Bruno Maia @brunomaia14
Até quando vão se referir à comemoração da torcida do Vasco a 'como se fosse um título'?
A essa altura, isso é desinformação. É novo o normal há mto tempo. Todo jogo é a mesma resenha...
📸 André Durão/Globo.com
Houve uma mudança no perfil e no comportamento da torcida. Quem frequenta, sabe. A molecada que carrega as arquibancadas, em sua enoooorme maioria, tem menos de 30 anos, passou a frequentar estádio nos últimos 10 anos, é altamente atingida por influenciadores digitais...
É uma energia de juventude como eu, particularmente, nunca vi como padrão da torcida. Ingresso sempre esgotado, uma espécie de competição de que apóia mais, é um troço de doido, alimentado pela sensação de que só eles poderiam salvar o clube da draga desta década passada.
Assumiram valores culturais da história do clube como princípios de vida, como os títulos que não vieram nesses últimos anos. Se unem por uma filosofia de vida, não pelos títulos. As letras das músicas cantam isso. A relação renovada é celebrada com a Barreira do Vasco, idem.
Volto a repetir, é a mais intensa geração de torcedores que eu vi nos meus 40 anos. É um fenômeno geracional antropológico. E é assim todo jogo, contra quem quer quer seja. Entendam.
Quer dizer, se eles estiverem certo, "nunca vão entender esse amor".
Tipo isso...
A torcida celebra o simples fato do Vasco, GRAÇAS A ELA, AINDA existir. É a possibilidade de seguir, de se reconectar com uma história, com um passado, com o futuro, com um avô que era vascaíno, com um filho que pode saber o que é ser vascaíno. Isso é profundo demais.
Não importa se é contra o Operário, o Flamengo, Botafogo, Palmeiras, Tombense, Bahia, Vila Nova, River Plate ou o Real Madrid... o doc que dirigi em 2019, pro DAZN ("De Volta"), já falava disso. Vencer é um detalhe.
É o Vasco.
Fonte: Twitter do ex-VP de marketing Bruno Maia