Morte de vascaíno no último domingo pode não ter tido relação com confronto entre organizadas
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga se a morte de Bruno Macedo dos Santos, de 34 anos, atingido a tiros antes do clássico entre Flamengo e Vasco, teria sido planejada por traficantes. A informação foi divulgada pelo G1. O homem, identificado como torcedor do Vasco, estava com um grupo de vascaínos saindo de São Januário, na Zona Norte do Rio, em direção ao Maracanã, local da partida, na tarde de domingo (5).
Segundo testemunhas, ele foi abordado por homens armados que fizeram os disparos contra ele no meio da rua. Os criminosos não teriam relação com nenhuma das duas torcidas organizadas. Consta na prévia da ocorrência do 5º BPM (Centro) que Bruno foi baleado no setor C do Maracanã. No entanto, em nota oficial, a Polícia Militar informou que a morte do homem não foi confirmada pelo órgão como um incidente direto de organizadas dos dois clubes, mas que a ocorrência ocorreu próximo ao local onde os torcedores entraram em conflito.
Para a Associação Nacional das Torcidas Organizadas do Brasil (Anatorg), a morte de Bruno não tem relação com a briga ocorrida nas imediações do Maracanã, na tarde de domingo (5). Segundo o presidente da associação, Luiz Claudio do Carmo, Bruno não estava na região onde aconteceu a briga entre as torcidas. "Esse fato aconteceu próximo a São Januário, em São Cristóvão. Causa estranheza essa morte ter sido inicialmente associada ao ocorrido no Maracanã", informou.
O torcedor foi enterrado nesta terça-feira (7), no Cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio. Constava contra Bruno cinco passagens pela polícia por homicídio, roubo e envolvimento em brigas de torcida.
Punição após briga entre torcidas
Nesta quarta-feira (8), às vésperas do clássico entre Flamengo e Fluminense, no Maracanã, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com liminar que voltou a suspender os principais movimentos de Torcida Organizada da cidade. A penalização aconteceu devido às confusões nos arredores do Maracanã antes do clássico no último domingo (5).
Com a decisão, além de Força Jovem do Vasco, Torcida Jovem do Flamengo e Raça Rubro-Negra, também foram impedidas de acesso aos estádios Torcida Young Flu e Fúria Jovem do Botafogo.
Todas as Organizadas citadas lideravam o movimento que pedia anistia na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) quanto às punições anteriores, mudando o julgamento em caso de novas brigas e com pena voltada ao CPF envolvido, não mais para o CNPJ das torcidas. Tal processo, no entanto, foi suspenso.
Segundo apurou a reportagem do Dia, a Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) visa um recurso para, ao menos, derrubar as novas punições da organizadas que não estão envolvidas no novo episódio de violência.
Fonte: O Dia