A boa fase do Vasco neste começo de temporada, com as atuações positivas sob o comando de Maurício Barbieri e a classificação para a semifinal do Carioca contra o Flamengo, reforça o sentimento da direção da SAF: é o momento certo para tentar aumentar a receita com os sócios-torcedores. Mas entre a teoria e a prática, existem barreiras não tão fáceis de serem superadas.
A ideia é apresentar um novo programa Gigante, com benefícios novos, mas também com um aumento no valor dos planos — o que pode acontecer com a criação de novas categorias. Entende-se que o cruz-maltino tem condições de arrecadar mais com os sócios.
Os valores viveram tendência de queda, com a diminuição do número de sócios torcedores nos últimos três anos: de 180 mil sócios, após associação em massa no fim de 2019, para os atuais 55 mil. De acordo com os últimos balanços publicados pelo cruz-maltino, o arrecadado foi de R$ 29 milhões em 2020 para R$ 22 milhões em 2021. O número mais atualizado, referente a 2022, sairá em abril.
A redução tem a ver com os resultados em campo — o time caiu para a Série B e não voltar à Série A na primeira tentativa — a expectativa da SAF agora é que ocorra o movimento inverso, com o aumento de sócios. Mas a equação não é tão simples.
O principal benefício do programa é o direito à prioridade na compra de ingressos. Mas o tamanho de São Januário (cerca de 22 mil), já torna a tarefa de conseguir um lugar difícil para os 55 mil sócios atuais. Uma alternativa é a transferência das partidas com mais apelo para o Maracanã, o que esbarra na disponibilidade do estádio.
Além da capacidade aquém das necessidades vascaínas, o estado de conservação de São Januário tem sido alvo de reclamações de torcedores.
Outra questão que está na mesa da SAF é entender até onde pode encarecer o programa de sócio-torcedor sem elitizá-lo demais.
Fonte: Extra