Participante do programa 'No Limite', Ipojucan tem nome inspirado em craque do Expresso da Vitória
Quantos Ipojucan estão entre o seu círculo de amigos? O nome de um dos participantes de "No limite" andou chamando a atenção. Mas de onde vem? O significado é indígena e já teve até astro do Vasco, um dos "cérebos do esquadrão" nos anos 40, como xará. O avô do isolado é que era fã do atleta e batizou o filho, que decidiu passar para a geração seguinte, quando viu nascer o seu Ipojucan Ícaro.
— Meu pai era vascaíno doente. Ele queria colocar o nome do meu irmão mais velho de Ipojucan, por causa do jogador, mas minha mãe não deixou. Em 1957, que o atelta já estava na seleção brasileira, meu pai insistiu: "o próximo filho será Ipojucan". Minha mãe aceitou, porque ela achou que ia nascer uma menina. Só que aí veio outro homem, que sou eu, e fui batizado de Ipojucan em homenagem ao ídolo dele — diz Ipojucan, que acabou seguindo com a tradição ao batizar o filho: — Eu quis colocar o nome dele de Ipojucan também porque eu gostava do meu, achava diferente e bonito. O Vasco ficou só na inspiração do meu pai mesmo, avô do Ipojucan Ícaro.
Segundo o "SuperVasco", site especializado em notícias sobre o Clube de Regatas Vasco da Gama, em 1954, Ipojucan bateu na trave para ser convocado para a Copa do Mundo. Já que era um astro do time, um jogador de destaque e decisivo. O gol que o jogador Ademir marcou para o bicampeonato estadual do time, foi assistência de Ipojucan. A estreia dele pela seleção foi em 1952 no Pan-americano, a vitória do Brasil por 3x0 contra o Chile contou com assistência do ídolo para o gol de Pinga. Por mais que o astro tenha tido muito sucesso, parece que colocar o nome não surtiu efeito em torcer pelo time.
— Meu pai, coitado, ele não brigava, mas não esperava que eu seria flamenguista. E não só eu, como o neto (o Ipojucan que está em "No limite") é torcedor do Flamengo também — diverte-se.
O site "Nomes info", que pesquisa e informa nas redes o significado dos nomes, definiu o nome Ipojucan como de origem indígena, com o significado de "matador" vindo de variação tupi-guarani. E são poucos: o levantamento na internet mostra que apenas 127 pessoas são registradas com esse nome. Segundo crenças, os pontos positivos de quem carrega esse nome são a solidariedade, organização, amor, tolerância e sensualidade. Já os negativos são a arrogância, intolerância, irresponsabilidade, apego ao passado e inquietação. Será que o jogador do "No Limite" carrega essas características?
Nascido no Rio de Janeiro, mas atualmente morando em Minas Gerais, Ipojucan Ícaro é artista, filmmaker e circense. Ele garante que a vida dele tem sido no limite desde que saiu de casa para acreditar no impossível.
"Sai de casa para acreditar nos meus sonhos, vivendo a vida como artista de rua nos metrôs, calçadas e praças. Sou ariano, uma pessoa quente então chuto o balde várias vezes, mas aprendi que temos que resolver as coisas com diálogo. Só que ai meu karma é que sou o chato que fica chamando para conversar sempre", contou o artista circense na entrevista ao programa.
Fonte: Extra