunicado de que seu contrato não seria renovado, ele tinha aproximadamente uma semana até o fechamento da janela para decidir se aceitaria o convite do Vasco de trabalhar em alguma função fora de campo ou se acertaria com outra equipe. A aposentadoria corria o risco de acontecer mais cedo do que ele imaginava.
Agora o meia tem até o dia 20 para definir onde vai jogar, ou seja, com qual camisa vai se aposentar. Ele teve sondagens de clubes das Séries A e B.
O que será de Nenê depois disso?
Ficou combinado que Nenê vai voltar ao Vasco no início do ano que vem para dar início à sua carreira fora de campo "em uma nova função", como dizia o comunicado da equipe. Sem mais detalhes. Os pormenores, como qual exatamente será o papel do futuro ex-jogador no clube, serão definidos mais para frente.
Nenê, porém, recentemente já deu dicas sobre o que deve fazer quando voltar ao Vasco.
O experiente jogador já vinha se preparando para o momento da aposentadoria. Ele concluiu a Licença B de treinador de futebol e no ano passado ingressou também no curso de formação de Executivos de Futebol promovido pela CBF.
Nenê sempre deixou claro que tem o desejo de assumir alguma função perto do campo - diferente do ex-companheiro Léo Matos, por exemplo, que lida com planilhas e tem papel mais burocrático na logística do departamento de futebol.
- Eu ainda não sei se será na comissão ou na direção. Tem as duas opções. Acho que não conseguirei ficar longe do campo. Vou querer ajudar, treinar, dar aquela chapada. Vamos fazer a escolinha do N10 - brincou ele na coletiva no mês passado.
E o substituto de Nenê?
Com a definição de que Nenê não disputaria o Brasileirão, o Vasco tinha como uma de suas prioridades, desde o fim do ano passado, contratar um meia ofensivo. Chegou a sondar o argentino Papu Gómez, por exemplo. Mas o clube não avançou em negociações por um camisa 10.
A renovação com Alex Teixeira, que passou a corresponder dentro de campo como o clube imaginava, acabou dando tempo ao Vasco na busca por esse meia. O camisa 7, no entanto, vem jogando mais como um atacante do que propriamente como um armador.
Mas as buscas continuam. O diretor esportivo Paulo Bracks segue no mercado à procura de mais um ou dois reforços nesta janela, como ele explicou recentemente. O meia ofensivo ainda é desejo do clube, que também entende a necessidade de contratar um volante e um atacante de lado.
Fonte: ge