A carreira do ex-jogador Carlos Roberto de Oliveira, que morreu neste domingo aos 68 anos, foi marcada não apenas pelos números brilhantes dentro de campo, mas também pelo interesse na vida política fora das quatro linhas. Mais conhecido como Roberto Dinamite, o ídolo do Vasco da Gama foi deputado estadual pelo Rio de Janeiro por cinco mandatos seguidos pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), antigo PMDB. Eleito para a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pela primeira vez em 1994, com mais de 68 mil votos, ele permaneceu no cargo até 2010. O ex-atacante sofria de câncer de intestino, revelado no início de 2022.
Dinamite se lançou como político em 1992, quando se elegeu vereador do Rio de Janeiro pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), no mesmo ano em que deixou os gramados. Posteriormente, o ex-futebolista representou o estado em que nasceu à frente da Alerj em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quando deu uma pausa como parlamentar para se dedicar exclusivamente ao Vasco. Em 94, quando deixou a Câmara Municipal para tentar a candidatura estadual foi o segundo mais votado, com mais de 68 mil votos.
Durante seu período como deputado, chegou a ocupar a presidência da Comissão de Esporte e Lazer da Alerj em 2004, além de se tornar membro titular da Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional, defesa do Consumidor, Economia, Indústria e Comércio, Minas e Energia. Nas eleições municipais de 2020, Dinamite se candidatou novamente ao cargo de vereador pelo Rio, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger.
Em janeiro do ano passado, quando Dinamite revelou a descoberta de tumores no intestino e deu iniciou tratamento contra câncer, o ex-futebolista perdeu 20kg em 20 dias de quimioterapia. A perda de peso é um dos efeitos colaterais das sessões.
Maior ídolo da história do Vasco, Roberto Dinamite é o maior artilheiro do clube, além de ser o jogador com maior número de jogos. É dele também o título de maior artilheiro do Campeonato Brasileiro, do Carioca e de São Januário. Entre 2008 e 2014, ele atuou ainda como presidente do cruz-maltino.
Fonte: O Globo