Com apenas 69 minutos em campo após 10 jogos do Bayer Leverkusen na temporada, o atacante Paulinho, de 22 anos, se vê prejudicado pela atual gestão do clube e está decidido a sair. O time alemão recusou várias propostas pelo brasileiro nas últimas janelas, mas agora deve perdê-lo sem custos ao fim de 2022/23.
Paulinho entrou em apenas dois jogos dos 10 do Leverkusen na temporada: no intervalo da vitória contra o SV 07 Elversberg, na estreia da Copa da Alemanha, e aos 20 do segundo tempo contra o Hoffenheim. Ele não saiu do banco em outras seis partidas e sequer foi relacionado em duas.
Em abril deste ano, os representantes do ex-Vasco entraram em contato com a diretoria do Leverkusen para uma possível negociação. Naquele momento, o desejo de sair existia, e o clube alemão sinalizou para facilitar a saída, o que não ocorreu.
Paulinho recebeu ofertas de times da Espanha, Portugal, Itália e Estados Unidos, que não agradaram. Propostas do Brasil, como a do Atlético-MG, interessaram ao atleta. O Bayer Leverkusen não aceitou negociá-lo por entender que não teria retorno financeiro imediato e considerá-lo uma boa opção para o banco de reservas.
No entanto, a falta de sequência, mesmo com boas condições físicas, não agrada o jogador. Paulinho e seu estafe entendem que o brasileiro foi desrespeitado pela atual diretoria, especialmente na última janela de transferências.
O ge procurou o Bayer Leverkusen, que se limitou a responder que vai tratar o assunto internamente. O atacante tem boa relação com o time e está disposto a cumprir seu vínculo até o fim, mas pode assinar um pré-contrato com outra equipe a partir de janeiro de 2023. Ele estará livre a partir de julho.
Saída de diretor prejudica jogador
Na última semana, Paulinho respondeu a uma publicação do jornal Bild e disse que sua ausência nos jogos é consequência de uma "decisão política". O atacante foi contratado pelo Bayer Leverkusen no meio de 2018, junto ao Vasco, por € 20 milhões (cerca de R$ 85 milhões na época).
Apenas seis meses depois de sua chegada, o diretor esportivo responsável pela contratação do brasileiro, Jonas Boldt, pediu demissão após mudanças na administração do clube. Boldt e toda a equipe de análise de desempenho deixou o time após a perda de autonomia do grupo com a chegada de Fernando Carro, atual diretor-executivo do Leverkusen.
A saída do dirigente mudou o cenário para o atacante no time. Os ex-jogadores Rudi Völler e Simon Rolfes são os responsáveis pelas contratações desde então. Além da falta de sequência, Paulinho também sofreu uma lesão séria que o tirou de quase toda a temporada de 2020/21.
O brasileiro está em seu quinto ano no clube e tem oito gols em 74 partidas, das quais apenas 26 foram como titular. No período, o Leverkusen fez 195 jogos, ou seja, Paulinho foi titular em apenas 13% das partidas. A partir do segundo semestre de 2023, ele espera que sua carreira tome outro rumo.
Fonte: ge