Vasco não se posiciona sobre possível transfer ban; clube fará pagamento do valor que deve a Maxi López
O Vasco descumpriu o acordo do pagamento de uma dívida milionária que tem com Máxi López, que jogou na equipe entre 2018 e 2019, e corre o risco de ficar impedido de registrar novos jogadores (o chamado transferban) por seis meses. O clube tem até o dia 5 de janeiro para pagar tudo o que deve ao atacante argentino.
A dívida que Máxi executou na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) é de R$ 5.283.391,17. Em agosto, o Vasco fechou um acordo com os advogados do atleta e pagou 30% desse valor: aproximadamente R$ 1,7 milhão. O restante deveria ser pago em seis parcelas de quase R$ 600 mil.
Já sob o comando da SAF, que assumiu a gerência do departamento de futebol vascaíno em agosto, o clube pagou a parcela de setembro, mas descumpriu o pagamento de outubro em diante. Os advogados, então, informaram a inadimplência à CNRD, que determinou que o Vasco pague tudo o que ainda deve (quase R$ 3 milhões) até o próximo dia 5. Daqui a 16 dias, portanto.
Caso isso não aconteça, o clube será proibido de inscrever novos jogadores (como os já anunciados Pedro Raul e Patrick de Lucca) pelos próximos seis meses. O período de janela de transferências no Brasil abre no dia 11 de janeiro.
O acordo de venda de 70% do futebol do Vasco para a 777 Partners prevê que a SAF assuma todas a dívidas do clube em até R$ 700 milhões.
O que diz o Vasco
Oficialmente, o Vasco prefere não se pronunciar sobre o assunto.
O ge apurou que o departamento jurídico da SAF, comandado pela advogada Gisele Cabrera, recentemente fez contato com os advogados que representam Máxi López e informou que vai efetuar o pagamento dentro do prazo.
Internamente, a diretoria enxerga com naturalidade o processo e descarta a possibilidade de sofrer o transferban. Ainda que a SAF tenha sido aprovada em agosto, o clube ainda vive uma fase de transição e leva-se tempo para ficar a par de todos as ações.
Diferente de processos via Justiça do Trabalho, as execuções Fifa e CNRD não fazem parte da lista do Regime Centralizado de Execuções (RCE), regime através do qual o Vasco destina 20% da sua receita corrente mensal para pagar seus credores.
Fonte: ge