Torcedor do Vasco relata ter sido agredido por rubro-negros a caminho do Maracanã
O torcedor do Vasco Cláudio Ramos, de 30 anos, foi agredido por quatro torcedores do Flamengo quando estava a caminho do Clássico dos Milhões, disputado no último domingo (19), no Maracanã, pela semifinal do Campeonato Carioca. Após levar golpes no rosto, ele passou por exames no hospital que confirmaram fraturas nos dois lados do maxilar e terá que passar por uma cirurgia de emergência.
Ao jornal O DIA, Cláudio disse que está internado, e que, por isso, só conseguiu registrar um Boletim de Ocorrência (BO) online na Polícia, e que quer encontrar os responsáveis pelo crime.
Nas redes sociais, Cláudio contou que passava pela rua São Francisco Xavier, no bairro do Maracanã, zona Norte do Rio, quando teve uma sensação ruim. Às 15h42, ele mandou um áudio para a namorada avisando que demoraria para retornar à casa, pois o jogo acabaria perto das 20h e, como ele estava com a camisa do Vasco e sozinho, iria esperar o trânsito diminuir para voltar de carro de aplicativo com maior segurança.
A agressão aconteceu logo após o áudio, pouco antes de 15h50. Segundo o relato, ele foi abordado na esquina com a rua Paulo Sousa por um grupo de quatro torcedores do Flamengo que conversavam com um ambulante. No local, ele foi questionado por um deles se é vascaíno, respondeu que sim e começou a ser agredido.
"Não passou nem um segundo (pelo menos na minha cabeça) e uma segunda pessoa do grupo desferiu o primeiro golpe no meu rosto. Me senti atordoado, levantei a cabeça e logo recebi um segundo golpe na outra lateral do rosto. Assim que parei de ser agredido só tentei entender o que estava acontecendo, quando recebi uma resposta simples: "cai fora, mete o pé". E o obviamente o fiz", escreveu em relato.
Após sofrer as agressões, Cláudio foi para a casa da mãe, próximo ao estádio do Maracanã, onde recebeu socorro para estancar o sangramento, limpar os machucados e aplicar gelo. Em seguida foi para casa e no dia seguinte acordou com dor e dificuldade de beber água. Esse foi o momento em que se encaminhou para o hospital.
Em contato com a reportagem, Cláudio disse que apesar de só ter conseguido registar o BO na internet, por enquanto, ele não quer que o caso fique impune. "Meu objetivo é conseguir identificar as pessoas que fizeram isso para que elas não possam mais fazer isso com ninguém".
Fonte: O Dia