A revelação de tópicos do contrato do Cruzeiro com Ronaldo para a criação da SAF, com detalhamento de valores diferentes de como vinha sendo anunciado, ligou o alerta de conselheiros do Vasco e aumentou a cobrança de que haja uma transparência em relação ao acordo feito com a 777 Partners.

Até o momento, o clube e a empresa norte-americana possuem apenas um memorando de entendimento onde, em linhas gerais, os executivos se comprometem a investir R$ 700 milhões por 70% da SAF vascaína nos próximos três anos.

Em entrevista ao colunista do UOL Esporte, Rodrigo Mattos, o presidente do Vasco, Jorge Salgado, garantiu que o contrato do Cruzmaltino é diferente do Cruzeiro e que o dinheiro é "carimbado".

"Eles [777 Partners] não vão a mercado para pegar dinheiro para o Vasco. Já estão com esse dinheiro pronto para entrar no Vasco", disse em um trecho da entrevista, garantindo que os R$ 700 milhões serão injetados.

Até o momento, no entanto, os detalhes do acordo com a empresa americana ainda não foram revelados ao Conselho Deliberativo. A diretoria, por sua vez, tem justificado que isso ainda não aconteceu em virtude de ainda não ter chegado a proposta vinculante.

Salgado promete que, assim que chegar a proposta vinculante, todos os conselheiros terão ciência dos meandros do contrato.

Cobranças nas reuniões do Deliberativo

Até o momento, três reuniões aconteceram no Conselho Deliberativo com a SAF sendo o tema central. E, apesar de em todas a votação ter sido amplamente favorável a constituição da Sociedade Anônima, houve cobranças tanto da oposição quanto da situação por transparência para que os vascaínos não sejam pegos de surpresa assim como os cruzeirenses.

Na última quinta, os conselheiros aprovaram a alteração no estatuto para a criação da SAF. Agora, o assunto irá para a Assembleia Geral onde os sócios chancelarão ou não a decisão do Deliberativo.

Caso os associados sinalizem positivamente, uma última reunião do Conselho acontecerá, desta vez para a constituição da SAF em si e a consequente venda de 70% dela para a 777 Partners. Se os conselheiros aprovarem, os sócios irão às urnas pela última vez para decidir sobre a transferência dos ativos para os americanos ou não.



Fonte: UOL