Vasco lista lances duvidosos do clássico e posicionamento da comissão de arbitragem
Na tarde desta segunda-feira (07/03), o Club de Regatas Vasco da Gama esteve presencialmente na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) para tratar dos últimos acontecimentos acerca das polêmicas envolvendo a arbitragem do clássico contra o Flamengo, disputado no último domingo (06) no Estádio Nilton Santos.
Na reunião, o Vasco foi representado pelo 1º Vice-Presidente Geral, Carlos Roberto Osório, e pelo Executivo de Futebol, Carlos Brazil. Os dirigentes foram recebidos por Luiz José Carlos Santiago (Presidente da Comissão Operacional de Arbitragem), Luiz Mairovitch (Diretor de Arbitragem da COAF) e Cláudio José de Oliveira Soares (Presidente da Comissão de Planejamento e Desenvolvimento).
No encontro o Vasco da Gama apresentou seus questionamentos sobre os quais foram apresentadas o material do VAR (áudio e vídeo) relativas ao Clássico dos Milhões. A Comissão de Arbitragem disponibilizou todos os lances da partida com foco nos cinco momentos que foram motivo de reclamação e protesto por parte dos representantes do Gigante da Colina.
– Cotovelada em Gabriel Pec
No primeiro tempo, o atleta Andreas Pereira, do Flamengo, deu uma cotovelada no atacante Gabriel Pec. A jogada foi revisada pelo VAR, que orientou a não aplicação do cartão vermelho por entender que o lance não caracterizou ação com força excessiva. Após ter acesso aos áudios da cabine do VAR, apesar da Comissão de Arbitragem concordar com a decisão tomada, o Vasco não mudou sua avaliação. Revisando as imagens o Clube entende que o cartão vermelho deveria ter sido aplicado por se tratar de uma agressão clara ao seu atleta.
– Impedimento de Nenê
No segundo tempo, Nenê foi lançado em profundidade e arbitragem interrompeu a jogada antes dela ser concluída marcando impedimento duvidoso, com o atleta de Vasco em clara posição de ataque ao gol adversário. Após o lance ser analisado, todos os presentes na reunião concordaram que o árbitro e o assistente falharam ao não aplicar o protocolo do VAR, que orienta o prosseguimento da jogada em lances onde o impedimento não está tão claro para posterior revisão pelo VAR. Falharam o assistente que levantou a bandeira e o árbitro que paralisou a jogada.
Outro ponto levantado pelo Vasco na discussão desse lance foi a falta de critério da arbitragem, que em jogada parecida no primeiro tempo, pró-ataque do Flamengo, aplicou o protocolo do VAR e deixou o lance seguir. Houve, portanto, uma discrepância grave na postura do mesmo bandeirinha.
– Falta em Andrey na origem do segundo gol do Flamengo
Na origem da jogada que resultou no segundo gol do Flamengo, na visão de todos os presentes na reunião, houve um erro do árbitro a não marcar falta em cima do atleta Andrey. Na visão do Vasco, o árbitro deveria ter parado o jogo e marcado a falta uma vez que nosso houve vantagem efetiva para o ataque vascaíno.
A Comissão de Arbitragem afirmou que o VAR não poderia interferir no lance por não se tratar de uma jogada para cartão vermelho ou que impactou no gol diretamente no gol do Flamengo. A Comissão concordou que foi falta em Andrey, considerou erro do árbitro em não marcá-la, mas desconectou esse lance do gol. O entendimento é que a partir do momento que o goleiro tomou posse da bola, outra jogada foi iniciada.
– Possível pênalti no minuto final do Clássico dos Milhões
No minuto final da partida, na visão do Vasco, houve um erro do VAR, que não paralisou a jogada para revisão do lance polêmico e deu instrução ao árbitro de campo para seguir com o jogo. A decisão foi tomada em poucos segundos, algo que não é aconselhável em lances duvidosos, com câmeras que mostram imagens que levam a interpretações diferentes. Era uma lance que exigia uma detalhada análise para tomada de decisão. A Comissão de Arbitragem, após ouvir o questionamento do Vasco, não se manifestou sobre a velocidade da decisão do VAR, mas entendeu correta a não marcação do pênalti.
– Tempo de acréscimo
O Vasco da Gama também questionou o pouco tempo de acréscimo dado ao término do tempo regulamentar (3 minutos), especialmente porque tivemos no segundo tempo 10 substituições e duas comemorações de gol demoradas, situações essas que por si só já ultrapassam em muito o tempo de acréscimo dado pelo árbitro. O Vasco da Gama viu uma pressa injustificada do árbitro em encerrar a partida.
O Vasco da Gama expressou sua indignação com relação às questões relatadas acima que tiveram influência no resultado e aguarda providências efetivas para que tais erros não voltem a ocorrer.
Fonte: Site oficial do Vasco