Vasco recebe os R$ 70 milhões da 777 Partners e inicia pagamento de atrasados
Segunda-feira, 07/03/2022 - 13:18
O valor de R$ 70 milhões referente ao empréstimo da 777 Partners já está com o Vasco. O dinheiro caiu na conta do clube no final da última sexta-feira.

Com a grana em mãos, o Vasco vai priorizar o pagamento de salários atrasados. O clube começou a depositar nesta segunda os vencimentos de jogadores e funcionários.

Aprovado pelo Conselho Deliberativo do Vasco no dia 24 de fevereiro, o empréstimo foi transferido pelo grupo americano no dia seguinte por um acordo informal de que isso seria feito logo após a aprovação dos conselheiros. No entanto, a paralisação do expediente bancário por conta do Carnaval e toda a burocracia que gira em torno de uma transferência internacional dessa magnitude fizeram com que o dinheiro caísse, de fato, na conta do clube uma semana depois.

Os R$ 70 milhões fazem parte do memorando assinado pelo presidente Jorge Salgado e pela 777 Partners, em Miami, no último dia 21. Mas não representam pacto vinculativo pela venda da SAF nem nada do tipo. Caso a aquisição da SAF pela empresa americana seja concretizada, o valor será abatido dos R$ 700 milhões que o grupo prometeu investir no futebol vascaíno nos próximos três anos.

Se a venda não for aprovada, esse valor será tratado como um empréstimo comum, a ser quitado com juros e correções até o dia 16 de setembro deste ano. A taxa de juros é de 15% ao ano, e foram dadas as opções de compra de quatro jogadores, que não tiveram os nomes revelados, como garantia.

O Vasco vem planejando nos últimos dias o que fazer com o dinheiro. De imediato, a ideia é quitar dívidas emergenciais, como salários atrasados e atrasos com fornecedores. Atualmente, estão pendentes os vencimentos de janeiro de atletas e funcionários. Os salários de fevereiro vencem na próxima terça-feira, quinto dia útil do mês. No entanto, existe no clube um acordo informal de realizar os pagamentos sempre no dia 20 de cada mês.

O clube também vai aproveitar o dinheiro para pagar parcelas do acordo com o RCE (Regime Centralizado de Execuções) em relação a dívidas cíveis e trabalhistas, além de parcelas do acordo com a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional), em relação a dívidas fiscais.



Fonte: ge