Já em casa, vascaíno que havia desaparecido após Urubu x Vasco fala sobre o episódio; veja vídeos
Carlin ✠ @Carliin_crvg
Boa noite tropa, vim aqui dar uma posição pra vocês pq sei que muita gente ficou preocupada e tá tentando entender o que aconteceu. Gratidão a todos que ficaram em oração por mim,ainda não tô 100% mas vou ficar 💢💢
Fonte: Twitter Carlin
NewsColina @newscolina
– Carlinhos Somália foi ao Maracanã;
– Assistiu o Vasco tomar uma taca;
– Se perdeu dos amigos na saída;
– Celular descarregou;
– Encontrou uns desconhecidos;
– Foi em direção ao trem;
– Aceitou ir pra Madureira tomar uma;
– Foi assaltado por dois homens em uma moto;
– Dormiu na casa de um desconhecido;
– Pediu telefone emprestado sem saber número de ninguém;
– Ficou esperando o desconhecido arrumar dinheiro;
– Pegou R$ 10 emprestado;
– Passou na Record;
– Foi matéria no G1, UOL e vários outros jornais;
– Conseguiu chegar em casa 48h depois de desaparecido;
– Gravou um vídeo explicando a história;
– Admitiu ser uma mula;
– Apanhou da mãe;
– Foi proibido de ir ao estádio pra não repetir o processo.
VIVEU.
Fonte: Twitter NewsColina
Carlinhos Somália: quem é e como foi a aventura do vascaíno que desapareceu por 48h após clássico contra Flamengo
Uma história curiosa tomou conta das redes sociais nesta semana. O motivo é Carlos Henrique de Oliveira Salles, torcedor do Vasco, que esteve desaparecido por cerca de 48h e fez a sua família iniciar uma campanha para encontrá-lo. A ponto de a Polícia entrar na história. Ele foi encontrado nesta terça-feira, mas as explicações para o sumiço ainda são um mistério a explicação (ou a falta dela) dada pelo jovem o fez viralizar.
O GLOBO tentou entrar em contato com Carlos, mas não obteve resposta até a publicação. Tudo começou após o clássico entre Vasco e Flamengo, no último domingo, em jogo válido pela semifinal do Campeonato Carioca. Na época, as informações públicas eram de que um jovem de 25 anos desapareceu depois de deixar o Maracanã após o jogo. De acordo com os familiares, Carlos estava com um grupo de amigos, mas se desencontrou deles na saída do estádio.
A saga começa após, segundo a família, ele enviar uma mensagem dizendo que estava tentando reencontrar o grupo. Posteriormente, não deu mais notícias. Após algumas horas de silêncio, o celular de Carlos voltou a receber ligações, mas a pessoa que atendeu afirmou que comprou o aparelho em Madureira, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Bem distante do Maracanã.
Com o sumiço, a família iniciou as buscas pelo jovem. O caso foi registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira) e encaminhado para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros. Até que Carlos reapareceu em casa após 48h. Nas redes sociais, Anna Verdelho, irmã do jovem, afirmou que o rapaz foi assaltado à mão armada e havia se refugiado na casa de outro vascaíno.
"Ele apareceu, gente. Tinha sido assaltado à mão armada e se refugiou na casa de um vascaíno que foi assaltado junto. Eles estavam sem dinheiro e sem acesso à internet. Estava tendo muitas brigas e ele ficou com medo. Quando ele acordou, tentou falar com dois vizinhos, que não tinham celular. Então, ele ficou com medo de sair e se perder, apanhar ou coisa pior. Ele nunca tinha sido assaltado e travou de medo", afirmou a irmã.
Suspeitas dos torcedores
O problema é que, posteriormente, Carlos publicou um vídeo nas suas redes sociais, onde explicou toda a situação. Mas seu pronunciamento apresentava, segundo os torcedores do Vasco que acompanharam o caso, falta de coerência em alguns pontos, que fizeram levantar a hipótese de o vascaíno não estar falando a verdade.
No vídeo, Carlos afirma que foi para o clássico com um grupo de 10 amigos, mas após o desencontro na saída do Maracanã, ficou sem bateria no celular. Sem ter como se comunicar, seguiu até o trem e conheceu outros vascaínos. Então, decidiu ir até Madureira com eles, onde acabou assaltado. Ele também explica que não se lembrava de nenhum número de telefone para avisar que estava bem e não tinha dinheiro para voltar para casa.
— Me informei para ir de trem. Encontrei outros vascaínos e conversando eles me chamaram para ir a Madureira tomar uma cerveja. Fui na inocência. Ficamos lá e não tinha mais trem para ir embora. O rapaz ofereceu de ficar na casa dele, Quando estávamos a caminho da casa dele, dois caras de preto vieram na moto e assaltaram a gente. Fiquei em choque. Os caras foram muito agressivos. Não chegaram a me bater, mas colocaram a arma na minha cara. Nunca fui assaltado. Fiquei nervoso — inicia o torcedor.
— Chegamos na casa dele no outro dia. Falei com duas vizinhas, uma disse que o telefone estava ruim e a outra que estava sem internet. De cabeça não sei nem o número da minha mãe, sou uma mula, só sei o meu. Fiquei sem o que fazer. Pode parecer maluquice. Hoje vi que poderia ter feito muitas outras coisas. O menino conseguiu dinheiro com um dos familiares dele e me emprestou para vir para casa. Vi todos preocupados e por isso preciso dar uma explicação — disse.
Carlos prestou depoimento e segue em casa. Nas redes sociais, tem aproveitado da fama após o caso viralizar.
Fonte: O Globo