Anderson Conceição: 'Minha história ainda não acabou aqui, ainda tem muita coisa bonita por vir'; ouça
Anderson Conceição teve o ano dos sonhos no Vasco da Gama. Torcedor, capitão da equipe e um dos destaques da campanha que culminou no acesso à Série A do Brasileiro, o zagueiro foi o convidado especial do episódio #288 do podcast GE Vasco, que foi ao ar nesta sexta-feira.
OUÇA NA ÍNTEGRA! ⬇️
Com a renovação até o fim de 2023 acertada, Conceição reconheceu que a conquista do acesso, com vitória sobre o Ituano na última rodada, representou um alívio tremendo para todos os jogadores e comissão técnica, incluindo ele.
- A última semana foi muito difícil. Depois do jogo do Sampaio, que a gente acabou perdendo, você tendo que recomeçar mentalmente, psicologicamente, fisicamente... Você fica destruído, tem que ficar de luto só um ou dois dias e já tem que rapidamente se recompor. Falo para vocês: foi muito desafiador para todo o elenco. Todo mundo cansado da temporada inteira, mas, graças a Deus, no final deu tudo certo - contou Conceição, antes de acrescentar:
"Tirei uma arquibancada de São Januário das costas".
O jogo contra o Sampaio Corrêa, na penúltima rodada da Série B, tinha tudo para ser especial para ele e para o Vasco. Logo no início, Anderson Conceição abriu o placar de cabeça e marcou seu primeiro gol com a camisa do clube. Até ali, era o gol que garantia o acesso - bastava uma vitória simples para que o time subisse. Mas o Sampaio virou, com direito a um gol no último lance do jogo.
- Eu não sei nem como explicar... - disse Conceição.
- A sensação que eu tive ao fazer aquele gol... Eu me imaginava fazendo um gol daquele jeito, daquele lado, em frente à nossa torcida, na estátua do Dinamite. Isso passava pela minha cabeça. Eu pensava: "Isso vai acontecer, vai acontecer em São Januário, eu vou comemorar com a torcida". Mas acabou não sendo da maneira como eu queria, como um gol importante que talvez nos desse o acesso. O gol com certeza vai ficar marcado na minha vida, vou me lembrar dele sempre. Era o jogo para a gente subir, isso estava na nossa cabeça. Era o jogo do acesso. Mas futebol, todo mundo sabe que é imprevisível, pode acontecer de tudo. Infelizmente tomamos um banho de água fria com o gol no final - lamentou ele.
Aos 33 anos, Conceição foi titular em 50 dos 53 jogos que o Vasco teve na temporada, um número que impressiona. Além do acesso e de tudo que jogar no Vasco representa, ele acredita que essa tenha sido um dos melhores anos de sua carreira
- ... senão a melhor. O clube jogou 53 partidas no ano, eu joguei 50. E jogando no Vasco. Não sei qual foi o último zagueiro que jogou 50 jogos pelo Vasco, como titular, numa sequência dessa. Como vocês sabem, a pressão é muito grande, e nesse ano maior ainda. Então eu tive que mostrar jogo a jogo, tem que ganhar, tem de tudo. Para mim foi gratificante, conseguir passar por cima de tudo isso dentro de campo, por pressão, maus resultados, por desconfiança muitas vezes, mas sempre procurando dar o meu melhor. Então conseguir esses números com a camisa do Vasco é muito gratificante e uma marca muito boa na minha carreira - afirma ele, antes de concluir:
"Minha história ainda não acabou aqui, ainda tem muita coisa bonita por vir. Estou esperançoso que, em 2023, grandes coisas vão acontecer com esse clube".
Fonte: ge