A saída de Zé Ricardo desencadeou uma série de reuniões no Vasco desde o início de domingo. Pego de surpresa, o clube se viu obrigado a se movimentar para encontrar um substituto. Não tem sido uma missão fácil por se tratar de uma decisão estratégica para o resto da temporada e há participações de diferentes personagens na busca. Inúmeros profissionais foram oferecidos, mas ainda não há um alvo definido.
A questão financeira tem um peso grande e dificulta a busca por treinadores mais badalados. A tendência é que o próximo técnico não seja um medalhão, possivelmente alguém com experiência na Série B, embora a contratação de um estrangeiro não esteja descartada. A procura por um novo comandante é liderada pelo presidente Jorge Salgado, que tem a palavra final e o gerente Carlos Brazil ao seu lado. Mas há avaliações de todas as partes. O Comitê de Futebol, que tem os aliados políticos do presidente, tem opinado, assim como diretores da 777 Partners.
A empresa americana, que negocia a compra de 70% da SAF do Vasco, tem participado ativamente, embora a palavra final seja do clube. Diretor-geral do Genoa, o alemão Johannes Spors está em constante contato e tem opinado sobre a procura. No entanto, ainda sem o dinheiro da 777, a tendência é que o novo comandante não venha do alto escalão. O grupo americano pode mudar de ideia e decidir investir na contratação de um técnico? Sim. Mas neste momento esse não é o cenário.
Com a ideia fixa no acesso, o clube tenta traçar o perfil ideal para o substituto de Zé Ricardo. O Vasco já definiu, por exemplo, que quer um treinador que trabalhe dentro da ideia de jogo que o clube pretende na Série B. Mas há outros diversos fatores em questão, como aspecto financeiro, ambiente de trabalho, entre outros, que dificultam a resolução de um nome de consenso neste momento. O presidente Jorge Salgado viaja para Recife nesta segunda para acompanhar partida contra o Náutico e estará próximo a Carlos Brazil.
Inúmeros treinadores foram oferecidos e também houve consultas e sondagens, a maioria por meio de intermediários, o que faz aumentar as especulações.
- Nada avançado e absolutamente nenhum contato feito – garantiu um dirigente vascaíno ao ge, na tarde desta segunda.
Os dois últimos campeões da Série B tiveram os nomes ventilados em São Januário. Vencedor no ano passado com o Botafogo, Enderson Moreira, por exemplo, agrada parte da diretoria, mas seu nome não foi levado adiante e parece fora do páreo no momento. O ge apurou que ele não foi procurado. Umberto Louzer, campeão da competição com a Chapecoense em 2020, foi oferecido, mas, por ora, não houve avanços.
Outros tantos profissionais foram indicados ou entraram no radar, mas, por enquanto, não há negociações. Casos de Eduardo Barroca (Avaí), Maurício Souza (ex-sub-20 do Flamengo), Gilmar Dal Pazzo (Sport), entre outros.
Enquanto isso, não há prazo para definição. Embora o Vasco tenha pressa e vislumbre ter seu novo técnico no banco no domingo, contra o Cruzeiro, no Maracanã, o clube sabe que, por se tratar de uma decisão estratégica, não pode se precipitar na escolha. E como há um processo interno que envolve muita coisa, inclusive a comunicação com a 777 Partners no exterior, hoje o cenário mais provável que a definição leve mais alguns dias.
Fonte: ge