Maurício Barbieri tem um plano para o setor de criação do Vasco. Contra o River Plate — derrota por 3 a 0 —, Nenê atuou os 90 minutos do amistoso, mas tanta carga sobre o jogador de 41 anos não é o ideal. Na visão do técnico, o cenário mais adequado é que ele reveze na equipe titular com Alex Teixeira.
— A situação do Nenê, de atuar o jogo inteiro, foi decorrência da partida. Quando tivermos o Alex, a ideia é que ele entre nessa posição do Nenê. Ele lutou, tentou, sustentou relativamente bem — afirmou Barbieri depois da partida.
O camisa 7 assinou novo contrato com o cruz-maltino, mas o longo tempo de indefinição até o vínculo fez com que perdesse as atividades físicas de pré-temporada. Agora, ele precisará de algumas semanas para alcançar o patamar da média do elenco. Até lá, Nenê deverá ser um pouco sobrecarregado na função.
Marlon Gomes, que poderia aliviar um pouco o peso em cima do veterano, está com a seleção brasileira sub-20, de olho no título do Sul-Americano.
Não está descartada a possibilidade de o Vasco contratar mais uma opção de meia construtor para o elenco, com status de titular. No caso, Nenê se tornaria um jogador mais de segundo tempo nestes meses de contrato que restam. O camisa 10 tem compromisso com o clube de São Januário até abril.
Estilo exige muito de veterano
O primeiro jogo de Maurício Barbieri à frente do Vasco, e mais as palavras do treinador sobre o que vislumbra para o time, sinalizam que o time da Colina deve acionar um estilo de marcação ainda no campo de defesa do adversário em diversos momentos das partidas.
Isso exige um esforço a mais em termos físicos dos jogadores que atuam do meio para frente. Normalmente, eles têm deveres de marcação quando sua equipe já está postada no campo de defesa, o que acaba desgastando menos.
A montagem do elenco do Vasco tem obedecido alguns critérios, um deles, muito claro, quanto à jovialidade dos jogadores. São justamente esses atletas que dão conta desse estilo de marcação avançada. Nenê acaba destoando desse perfil.
Fonte: O Globo